quinta-feira, 27 de março de 2014

Portal dos Dehonianos

Portal dos Oratio

Senhor Jesus, enche-nos de consolação sabermos que és o mais forte, e que, Contigo, não há dificuldade ou provação que não possamos vencer. Diante de Ti, o Demónio não passa de ' um pobre diabo', e o mundo é vencido, porque Tu o venceste. Vem a nós na tua palavra poderosa; vem a nós na Eucaristia, pão dos fortes. Faz em nós a tua morada e fica connosco, Senhor. Que jamais nos separemos de Ti! E a vitória é certa. Amen.

terça-feira, 25 de março de 2014

ORAÇÃO

Oração Senhor Jesus, ensina-me, mais uma vez, que a liberdade verdadeira, e a felicidade duradoira, consistem na vivência do amor, que se faz dom generoso e incondicional, que se faz obediência humilde e alegre. Infunde em mim a tua força, o teu santo Espírito, para que cumpra a Lei Antiga e Nova, não em atitude de escravo, mas de filho, em atitude de homem verdadeiramente livre. Assim, a vontade do Pai tornar-se-é para mim, como foi para Ti, alimento saboroso que me fará progredir na liberdade e na felicidade. Ajuda-me a ser livre e fazer livremente aquilo para que me criaste, para que jamais volte a cair na escravidão e na infelicidade. Não se faça o que eu quero, mas o que o Pai quer de mim. Amen.

Liturgia da Quarta-feira

Portal dos Dehonianos

segunda-feira, 24 de março de 2014

ANUNCIAÇÃO DE NOSSA SENHORA - 25 DE MARÇO

Alegra-te, cheia de graça! Hoje, no «Alegra-te, cheia de graça!» (Lc 1,28) escutamos pela primeira vez o nome da Mãe de Deus: Maria (segunda frase do arcanjo Gabriel). Ela tem a plenitude da graça e dos dons. Chama-se assim: «kecharitoméne» , «cheia de graça» (saudação do Anjo). Possívelmente com 15 anos e só, Maria tem que dar uma resposta que mudará a história inteira da humanidade. São Bernardo suplicava: «Oferece-se te o preço de nossa Redenção. Seremos libertos imediatamente, se dizei que sim. O orbe todo está a seus pés esperando sua resposta. Ó minha senhora, dizei uma palavra e recebei a Palavra proferi uma palavra e recebei a palavra divina, dizei uma palavra transitória e recebei a eterna, Deus espera uma resposta livre e cheia de graça, representando a todos os necessitados da Redenção, responde: «Génoitó moi» Faça-se em mim! A partir de hoje Maria fica livremente unida à Obra do seu Filho, hoje começa sua Mediação. A partir de hoje é Mãe dos que são um só, em Cristo Jesus (Gal 3,28). Bento XVI disse em uma entrevista; «Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Sem dúvida, a vida só pode valer se tiverdes a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca vos deixará sozinhos. Eu digo-vos: Coragem! Tomar o risco—o salto ao decisivo— e com isso aceitar a vida por inteira, isso desejo transmitir». Maria: Eis aqui um exemplo! São José também não fica à margem dos planos de Deus: ele deve receber sua esposa e pôr o nome ao filho (cfr. Mt 1,20s): Jesua, «o Senhor salva». E o faz. Outro exemplo! A Anunciação revela também à Trindade: O Pai envia o Filho, encarnado por obra do Espírito Santo. E a Igreja canta: E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Sua obra redentora —Natal, Sexta Santa, Páscoa— está presente nesta semente. Ele é Emanuel, «Deus convosco» (Is 7,15). Alegra-te humanidade! As festas São José e a Anunciação preparam-nos admiravelmente para comemorar os Mistérios Pascais. Comentário: + Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha) Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus Hoje, celebramos a festa da Anunciação do Senhor. Com o anúncio do anjo Gabriel e a aceitação de Maria da vontade divina expressa de encarnar nas suas entranhas, Deus assume a natureza humana – «assumiu em tudo a nossa condição humana, salvo no pecado» – para nos elevar à condição de filhos de Deus e fazer-nos assim participantes da Sua natureza divina. O mistério da fé é tão grande que Maria, perante este anúncio, fica como que assustada. Gabriel diz-lhe: «Não tenhas medo, Maria!» (Lc 1,30): o Todo-Poderoso olhou-te com predileção, escolheu-te para Mãe do Salvador do mundo. As iniciativas divinas destroem os débeis argumentos humanos. «Não tenhas medo!», palavras que lemos freqüentemente no Evangelho; o próprio Senhor as terá de repetir aos Apóstolos quando estes sintam de perto a força sobrenatural e também o medo ou susto perante as obras prodigiosas de Deus. Podemos perguntar-nos qual a razão deste medo. Será um medo mau, um temor irracional? Não!; é um temor lógico naqueles que se vêem pequenos e pobres face a Deus, que sentem distintamente a sua fraqueza, a debilidade perante a grandeza divina e experimentam a sua penúria frente à riqueza do Onipotente. O Papa São Leão pergunta: «Quem não verá em Cristo a sua própria debilidade?». Maria, a humilde jovem da aldeia, acha-se tão pouca coisa…, mas em Cristo sente-se forte e o medo desaparece! Então compreendemos bem que Cristo «tenha escolhido o que para o mundo é fraqueza, para envergonhar o que é forte (1Cor 1,26). O Senhor olha-a, vendo a pequenez da sua escrava e realizando nela a maior maravilha da história: a Encarnação do Verbo Eterno como Cabeça de uma Humanidade renovada. Que bem se aplicam a Maria aquelas palavras que Bernanos disse à protagonista de “La alegria”: «Reconfortava-a e consolava-a maravilhosamente um sentido raro da sua própria fraqueza, porque era como se fosse o sinal inefável da presença de Deus nela; o próprio Deus resplandecia no seu coração».

Rachel Sheherazade comenta discriminação contra nordestinos

Danilo Gentili entrevista Rachel Sheherazade

Danilo Gentili entrevista Rachel Sheherazade

PARA OS APRECIADORES DA POESIA DE CORDEL

Eita que esse Tranca Rua é homi "Brabo". Acho que ele é das bandas da Paraíba, pois é valentão! TRANCA RUA Eu ainda era menino A premera vez que vi O cabocão lazarino E nunca mais esqueci Seu nome era tranca rua Pois quando a vontade sua Era fechar a cidade Dava ordem pra trancar Mercado, bodega, bar E até a casa do padre Quatro, cinco, seis soldado Para ele era perdido Uns ficava istrupiado Outros ficava estendido De modos que a cidade Não tinha tranqüilidade No dia que ele bebia Pois quando se embriagava Dava a gota bagunçava E prendê-lo ninguém podia Tranca rua era um caboco De dois metros de artura Os braço era aqueles tôco As pernas dessa grossura Não tinha medo de nada Pois até onça pintada Ele sozinho caçava Pegava a bicha com a mão Depois com um cinturão Dava-lhe uma pisa e matava E eu cresci-me escutando Falar do cabra voraz O tempo foi se passando E eu tormei-me rapaz Mole que só a mulesta Pois até pra ir uma festa Eu era discunfiado Se acaso visse uma briga Me dava uma fadiga Eu ficava todo mijado Quem hoje olha pra mim Pensa até que eu tô inchado Mais eu nunca fui assim Naquele tempo passado Eu era um cabra mufino Desses do pescoço fino Da cabeça chata e feia No lugar onde eu morava O povo só me chamava De caboré de urêia Por artes do mangangá Um dia eu me alistei Num concurso militar E apois num é que eu passei? E me tornei um sordado Mago feio e infadado Nem cum revóve eu pudia Porém se o chefe mandasse Prendê alguém qui errasse Dava a gota mais eu ia Um dia de madrugada Eu estava bem deitado Quando chegou Zé buchada Com os óio arregalado Foi logo chamando a gente Depois deu parte ao tenente Relatou o desmantelo Traça rua ontem brigou Portanto agora o Senhor Vai ter que mandar prendê -lo O tenente olhou pra mim Eu chega tive um abalo Disse: - Amanhã bem cedim Você vá lá intimá-lo Disse isso e foi se deitar Eu peguei logo a ficar Amarelo e mêi cansado Deu-me uma tremedeira E eu disse é a derradeira Viagem desse soldado No outro dia bem cedo Eu pus o pé no camim Ia tremendo de medo E cunversando sozim Aqui e acolá parava Fazia um gesto insaiava O que diria pra ele E saí me maldizeno Nove hora mais ou menos Eu cheguei na casa dele Fui chegando com cuidado A casa estava trancada Eu fui olhando de lado Vi ele numa latada Tava dum bode tratano Eu fui lá me aprochegano Pra perto do fariseu Minha garganta tremia Eu fui e disse assim: Bom dia! Ele nem me arrespondeu E eu peguei conversando E me aprochegano mais E ele lá trabaiano Sem me dá nenhum cartaz Eu disse: - Bonito dia Eihm! Seu Toím quem diria Que esse ano ia chuver Eita qui bodão criado É pra vender no mercado Ou mode o senhor cumê Aí ele olhou pra mim Eu peguei logo a surri Ele diche bem assim Qui diabo tu qué aqui? Aí eu diche não sinhô É qui eu sou um caçador Qui moro no pé da serra Me perdi de madrugada Não achei mais a estrada E saí nas suas terra Aí ele me interrogou Então cadê seu bisaco? Eu diche ah! Não sim senhor Caiu dentro dum buraco Ele diche sente aí Qui eu tô terminando aqui Qui é pra mode conzinhar E você chegou agora Portanto só vai imbora Adispois qui armoçá Quando nóis tava armonçando Ele pegou cunversar E diche: -Faz vinte anos Qui moro nesse lugar Sem mulé e sem parente As vezes tomo aguardente Faço papel de bandido Eu sei qui é covardia Mas quando é no outro dia Eu to munto arrependido Então eu disse é agora Qui faço a minha defesa Peguei a fera na hora Dum momento de fraqueza Aí disse: - Realmente O sinhor é diferente Quando istá imbriagado Mais dexe isso pra lá Qui a vida vive a passar E o qui passou ta passado Viu seu Antoim tem mais uma Eu nunca fui caçador Tombem istô cum vergonha De tê mentido ao sinhô Eu sou um pobre sordado Qui as orde do delegado Meu devê é dispachar Porém prefiro morrer Do que dizer a você Qui vim aqui lhe intimar Se o delegado achar ruim Pode tirar minha farda Mais intimar seu Toím Deus me livre intimo nada Nisso Ontoim se levantou Bebeu água se sentou Dispois pegou preguntar Quer dizer qui o sordado Pur orde do delegado Veio aqui mi intimar Eu fui falar mais não deu Peguei logo a gagejar Nisso Ontoim oiou pra eu Disse: -Pode se acalmar Resolvi ir com você Pra cunversar e saber O qui quer o delegado Pois se eu não for camarada Vão tirar a sua farda E eu vou me sentir curpado E vamo logo si imbora Enquanto eu tô cum vontade Mais ou menos quatro hora Fumo entrando na cidade De longe eu vi o tenente Assentado num batente Cum uns cabra a cunversar Qui quando viu nóis gritou: -Valei-me nosso Senhor Ispie só quem vem lá Eu só tou acreditando Porque meus óio estão vendo Tranca rua vem chegando Caboré vem lhe trazendo O cabra é macho demais Nisso eu fui e passei pra trás Que é pra chamar atenção E só pra me amostrar Eu resolvi impurrar Tranca rua cum a mão Esse nêgo camarada Ficou meio enfurecido Deu-me uma chapuletada Por cima do pé do uvido Qui eu saí feito um pião Rodano sem direção Pru cima de pedra e pau Graças a Virge Maria Só acordei no outro dia Na cama dum hospital Não sei o qui se passou Dispois qui eu dismaiei Por que ninguém me contou E eu tombem não perguntei Eu só sei qui o delegado Até hoje é aleijado E qui esse uvido meu Nunca mais iscutou nada Adispois da bordoada Qui Tranca rua me deu.!

domingo, 23 de março de 2014

É BOM LER ESSA ENTREVISTA DO MARCOLA

Assunto: O BRASIL INTEIRO DEVERIA LER ESTA ENTREVISTA Entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ao jornal O Globo. Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema O GLOBO: Você é do PCC? - Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão… O GLOBO: – Mas… a solução seria… - Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução. O GLOBO: – Você não têm medo de morrer? - Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo. O GLOBO: – O que mudou nas periferias? - Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência. O GLOBO: – Mas o que devemos fazer? - Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa? O GLOBO: – Mas… não haveria solução? - Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno. A.J. O BRASIL INTEIRO DEVERIA LER ESTA ENTREVISTA Entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ao jornal O Globo. Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema O GLOBO: Você é do PCC? - Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão… O GLOBO: – Mas… a solução seria… - Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução. O GLOBO: – Você não têm medo de morrer? - Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo. O GLOBO: – O que mudou nas periferias? - Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência. O GLOBO: – Mas o que devemos fazer? - Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa? O GLOBO: – Mas… não haveria solução? - Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.

III Domingo da Quaresma

Portal dos Dehonianos

sábado, 22 de março de 2014

URGENTE - Marcha da Família com Deus

URGENTE - Marcha da Família com Deus

URGENTE - Marcha da Família com Deus

URGENTE - Marcha da Família com Deus

LITURGIA. COMENTÁRIO MAIS BREVE.

Miquéias, 7, 14-15.18-20/ Lc 15, 1-3.11-32. Regressado do exílio em Babilónia, o povo de Israel confrontou-se com grandes dificuldades e teve saudades da fartura das terras da Transjordânia, tal como, ao regressar do Egipto, perante as dificuldades do deserto, teve saudades do peixe, dos pepinos, dos melões, das cebolas e dos alhos que comia no Egipto (cf. Nm 11, 6). Nesta situação, Miqueias ergue um lamento, quase que uma elegia fúnebre (v. 14): «Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipt(J» (v. 15). E entra em cena Aquele que é o protagonista dos grandes eventos salvíficos: Deus preparou um lugar deserto onde, Ele mesmo, apascenta o seu rebanho disperso, que só n ' Ele encontra segurança e só n ' Ele confia. Então, o profeta entoa um hino cheio de emoção a Deus que perdoa (w. 18-20). Deus é como um pai que se comove diante do sofrimento dos filhos que erraram e sofrem as consequências dos seus erros (v. 19). Como nos tempos do êxodo, levado por um instinto quase materno, Deus usa de compaixão para com o seu povo, apaga as suas culpas e lança-as ao mar, do mesmo modo que nele afogou o faraó e os seus exércitos (cf. Ex 15). A sua fidelidade manifesta-se na gratuidade do perdão, para que o «resto» do seu povo possa manter-se fiel à Aliança (v. 20). > Com esta parábola, Jesus revela o modo de agir do Pai, e o seu, em relação aos pecadores que se aproximam e dão um sinal de arrependimento. Mas os fariseus e os escribas, recusam-se a participar na festa do perdão, como o filho mais velho (v. 29), sempre bem comportado e que, por isso, até se julga credor do pai. O pai não desiste, nem diante deste filho malévolo. Por isso, sai de casa, revelando a todos o amor que sabe esperar, procurar, exortar, porque todos quer abraçar e reunir na sua morada. > Esta parábola é claramente dirigida aos fariseus e escribas que criticavam Jesus pelo modo como lidava e tratava com os pecadores (cf. w 1-3). A intenção principal de Jesus vê-se no fim da narração, na reacção do filho mais velho e nas palavras do Pai, que são a chave de interpretação de toda a parábola. Todos podemos ver-nos num ou noutro filho, no pecador assumido ou no justo presumido. O pai sai sempre ao encontro de um e de outro, quer venha da dispersão, como o filho pródigo, quer venha das regiões de uma falsa justiça ou de uma falsa fidelidade, como o filho mais velho. O importante, para nós, quer venhamos de uma ou de outra situação, é que nos deixemos acolher e abraçar pelo Pai bom, que quer a felicidade de todos os seus filhos. Esta é, por excelência, a parábola da misericórdia. Mais que «parábola do filho pródigo», deve ser chamada «parábola do Pai misericordioso», do Pai pródigo em misericórdia. Como Ele, havemos de aprender a abrir o coração a todos os irmãos, a estarmos com Ele para acolher os pródigos ou os pretensos justos.

Rachel Sheherazade fala sobre a corrupção no país

quinta-feira, 20 de março de 2014

Liturgia da sexta-feira

Portal dos Dehonianos

ORAÇÃO

OraÇÃO Senhor Jesus, que sendo rico Te fizeste pobre por nosso amor, para nos tornar participantes da tua riqueza, dá-nos um coração de pobre que confie apenas em Ti e saiba ser solidário com todos os lázaros desta pobre humanidade. Que jamais caiamos na tentação de cortar relações com eles nesta vida terrena, para que possamos tê-Ias, com eles e Contigo, na vida eterna.AMÉM.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Portal dos Dehonianos

Portal dos Dehonianos

Portal dos Dehonianos

Portal dos DehonianosBom dia Da. Lia.

Estamos em nível mundial fazendo um estudo sobre a incidência salesiana.
Gostaria então que você me disse algo sobre o Oratória que você dirige.

1. Ano da fundação (só vale se tiver sido fundado antes de 2.000)
Quem fundou e porque. 
Como conheceu D. Bosco?
Tem alguma programação mensal, anual?
Quantos oratorianos/as frequentam.
Agradeço pelo que você puder fazer. Essas informaçoes irão para Turim/Roma em 2015.

Um abraço.

P. Antenor de Andrade Silva, sdb.

Portal dos Dehonianos

Portal dos DehonianosBom dia Da. Lia.

Estamos em nível mundial fazendo um estudo sobre a incidência salesiana.
Gostaria então que você me disse algo sobre o Oratória que você dirige.

1. Ano da fundação (só vale se tiver sido fundado antes de 2.000)
Quem fundou e porque. 
Como conheceu D. Bosco?
Tem alguma programação mensal, anual?
Quantos oratorianos/as frequentam.
Agradeço pelo que você puder fazer. Essas informaçoes irão para Turim/Roma em 2015.

Um abraço.

P. Antenor de Andrade Silva, sdb.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Liturgia, dia 18/03/2014

Terça-feira - 2ª Semana da Quaresma imprimir Lectio Primeira leitura: Isaías 1, 10.16-20 10*Ouvi a palavra do Senhor, ó príncipes de Sodoma; escuta a lição do nosso Deus, povo de Gomorra: 16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas acções. Cessai de fazer o mal, 17*aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo, socorrei os oprimidos, fazei justiça aos órfãos, defendei as viúvas. 18 Vinde agora, entendamo-nos -diz o Senhor. Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tomer-se-êo brancos como a neve. Mesmo que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã. 19Se fordes dóceis e obedientes, comereis os bens da terra; 20 se recusardes, se vos revoltardes, sereis devorados pela espada. É o Senhor quem o declara.» o capítulo primeiro de Isaías anuncia, de certo modo, a temática que irá ser desenvolvida nos seguintes capítulos: o amor fiel de Deus a que o povo responde com a infidelidade (w. 2-9); essa infidelidade atrai o castigo divino; mas não há culpa que a misericórdia de Deus não possa perdoar; um pequeno "resto" será salvo, e será raiz de vida nova. Hoje escutamos um ensinamento profético contra o ritualismo, no quadro de uma demanda judicial (w. 10.19s.). A referência a Sodoma e Gomorra estabelece a ligação ao oráculo sobre a infidelidade dos chefes de Judá e de Jerusalém (w. 4-9), e de todo o povo de Israel, que atrai um castigo semelhante ao das duas cidades tristemente célebres (cf. Gen 19; Dt 29, 22; 32,32). Sem fidelidade à Lei divina, a oração é ineficaz e o culto é inútil, e mesmo perverso. Mas, apesar da sua infidelidade, Israel continua a ser o destinatário da Palavra de vida, e dons de Deus são irrevogáveis. Por isso, o profeta insiste na necessidade de mudança, para acolher o perdão oferecido por Deus. Ainda é possível escolher entre a bênção e a maldição (w. 19.20). Evangelho: Mateus 23, 1-12 Naquele tempo, 1Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: 2*«Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. 3Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. 4*Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. 5*Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. 6Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. 7Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'Mestres' pelos homens. 8*Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'Mestres; pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. 9E, na terra, a ninguém chameis 'Pai; porque um só é o vosso 'Pai; aquele que está no Céu. 10Nem permitais que vos tratem por 'doutores; porque um só é o vosso 'Doutor; Cristo. 11 *0 maior de entre vós será o vosso servo. 12Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado. Jesus, depois dos debates no templo, dirige-se à multidão e aos discípulos para continuar a diatribe com os escribas e fariseus. Desmascara-lhes a incoerência (vv. 2- 4), a ostentação e vanglória (vv. 5-7), e dirige-lhes os sete «Ai de vós» (vv. 13-36) que desembocarão no sentido lamento sobre Jerusalém (vv. 37-39). Por outro lado, põe de sobreaviso os discípulos contra o vício da ambição (vv. 8-10), gangrena da comunidade já nos tempos em que foram redigidos os evangelhos. O formalismo, a busca de prestígio pessoal, profanam a religião e tornam-na idolátrica. A conclusão não pode ser deixar de escutar a Palavra proclamada por chefes incoerentes, mas usar o discernimento para fazer o que eles dizem, e não fazer o que fazem. Acima de tudo, há que ter o olhar bem fixo em Jesus, o verdadeiro Mestre, o fiel intérprete do Pai. Meditatio A Igreja faz-nos escutar, hoje, palavras fortes e reconfortantes: «Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tomsr-se-êo brancos como a neve. (Is 1, 18). Estas palavras caiem como bálsamo sobre a nossa ingratidão, superficialidade e malícia. Deus, na sua paciente misericórdia continua disposto a perdoar-nos. Disse que estas palavras caiem como bálsamo sobre o nosso coração ferido pelo pecado. A palavra de Deus fala-nos de neve. Como se torna bela uma paisagem coberta de neve! Mas a palavra de Deus vai mais longe. Os nossos pecados não são apenas cobertos, do modo que a neve cobre a terra. A sua misericórdia transforma-os em ocasião de graça, em fonte de amor. Isaías diz-nos que os nossos pecados, ainda que sejam escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve. É essa a extraordinária maravilha que Deus quer operar em nós, apagando todas as nossas manchas, mesmo as mais horríveis, com um «detergente» muito especial, o sangue de Cristo, como nos diz o Apocalipse: «lavaram as suas vestes no sangue do comem» (7, 14). O sangue de Cristo, derramado por nosso amor, é a nossa única garantia de purificação e de salvação. Não é a simples observância exterior dos preceitos, com que, por vezes, nos gloriamos, em vez de darmos glória ao Senhor. A nossa vida, o nosso culto, como nos recomenda Isaías, hão-de ser expressão de que conhecemos o amor de Deus e queremos corresponder de modo generoso e total à sua fidelidade para connosco. Os sacrifícios e as ofertas nada valem, se o ouvido e o coração, seduzidos pelo pecado, estão endurecidos e não reconhecem o amor misericordioso e fiel de Deus para connosco. Só a Palavra de Deus, escutada pelo ouvido, descida ao coração, guardada com amor, e praticada com simplicidade, nos torna sensíveis ao amor de Deus e nos leva a corresponder-lhe com sinceridade de coração. "De acordo com o apelo premente do Senhor à conversão, procuramos discernir atentamente o pecado nas nossas vidas; teremos a peito celebrar frequentemente o seu perdão no sacramento da reconciliação" (Cst. 79). O sacramento da Reconciliação permite-nos um muito particular acesso ao precioso sangue de Cristo, que nos lava de todo o pecado, nos renova interiormente e nos torna capazes de corresponder adequadamente ao amor fiel e misericordioso do nosso Deus. Oratio Senhor Jesus, Cordeiro imolado, eis-nos aqui, manchados pelas nossas culpas. Derrama sobre nós o teu sangue imaculado, para que nos purifique, renove e torne capazes de correspondermos ao teu amor fiel e misericordioso. Tu que amas a santidade e queres realizá-Ia em nós, lava-nos no teu sangue precioso e transforma­nos interiormente. Faz-nos mais brancos do que a neve. Então, tendo experimentado o teu amor, havemos de corresponder-lhe com uma vida de oblação generosa e total, no louvor, na acção de graças, no testemunho, para que todos possam escutar as maravilhas da tua misericórdia e dispor-se a acolhê-Ias, para também serem transformados. Amen. Contemplatio Já no Antigo Testamento, Deus pedia ao seu povo a prática das obras de misericórdia, como condição do perdão e da salvação. «Corrigi-vos, dizia em Isaías, purificai os vossos pensamentos e os vossos corações, deixai de me ofender, mas também aprendei a fazer o bem, sede justos, socorrei os oprimidos, fazei justiça às viúvas e aos órfãos, e então podeis vir interpelar-me e reclamar de mim o vosso perdão, e então, mesmo que as vossas almas fossem amarelas como o açafrão, tornar­se-iam brancas como a neve; e se fossem vermelhas como a púrpura, tornar-se-iam brancas como a lã do cordeiro» (Is 1, 17). Em que ponto me encontro nesta virtude fecunda e redentora? Quais são os meus sentimentos a respeito daqueles que me ofendem ou me ferem, daqueles que me criticam ou me fazem sofrer? Que piedade tenho no coração por aqueles que penam e que sofrem? - Quero fazer para mim uma lei da clemência e da misericórdia. A beneficência é o sinal da aliança com Deus: Elemosyna viri quasi signaculum cum ipso (Eccli. 17,18). Ajuda os pequenos e os pobres, diz o sábio, e a tua esmola rezará por ti diante de Deus e afastará de ti todos os perigos (Eccli 29, 15). /47 Foi com um Coração enternecido de misericórdia que o Salvador nos visitou: Per viscera misericordiae in qulbus visitavit nos oriens ex alto (Lc 1, 77). Sejamos bons para com todos, como Ele foi bom para connosco. Resoluções. - Senhor, quero ser bom e benevolente, e perdoar a todos para que também vós me perdoeis: em que ponto me encontro neste caminho? Quero revestir-me de misericórdia a vosso exemplo como S. Paulo me convida (Coi 3, 12). Misericórdia divina, incarnada no Sagrado Coração de Jesus, cobri o mundo, expandi-vos sobre nós e fazei reinar a misericórdia no meu coração (leão Dehon, OSP 4, p. 66s.).

Oração

Oração

Senhor Jesus, Cordeiro imolado, eis-nos aqui, manchados pelas nossas culpas.
Derrama sobre nós o teu sangue imaculado, para que nos purifique, renove e torne capazes de correspondermos ao teu amor fiel e misericordioso. Tu que amas a santidade e queres realizá-Ia em nós, lava-nos no teu sangue precioso e transforma­nos interiormente. Faz-nos mais brancos do que a neve. Então, tendo experimentado o teu amor, havemos de corresponder-lhe com uma vida de oblação generosa e total, no louvor, na acção de graças, no testemunho, para que todos possam escutar as maravilhas da tua misericórdia e dispor-se a acolhê-Ias, para também serem transformados. Amém.

domingo, 16 de março de 2014

A Mulher que calou os illuminati em reunião no Brasil

COM JESUS NO DESERTO (Texto longo, pode ser lido em partes)

Com Jesus no deserto Texto na íntegra da primeira pregação da quaresma do Pe. Raniero Cantalamessa, ofmcap Por Redacao ROMA, 14 de Março de 2014 (Zenit.org) - A quaresma começa todos os anos com a narração de Jesus que se retira para o deserto por quarenta dias. Nesta meditação introdutória queremos tentar descobrir o que foi que Jesus fez neste tempo, quais são os temas presentes na narração evangélica, para aplica-los à nossa vida. 1. "O Espírito conduziu Jesus ao deserto" O primeiro tema é o do deserto. Jesus acabou de receber, no Jordão, a investidura messiânica para evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração e pregar o reino (cf. Lc 4, 18s). Mas não se apressa para realizar nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, obedecendo a um impulso do Espírito Santo, se retira no deserto onde permanece quarenta dias. O deserto em questão é o deserto da Judéia, que se estende a partir de fora das muralhas de Jerusalém até Jericó, no Vale do Jordão. A tradição identifica o lugar com o assim chamado Monte da Quarentena situado em frente ao Vale do Jordão. Ao longo da história tem havido multidões de homens e mulheres que escolheram imitar este Jesus que se retira ao deserto. No Oriente, a começar por Santo Antônio Abade, retiravam-se nos desertos do Egito ou da Palestina; no ocidente, onde não existiam desertos de areia, se retiravam em lugares solitários, montanhas e vales remotos. Mas o convite a seguir Jesus no deserto não é dirigido somente aos monges e aos eremitas. De forma diferente, é dirigido a todos. Os monges e os eremitas escolheram um espaço de deserto, nós temos que escolher pelo menos um tempo de deserto. A Quaresma é uma oportunidade que a Igreja oferece a todos, sem distinção, para viver um tempo de deserto sem ter que, por isso, abandonar as atividades diárias. Santo Agostinho lançou este triste apelo: "Retorneis para dentro do vosso coração! Onde quereis ir longe de vós? Retorneis da vagabundagem que vos levou para fora do caminho; retorneis ao Senhor. Ele está pronto. Primeiro retorne ao teu coração, tu que te tornaste estranho a ti mesmo, por força de vagabundar fora: não conheces a ti mesmo, e procuras aquele que te criou! Volta, retorna ao coração, separa-te do corpo... regresse ao coração: lá examina o que talvez percebas de Deus, porque ali se encontra a imagem de Deus; na interioridade do homem habita Cristo[1]”. Reentreis no próprio coração! Mas o que é e o que representa o coração, que tanto se fala na Bíblia e na linguagem humana? Fora do contexto da fisiologia humana, onde não é mais do que um órgão do corpo, embora vital, o coração é o lugar metafísico mais profundo de uma pessoa; é o íntimo de todo homem, onde cada um vive o seu ser pessoa, ou seja, o seu subsistir em si, em relação a Deus, do qual tem origem e no qual encontra o seu fim, aos outros homens e à criação inteira. Até mesmo na linguagem comum, o coração designa a parte essencial de uma realidade. "Ir ao coração de um problema” quer dizer ir à parte essencial dele, da qual depende a explicação de todas as outras partes do problema. Assim, o coração de uma pessoa mostra o lugar espiritual onde é possível contemplar a pessoa na sua realidade mais profunda e verdadeira, sem véus e sem fixar-se nos seus aspectos marginais. É no coração que acontece o juízo de cada pessoa, sobre o que traz dentro de si e que é a fonte da sua bondade e da sua maldade. Conhecer o coração de uma pessoa quer dizer ter penetrado no santuário íntimo da sua personalidade, pelo qual se conhece aquela pessoa pelo que realmente ela é e vale. Retornar ao coração, portanto, significa retornar ao que há de mais pessoal e interior em nós. Infelizmente, a interioridade é um valor em crise. Algumas causas desta crise são antigas e inerentes à nossa própria natureza. A nossa “composição”, ou seja, o sermos constituídos de carne e espírito, faz com que sejamos como um plano inclinado, porém, inclinado, para o exterior, o visível e a multiplicidade. Como o universo, depois da explosão inicial (o famoso Big Bang), também nós estamos em fase de expansão e distanciamento do centro. Estamos perpetuamente “de saída”, por meio daquelas cinco portas ou janelas que são os nossos sentidos. Santa Teresa de Ávila escreveu um trabalho intitulado O castelo interior que é certamente um dos frutos mais maduros da doutrina cristã da interioridade. Mas existe, infelizmente, também um "castelo exterior", e hoje constatamos que também é possível estar trancados neste castelo. Trancados fora de casa, incapazes de reentrar. Prisioneiros da exterioridade! Quantos de nós deveríamos fazer própria a amarga constatação que Agostinho fazia sobre a sua vida antes da conversão: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei. Sim, porque tu estavas dentro de mim e eu fora. Ali te buscava. Deformado, me jogava nas belas formas das tuas criaturas. Estavas comigo, e não estava contigo. Mantinham-me distante de ti as tuas criaturas, inexistentes se não existissem em ti[2]”. Aquilo que se faz no exterior é exposto ao perigo quase inevitável da hipocrisia. O olhar de outras pessoas tem o poder de desviar a nossa intenção, como certos campos magnéticos fazem desviar as ondas. A ação perde a sua autenticidade e a sua recompensa. O parecer toma a dianteira do ser. É por isso que Jesus nos convida a jejuar e dar esmolas e orar ao Pai “no segredo” (cf. Mt 6, 1-4). A interioridade é o caminho para uma vida autêntica. Fala-se tanto hoje de autenticidade e se faz disso o critério de vitória ou não da vida. Mas onde está, para o cristão, a autenticidade? Quando é que uma pessoa é realmente ela mesma? Somente quando acolhe, como medida, Deus. “Fala-se tanto – escreve o filósofo Kierkegaard - de vidas desperdiçadas. Mas desperdiçada é somente a vida daquele homem que nunca se deu conta, porque nunca teve, no sentido mais profundo, a impressão de que existe um Deus e que ele, justo ele, o seu eu, está diante deste Deus[3]”. De um retorno à interioridade têm necessidade especialmente as pessoas consagradas ao serviço de Deus. Em um discurso dado aos superiores de uma congregação religiosa contemplativa, Paulo VI disse: “Hoje estamos vivendo num mundo que parece tomado por uma febre que se infiltra até no santuário e na solidão. Barulhos e estrondos invadiram todas as coisas. As pessoas não conseguem mais recolher-se. Vítimas de milhares de distrações, elas dissipam normalmente as suas energias atrás das várias formas da cultura moderna. Jornais, revistas, livros invadem a intimidade das nossas casas e dos nossos corações. É mais difícil do que antes encontrar uma oportunidade para aquele recolhimento no qual a alma consegue estar plenamente ocupada em Deus”. Mas procuremos também ver como fazer, concretamente, para reencontrar e conservar o hábito da interioridade. Moisés era um homem muito ativo. Mas está escrito que ele tinha mandado construir uma tenda portátil e em cada etapa do êxodo fixava a tenda fora do acampamento e regularmente entrava nela para consultar o Senhor. Ali, o Senhor falava com Moisés “cara a cara, como um homem fala com outro” (Ex 33, 11). Mas até isso nem sempre é possível fazer. Nem sempre é possível retirar-se a uma capela ou a um lugar solitário para reencontrar o contato com Deus. Por isso, São Francisco de Assis sugere outra solução mais ao alcance das mãos. Enviando os seus freis pelos caminhos do mundo, dizia: Nós temos um eremitério sempre conosco onde quer que estejamos e toda vez que o queiramos podemos, como eremitas, reentrar neste eremitério. “Irmão corpo é o eremitério e a alma o eremita que ali habita dentro para orar a Deus e meditar”. É como ter um deserto sempre “em casa” ou melhor “dentro de casa”, onde é possível retirar-se com o pensamento em cada momento, até mesmo andando pelo caminho. Concluímos esta primeira parte da nossa meditação escutando, como dirigidas a nós, a exortação que Santo Anselmo de Aosta dirigiu ao leitor em uma sua famosa obra: “Ânimo, mísero mortal, fuja por um curto período das tuas ocupações, deixa um pouco os teus pensamentos tumultuados. Afasta nesse momento os graves problemas e coloca de lado as tuas extenuantes atividades. Espera um pouco Deus e descansa nele. Entra no íntimo da tua alma, exclua tudo, exceto Deus e o que te ajude a procura-lo, e, fechada a porta, diga a Deus: Busco o teu rosto. O teu rosto eu procuro, Senhor[4]”. 2. Os jejuns agradáveis ​​a Deus O segundo grande tema presente na narração de Jesus no deserto é o jejum. “Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome” (Mt 4, 1b). O que significa para nós, hoje, imitar o jejum de Jesus? Antes, com a palavra jejum se entendia somente o limitar-se nos alimentos e nas bebidas e o abster-se das carnes. Este jejum alimentar conserva ainda a sua validez e é altamente recomendado, quando, é claro, a sua motivação é religiosa e não apenas higiênica ou estética, mas não é mais o único e nem sequer o mais necessário. A forma mais necessária e significativa de jejum chama-se hoje sobriedade. Privar-se voluntariamente de pequenos ou grandes confortos, do que é inútil e às vezes também prejudicial à saúde. Este jejum é solidariedade com a pobreza de tantos. Quem não lembra as palavras de Isaías que a liturgia nos faz ouvir no começo de toda Quaresma? "Por acaso não consiste nisto o jejum que escolhi: em repartir o teu pão com o faminto, em recolheres em tua casa os pobres desabrigados, em vestires aquele que vês nu e em não te esconderes daquele que é tua carne?” (Is 58, 6-7). Tal jejum também é uma resposta a uma mentalidade consumista. Em um mundo, que fez do conforto supérfluo e inútil um dos fins da própria atividade, renunciar ao supérfluo, saber privar-se de algo, deixar de recorrer sempre à solução mais cômoda, do escolher a coisa mais fácil, o objeto de maior luxo, viver, em suma, com sobriedade, é mais eficaz do que impor-se penitências artificiais. É, acima de tudo, justiça para com as gerações que virão depois da nossa, que não devem ser obrigadas a viver das cinzas do que nós consumimos e desperdiçamos. A sobriedade também tem um valor ecológico, de respeito pela criação. Mais necessário do que o jejum de alimentos é hoje também o jejum das imagens. Vivemos em uma civilização da imagem; viramos devoradores de imagens. Por meio da televisão, a imprensa, a publicidade, deixamos entrar, em jorros, imagens dentro de nós. Muitas delas não são saudáveis, transmitem violência e maldade, não fazem mais que incitarem os piores instintos que nós trazemos dentro. São embaladas expressamente para seduzir. Mas talvez o pior é que dão uma ideia falsa e irreal da vida, com todas as consequências que se derivam no impacto depois com a realidade, especialmente para os jovens. Pretende-se inconscientemente que a vida ofereça tudo o que a publicidade apresenta. Se não criamos um filtro, uma barreira, transformamos, em um curto espaço de tempo, a nossa fantasia e a nossa imaginação em um depósito de lixo. As imagens ruins não morrem quando chegam ao nosso interior, mas fermentam. São transformadas em impulsos para a imitação, condicionam terrivelmente a nossa liberdade. Um filósofo materialista, Feuerbach, disse: "O homem é o que ele come"; hoje, talvez, devêssemos dizer: "O homem é o que ele olha”. Outro destes jejuns alternativos, que podemos fazer durante a Quaresma, é aquele das palavras más. São Paulo recomenda: “Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas, na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem” (Efésios 4, 29). Palavras inconvenientes não são só os palavrões; são também as palavras cortantes, negativas que iluminam sistematicamente o lado fraco do irmão, palavras que semeiam discórdia e desconfianças. Na vida de uma família ou de uma comunidade, estas palavras têm o poder de fechar cada um em si mesmo, de congelar, criando amargura e ressentimento. Literalmente, "mortificam", ou seja, causam a morte. São Tiago dizia que a língua está cheia de veneno mortal; com ela podemos abençoar a Deus ou amaldiçoa-lo, ressuscitar um irmão ou mata-lo (cf. Tg 3, 1-12). Uma palavra pode ser pior do que um soco. No Evangelho de Mateus aparece uma palavra de Jesus que abalou os leitores do Evangelho de todos os tempos: “Eu vos digo que toda palavra sem fundamento que os homens disserem, darão contas no Dia do Julgamento” (Mt 12, 36). Jesus certamente não pretende condenar toda palavra inútil no sentido de não “estritamente necessária". Tomado no sentido passivo, o termo argon (a = sem, ergon = obra) usado no Evangelho indica a palavra privada de fundamento, portanto, a calúnia; tomado em sentido ativo, significa a palavra que não fundamenta nada, que não serve nem mesmo para a necessária descontração. São Paulo recomendava ao discípulo Timóteo: “Evita o palavreado vão e ímpio, já que os que o praticam progredirão na impiedade” (2 Tm 2,16). Uma recomendação que o Papa Francisco nos repetiu mais de uma vez. A palavra inútil (argon) é o oposto da palavra de Deus, que é de fato definida, pelo contrário, energes, (1Tess 2,13; Hb 4,12), ou seja, eficaz, criativa, cheia de energia e útil a tudo. Neste sentido, o que os homens terão de dar conta no dia do juízo é, em primeiro lugar, a palavra vazia, sem fé e sem unção, pronunciada por quem deveria, pelo contrário, pronunciar as palavras de Deus que são “espírito e vida”, especialmente no momento em que exercita o ministério da Palavra. 3. Tentado por Satanás Passemos ao terceiro elemento da narração evangélica no qual queremos refletir: a luta de Jesus contra o demônio, as tentações. Em primeiro lugar uma pergunta: existe o demônio? Ou seja, a palavra demônio indica realmente alguma realidade pessoal, dotada de inteligência e vontade, ou é simplesmente um símbolo, um modo de dizer para indicar a soma do mal moral no mundo, o inconsciente coletivo, a alienação coletiva e assim por diante? A principal evidência da existência do demônio nos Evangelhos não está nos vários episódios de libertação de possessos, porque na interpretação destes fatos pode ter influenciado as crenças antigas sobre a origem de certas doenças. Jesus é tentado no deserto pelo demônio, esta é a prova. A prova é também os muitos santos que lutaram na vida contra o príncipe das trevas. Eles não são uns “Dom Quixote” que lutaram contra moinhos de vento. Pelo contrário, eram homens muito concretos e com a psicologia muito saudável. São Francisco de Assis uma vez confidenciou a um companheiro: "Se os freis soubessem quantas ou quais tribulações eu recebo dos demônios, não haveria um só que não iria começar a chorar por mim[5]". Se para muitos é um absurdo crer no demônio é porque se baseiam em livros, passam a vida nas bibliotecas ou em escrivaninhas, enquanto o demônio não está interessado nos livros, mas nas pessoas, especialmente, é claro, nos santos. O que pode saber sobre Satanás quem nunca teve que lidar com a realidade de satanás, mas somente com a sua ideia, ou seja, com as tradições culturais, religiosas, etnológicas sobre Satanás? Esses costumam tratar este assunto com grande confiança e superioridade, descartando tudo como "obscurantismo medieval". Mas é uma falsa segurança. Como alguém que se gabasse de não ter nenhum medo do leão, aduzindo como prova o fato de que já o viu tantas vezes pintado ou fotografado e nunca se assustou. É completamente normal e coerente que não acredite no diabo, quem não crê em Deus. Seria realmente trágico se alguém que não crê em Deus, cresse no diabo! No entanto, pensando bem, é o que acontece em nossa sociedade. O demônio, o satanismo e outros fenômenos conexos são hoje de grande atualidade. O nosso mundo tecnológico e industrializado está cheio de magos, feiticeiros de cidade, ocultismo, espiritismo, adivinhadores de horóscopos, vendedores de feitiços, de amuletos, bem como de verdadeiras seitas satânicas. Expulso pela porta, o diabo voltou pela janela. Ou seja, expulso pela fé, voltou com a superstição. A coisa mais importante que a fé cristã tem a dizer-nos, no entanto, não é que o demônio existe, mas que Cristo venceu o demônio. Cristo e o demônio não são para o cristão dois princípios iguais e contrários, como em certas religiões dualísticas. Jesus é o único Senhor; Satanás não é nada mais do que uma criatura “apodrecida”. Se lhe foi concedido ter poder sobre os homens, é para que os homens possam ter a possibilidade de fazer livremente uma escolha de campo e também para que “não se encham de soberba” (cf. 2 Cor 12,7), achando-se auto-suficientes e sem a necessidade de algum redentor. "O velho Satanás é louco” diz um canto espiritual negro. “Deu um tiro para destruir a minha alma, mas errou a mira e destruiu, em vez disso, o meu pecado”. Com Cristo não temos nada a temer. Nada e ninguém pode nos prejudicar, se nós mesmos não o quisermos. Satanás, dizia um antigo padre da Igreja, depois da vinda de Cristo, é como um cão amarrado no quintal: pode latir e atacar o quanto quiser; mas, se não somos nós que chegamos perto, não pode morder. Jesus no deserto se libertou de Satanás para libertar-nos de Satanás! Os Evangelhos nos falam de três tentações: "Se tu és o Filho de Deus, diga para essas pedras se transformarem em pão”; “Se eres o Filho de Deus, atira-te para baixo”; “Todas estas coisas eu te darei, se, prostrando-te, me adorares”. Elas têm um objetivo único e comum a todas: desviar Jesus da sua missão, desvia-lo do objetivo pelo qual veio à terra; substituir o plano do Pai por outro diferente. No batismo, o Pai tinha apontado a Cristo o caminho do Servo obediente que salva com a humildade e o sofrimento; Satanás propõe um caminho de glória e de triunfo, o caminho que todos então esperavam do Messias. Ainda hoje, todo o esforço do diabo é de desviar o homem do objetivo pelo qual veio ao mundo que é o de conhecer, amar e servir a Deus nesta vida para gozá-lo depois na outra. Distraí-lo, ou seja, atraí-lo para outro lugar, para outra direção. Satanás, porém, é também astuto; não aparece pessoalmente com chifres e cheiro de enxofre (seria muito fácil reconhece-lo); serve-se das coisas boas levando-as ao excesso, absolutizando-as e transformando-as em ídolos. O dinheiro é uma coisa boa, como o é o prazer, o sexo, o comer, o beber. Mas se eles se transformam na coisa mais importante da vida, o fim, não mais meios, então se tornam destrutivos para a alma e muitas vezes também para o corpo. Um exemplo particularmente relevante para o tema é o divertimento, a distração. O descanso é uma dimensão nobre do ser humano; Deus mesmo recomendou o repouso. O mal é fazer do jogo o objetivo da vida, viver a semana como espera do sábado à noite ou do jogo no estádio no domingo, por não mencionar outros passatempos muito menos inocentes. Neste caso, a diversão muda de significado e, mais do que servir para o crescimento humano e aliviar o estreasse e o cansaço, aumenta-os. Um hino litúrgico da Quaresma exorta a usar com mais moderação, neste tempo, as “palavras, alimentos, bebidas, sono e diversões”. Este é um tempo para redescobrir por que viemos ao mundo, de onde viemos, aonde iremos, que rota estamos seguindo. Senão, pode acontecer conosco o que aconteceu com o Titanic ou, mais próximo de nós no tempo e no espaço, com a Costa Concordia. 4. Por que Jesus foi para o deserto Tentei destacar os ensinamentos e exemplos que nos chegam de Jesus para este tempo da Quaresma, mas tenho que dizer que até agora não falei do mais importante de todos. Por que Jesus, depois do seu batismo, foi para o deserto? Para ser tentado por Satanás? Não, nem sequer pensava nisso; ninguém vai de propósito buscar tentações e ele mesmo nos ensinou a rezar para não sermos levados à tentação. As tentações foram uma iniciativa do demônio, permitidas pelo Pai, para a glória do seu Filho e como ensinamento para nós. Foi ao deserto para jejuar? Também, mas não principalmente para isso. Foi para rezar! Sempre quando Jesus se retirava em lugares desertos era para orar ao seu Pai. Foi para sintonizar-se, como homem, com a vontade divina, para aprofundar a missão que a voz do Pai, no batismo, lhe tinha feito vislumbrar: a missão do Servo obediente chamado a redimir o mundo com o sofrimento e a humilhação. Foi em definitiva para orar, para estar em intimidade com o seu Pai. E isso é também o objetivo principal da nossa Quaresma. Foi ao deserto pelo mesmo motivo pelo qual, segundo Lucas, um dia, mais tarde, subiu ao Monte Tabor, ou seja, para orar (Lc 9, 28). Não se vai ao deserto somente para deixar algo – o barulho, o mundo, as ocupações -; vai-se principalmente para encontrar algo, ou melhor, Alguém. Não se vai somente para reencontrar a si mesmo, para colocar-se em contato com o próprio eu profundo, como em tantas formas de meditações não cristãs. Estar a sós consigo mesmo pode significar encontrar-se com a pior das companhias. O crente vai ao deserto, desce ao próprio coração, para renovar o seu contato com Deus, porque sabe que "no homem interior habita a Verdade". É o segredo da felicidade e da paz nesta vida. O que mais deseja um apaixonado do que estar a sós, em intimidade, com a pessoa amada? Deus é apaixonado por nós e deseja que nós nos apaixonemos por ele. Falando do seu povo como de uma esposa, Deus disse: “A conduzirei ao deserto e falarei ao seu coração” (Os 2,16). Sabe-se qual é o efeito do enamoramento: todas as coisas e todas as outras pessoas ficam pra trás, em segundo plano. Há uma presença que preenche tudo e faz todo resto “secundário”. Não isola dos outros, que, de fato, torna ainda mais atento e disponível para com os outros, mas como de reflexo, por redundância do amor. Oh, se nós homens e mulheres de Igreja descobríssemos o quanto está perto de nós, ao alcance das mãos, a felicidade e a paz que buscamos neste mundo! Jesus está esperando por nós no deserto: não o deixemos sozinho em todo esse tempo. [Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira] [1] S. Agostinho, In Ioh. Ev., 18, 10 (CCL 36, p. 186). [Trad.Livre] [2] S. Agostinho, Confessioni, X, 27. [Trad.Livre] [3] S. Kierkegaard, La malattia mortale, II, in Opere, edição de C. Fabro, Florência 1972, p. 663. [Trad.Livre] [4] S. Anselmo, Proslogion, 1, (Opera omnia, 1, Edimburgo 1946, p.97). [Trad.Livre] [5] Cf. Speculum perfectionis, 99 (FF 1798). Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Go to top

quinta-feira, 13 de março de 2014

Oração Jesus misericordioso, faz-me compreender que posso mudar para melhor, que posso converter-me e que estás disposto a ajudar-me a transformar-me com a tua graça. Afasta de mim a tentação do desespero ou da acomodação nos meus defeitos. Aproximando-me de Ti, posso converter-me, transformar-me interiormente, conformando-me cada vez mais à tua imagem e semelhança. Faz-me acreditar que também os meus irmãos podem mudar e tornar-se, cada vez mais, tua imagem e semelhança, também com a minha ajuda. Eis-me aqui, Senhor: converte-me e converter-me-ei! Uma vez convertido, faz de mim instrumento e servidor da reconciliação dos homens Contigo e entre si. Para que tenha a vida, e a tenham em abundância! Amém.

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domingo, 9 de março de 2014

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Oração
Senhor Jesus, dá-me a dimensão divina da tua caridade. Quero ajudar-Te, ajudando todos os irmãos carenciados de bens materiais, de atenção, de conforto e de compreensão. Tu disseste: «O que fizestes a um destes pequeninos, foi a Mim que o tizestes». No caminho de Damasco, disseste a Saulo que perseguia os cristãos; «Eu sou Jesus a quem tu perseçues-. A Martinho, que dividiu o manto com um pobre, também disseste: «Hoje, Martinho catecúmeno revestiu-Me com o seu manto». Estes exemplos iluminam o evangelho e dão-me força para percorrer o mesmo caminho, certo de que, na atenção generosa para com todos os carenciados, começo desde já a viver a vida eterna, porque Te amo como a mim mesmo, irmão em Cristo, irmão­Cristo. Amém.

Liturgia da Segunda feira.

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sábado, 8 de março de 2014

Uma homenagem à mulher

Laura Eberhardt há 12 horas Mulher Semente... SER-mente... SER que faz gente, SER que faz a gente. Mulher SER guerreiro, guerrilheiro, lutador... multimidia, multitarefa, multifaceta, multi-acaso... multi-coração... Mulher SER que dá conta, que vai além da conta, que multiplica, divide, soma e subtrai, sem perder a conta, sem se dar conta, de que esse século foi seu parto, na direção de seu espaço, de seu lugar de direito e de fato, de seu mundo que lhe foi usurpado e que agora é por ela ocupado. MULHER... Esse SER florado, esse SER adorado, esse SER adornado, que nos poem em um tornado, nos deixa saciado e transtornado, que nos faz explodir e sentir extasiado. SER admirado... MULHER... Nesse final de milénio, faça a transição. Tire de seu coração a semente que vai mudar toda a gente levando o mundo a ser mais gente... Um mundo mais feminino, mais rosado e sensibilizado, mais equilibrado e perfumado... PARABENS MULHER !!! Não pelo oito de marco, nem pelo beijo e pelo abraço, nem pelo cheiro e pelo amaço. Mas por ser o que és... Humus da humanidade, Raiz da sensibilidade, Tronco da multiplicidade, Folhas da serenidade, Flores da fertilidade, Frutos da eternidade... Essencia da natureza humana. Parabéns...

Primeiro Domingo da Quaresma

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sexta-feira, 7 de março de 2014

Santo Agostinho em "CONFISSÕES". Livro antigo mais tão novo. Procure ler.

Antenor, quisera poder sentir Deus da forma que Santo Agostinho descreve no poema abaixo. CAPÍTULO XXVII Solilóquio de amor Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro de mim, e eu lá fora, a te procurar! Eu, disforme, me atirava à beleza das formas que criaste. Estavas comigo, e eu não estava em ti. Retinham-me longe de ti aquilo que nem existiria se não existisse em ti. Tu me chamaste, gritaste por mim, e venceste minha surdez. Brilhaste, e teu esplendor afugentou minha cegueira. Exalaste teu perfume, respirei-o, e suspiro por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e o desejo de tua paz me inflama.
Oração Senhor, Tu podias separar-Te dos pecadores, porque não precisavas de penitência, nem de experimentar o sofrimento. Mas quiseste misturar-te com os pecadores e com os doentes para sobre todos derramares a tua misericórdia que salva e cura. Como Tu, quero colocar-me entre os pecadores, para sofrer e reparar pelos meus pecados, para sofrer e reparar pelos deles. Quero sentar-me à mesa dos pecadores para os ajudar a converter-se. Quero sentar-me à cabeceira dos doentes para os confortar. Quero estar junto de uns e de outros para ser sinal do teu amor e da tua misericórdia. Perdoa-me se, tantas vezes, fechei as mãos e o coração à indigência material e espiritual de quem me rodeia, por me julgar melhor que os outros. Quero abandonar as minhas falsas seguranças, e seguir-Te no caminho novo que abriste aos indigentes e pecadores, para, com eles, participar na festa da tua Misericórdia. Amém.

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Liturgia do dia

Evangelho (Lc 5,27-32): E, depois disto, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: «Segue-me». E ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu. E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa. E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: «Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?» E Jesus, respondendo, disse-lhes: «Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento». Comentário: Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido (Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha) Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores Hoje vemos como avança a Quaresma e a intensidade da conversão a que o Senhor nos chama. A figura do apóstolo e evangelista Mateus é muito representativa daqueles que podemos chegar a pensar que por causa do nosso historial, ou pelos pecados pessoais ou por situações complicadas, é difícil que o Senhor repare em nós para colaborarmos com Ele. Pois bem, Jesus Cristo, para nos tirar de toda a dúvida põe-nos como primeiro evangelista um cobrador de impostos Levi, a quem diz sem rodeios: «Segue-me» (Lc 5,27). Fez, com ele exatamente o contrario daquilo que a mentalidade “prudente” poderia esperar. Hoje procuramos ser “politicamente corretos”, Levi —pelo contrário— vinha de um mundo que tinha repulsa pelos seus compatriotas, pois consideravam-no, apenas por ele ser publicano, colaboracionista dos romanos e possivelmente fraudulento com as “comissões”, o que afogava os pobres ao cobrar-lhes os impostos, em fim, um pecador público. Aos que se consideravam perfeitos não se lhes passava pela cabeça que Jesus não apenas os chamaria a segui-lo, nem muito menos apenas a sentarem-se à mesma mesa. Mas com esta atitude, ao escolhe-lo, Nosso Senhor Jesus Cristo diz-nos que é mais deste tipo de gente de quem gosta de se servir para estender o seu Reino; escolheu os malvados, os pecadores, e os que não se consideram justos: «Para confundir os fortes, escolheu os que são débeis aos olhos do mundo» (1Cor 1,27). São estes os que necessitam de médico, e sobretudo, são eles os que compreenderão que os outros o necessitam. Devemos pois evitar pensar que Deus quer expedientes limpos e imaculados para O servir. Este expediente apenas o preparou para a Nossa Mãe. Mas para nós, sujeitos da salvação de Deus e protagonistas da Quaresma, Deus quer um coração contrito e humilhado. Precisamente, «Deus escolheu-te débil para te dar o seu próprio poder» (Sto. Agostinho). Estse é o tipo de gente que, como diz o salmista, Deus não menospreza.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Liturgia, 07 de marco

Santos 7 de Março: Santa Perpétua e Santa Felicidade, mártires Evangelho (Mt 9,14-15): Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: «Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão». Comentário: Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer (Barcelona, Espanha) Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão Hoje, primeira sexta-feira da Quaresma, tendo feito jejum e a abstinência da quarta-feira de Cinza, procuramos oferecer o jejum e o Santo Rosário pela paz, que é tão urgente no nosso mundo. Nós estamos dispostos a ter cuidado com este exercício quaresmal que a Igreja, Mãe e Mestra, nos pede que observemos e, ao recordar o que o mesmo Senhor disse: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar» (Mt 9,15). Temos o desejo de vivê-lo não só como o cumprimento de um critério ao que estamos obrigados, e —sobretudo— procurando chegar a encontrar o espírito que nos conduz a viver esta prática quaresmal e que nos ajudará em nosso progresso espiritual. Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum? Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8). Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com nossos irmãos. Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35), suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum, que nos dispõe —desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São Leão Magno, Papa).

Oração ( P. Dehonianos)

Oração Senhor Jesus, infunde em mim o teu Espírito, que seja o meu guia neste tempo da Quaresma. Quero comungar no teu jejum para estar unido a Ti, para Te experimentar como o Esposo desejado. Aumenta em mim o sentido esponsal da vida cristã. Ensina­me a jejuar de quanto me faz esquecer de Ti, de quanto me afasta da meditação da tua Palavra, de quanto me leva a procurar outros «amantes» e a correr o perigo de Te ser infiel.

terça-feira, 4 de março de 2014

Homilia do Papa

Homilia do Papa: Senhor, defendei os sacerdotes e religiosas da idolatria e da vaidade, da soberba e do dinheiro Santo Padre pede oração pelos jovens que têm vocação, mas às vezes há algo que os impede Por Salvatore Cernuzio ROMA, 03 de Março de 2014 (Zenit.org) - Muitas vezes, o próprio coração impede de dizer sim à vocação: cheio de soberba, inveja, idolatria. Por isso, o Papa, na homilia desta segunda-feira, na capela da casa Santa Marta, pediu orações, para que o Senhor envie sacerdotes e religiosas livres da idolatria e da vaidade, do poder e do dinheiro. Hoje, destacou o Papa, muitos jovens sentem em seus corações este chamado para se aproximar de Jesus, e ficam entusiasmados”, “não têm vergonha de se ajoelharem” diante d’Ele, para dar uma demonstração pública de sua fé em Jesus Cristo”. Ainda hoje existem muitos jovens que têm vocação, mas às vezes há algo “que os impede”: “o coração está cheio de outras coisas, não são muito corajosos para esvaziá-lo, voltam para traz, e a alegria se torna tristeza”. É a mesma situação narrada no Evangelho de hoje: o homem rico que se lança de joelhos diante de Jesus para pedir-lhe o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Ele era um homem que “tinha um grande desejo de ouvir as palavras de Jesus”: era “um homem bom, porque desde a sua juventude tinha observado os mandamentos, “mas isso não era suficiente para ele: queria mais. O Espírito Santo o impulsionava”. Então, Jesus olha para ele e lhe faz uma proposta de amor: “Venda tudo e vem comigo pregar o Evangelho”. Parece fácil para alguns, mas para aquele jovem, quando escutou essa chamada, “fechou a cara e foi embora triste”, porque possuía muitos bens. “O seu coração inquieto, por causa do Espírito Santo que lhe impulsionava a chegar perto de Jesus e a segui-lo, era um coração cheio, destacou Bergoglio, mas ele não teve a coragem de esvaziá-lo.” O coração dele estava ligado ao dinheiro e não tinha a liberdade de escolher. “O dinheiro escolheu por ele”. Muitos jovens hoje vivem um dualismo como este narrado no Evangelho. “Devemos rezar, exortou Francisco, para que o coração destes jovens possa se esvaziar, se esvaziar de outros interesses, de outros amores, para que o coração se torne livre. Francisco então sugeriu uma oração pelas vocações”. É uma oração para rezar muitas vezes, insistiu o Pontífice: “Senhor, enviai-nos religiosas, enviai-nos sacerdotes, defendei-os da idolatria, da idolatria da vaidade, da idolatria do orgulho, da idolatria do poder, da idolatria do dinheiro. Ajudai, Senhor, esses jovens, para que sejam livres e não sejam escravos, para que tenham o coração só para Vós, e assim o chamado do Senhor possa chegar e possa dar frutos”. Mas atenção, esta oração não é para fazer nascer vocações: existem vocações. O problema é ajudar para que cresçam, para que o Senhor possa entrar naqueles corações e dar esta alegria indizível e cheia de glória que tem cada pessoa que segue de perto a Jesus.”

Ditadura do Gênero

Dom Valério - Ditadura do GÊNERO Caros Padres, Diáconos e Agentes de Pastoral familiar! Encontrei a matéria abaixo, produzida pelo governo italiano, que sinaliza o avanço da ideologia do ‘gênero’ (gender), inclusive com explícitas orientações para os comunicadores: como devem falar e se dirigir ao público, para divulgar a “ditadura” do gênero. É impressionante o avanço. Na França há uma mobilização nacional muito expressiva contra a ideologia do gênero, chamada “La Manif pour tous” (mais ou menos: Manifestações públicas para todos em defesa da Família tradicional), que tem ramificações em outras nações. Pensemos, em termos evangelizadores, ao nosso Brasil, muitas vezes dependente dos pensamentos ‘de fora’. Lendo a matéria abaixo, dá para entender que um ‘outro’ mundo está avançando. Deus abençoe. Dom Valério A ideologia LGBT quer se tornar ditadura Ditado em um documento do Departamento Contra a Discriminação Racial do Ministério da Igualdade de Oportunidades na Itália, as condições para limitar a liberdade de imprensa e de expressão dos jornalistas ROMA, 27 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) - A intenção ideológica das associações LGBT está se tornando mais e mais invasiva, a ponto de querer prejudicar a liberdade de imprensa e de expressão, obrigando os jornalistas a mudar o significado das definições, dos discursos e dos argumentos. Conforme relatado pelo site da “La Manif pour Tous” Itália, UNAR, o Departamento Nacional Contra as discriminações raciais do Ministério da Igualdade de Oportunidades publicou em dezembro do ano passado um documento dirigido aos jornalistas intitulado: "Diretrizes para uma informação respeitosa das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais". De acordo com este documento: I: O sexo é uma característica anatômica, mas cada um escolhe ser homem ou mulher “independentemente do sexo anatômico de nascimento". II: Diante dos "Coming out" (sair do armário, ndt) , ou seja, das pessoas que revelam suas próprias preferências sexuais, é preciso ressaltar os aspectos positivos como a coragem de quem se faz visível. III: Considerar o termo "lésbica" um elogio. IV: Sempre com relação ao “feminino”, se um transexual se sente mulher o jornalista tem que transcrever ‘a trans’ e não ‘o trans’. V: Em vez de falar de prostitutas ou prostitutos use-se melhor a expressão ‘profissionais do sexo trans’. VI: Educar os leitores a um parecer benevolente sobre o ‘casamento homossexual’ ou sobre “outra instituição ad hoc para o reconhecimento dos direitos LGBT”. A ideia básica é inculcar que "o casamento não existe in natura, enquanto que a homossexualidade existe in natura”. E ainda “os três conceitos – ‘tradição, natureza, procriação’ – são indício de homofobia”. VII: E ' proibido falar de "casamento tradicional", e, ao invés de “matrimônio gay”, traduzir com “matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”. VIII: Sobre o tema da adoção é proibido argumentar que a criança "precisa de uma figura masculina e de uma feminina como condição fundamental para a integridade do equilíbrio psicológico". É proibido falar de "barriga de aluguel", expressão "pejorativa", que deve ser substituída pela mais elegante "gestação de apoio". IX: Quando nas transmissões são tratadas estas questões, os que conduzem, não são obrigados ao contraditório porque “Não existe uma espécie de consenso pré-determinado, objetivo, além do qual se torna imprescindível o contraditório”. X: Os fotógrafos em suas reportagens aos “Gay Pride” (orgulho gay) são convidados a evitar imagens de pessoas “reluzentes e nuas”. Também sobre o tema do "dever de crônica” que obriga a publicar todas as declarações, mesmo aquelas “de políticos e de representantes das instituições” não totalmente de acordo, que os discursos contrários à ideologia do gênero sejam colocados entre aspas, sublinhados como errados, contrapostos àqueles de representantes das organizações LGBT, que serão prontamente entrevistados. Se recomenta também uma “especial atenção no título”.

segunda-feira, 3 de março de 2014

oração

Oração Senhor, faz-me compreender que a vida no Reino não está privada de consolações dignas da minha condição humana. Viver em Ti, que vives na tua Igreja, é partilhar a tua condição de «pedra angular», preciosa para o Pai, mas rejeitada pela humanidade. Viver em Ti, é beber o teu cálice, receber o teu baptismo, participar na tua Paixão, mas também participar na glória da tua Ressurreição! Tudo depende do modo como acolho o teu mistério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar. Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amém.
Oração Senhor, faz-me compreender que a vida no Reino não está privada de consolações dignas da minha condição humana. Viver em Ti, que vives na tua Igreja, é partilhar a tua condição de «pedra angular», preciosa para o Pai, mas rejeitada pela humanidade. Viver em Ti, é beber o teu cálice, receber o teu baptismo, participar na tua Paixão, mas também participar na glória da tua Ressurreição! Tudo depende do modo como acolho o teu mistério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar. Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amém.

Liturgia, dia 04.

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Capítulo Geral 27, Salesianos

Logo de Ans - Vá a Home Page HOME PAGE || QUEM SOMOS || COMUNIQUE-NOS || F.A.Q. || ÁREA RESERVADA T RSS RSS IT EN ES FR PT PL Versão standard || Só Texto Imprimir esta página Imprimir Mande a um amigo Enviar :. NEWS 3/3/2014 - RMG - CG27: Cerimônia de abertura - 1 Fotos do artigo -RMG – CG27: CERIMÔNIA DE ABERTURA - 1 Documenti Correlati IMAGENS (ANS – Roma) – À presença de numerosas Autoridades eclesiásticas e religiosas, realizou-se na manhã de hoje, 3 de março, a solene cerimônia de abertura do Capítulo Geral da Congregação Salesiana. Em sua Mensagem de abertura, o Reitor-Mor, P. Pascual Chávez, explicou: “Preocupa-nos não o futuro da Congregação, como se fosse uma questão sobrevivência, mas a nossa capacidade de profecia”. Consistiu o primeiro ato na liturgia de invocação do Espírito Santo: entronizou-se o Evangelho, do qual foi lido um passo (Jo 21, 20.22-24); leu-se outrossim o artigo das Constituições que descreve o Capítulo Geral. A seguir toda a Assembleia elevou antes uma oração a Dom Bosco e depois o Canto ‘Véni, Creátor Spíritus” (Vem, ó Espírito Criador). Logo após o P. Chávez iniciou sua fala de abertura: “A Congregação – recordou – é chamada neste Capítulo a renovar-se de tal forma que possa ter o frescor das origens, o elã missionário da sua adolescência, o dinamismo da sua juventude, a santidade da sua maturidade”. Ela se apresenta unida, mas “a unidade da Congregação não significa uniformidade”. “É evidente portanto que o Capítulo deve abrir as portas a um diálogo que tenha presente todos esses elementos: todos podem exprimir livremente os seus pensamentos acerca da tarefa da Congregação hoje, e a respeito dos seus urgentes desafios. Mas devem, ao mesmo tempo, todas as propostas encontrar-se na linha e no espírito do Evangelho, na fidelidade a quanto nos indicam as Constituições”. “Certamente leis e tradições, que sejam puramente acidentais, podem ser mudadas, mas nem toda mudança significa progresso. É preciso discernir se tais mudanças contribuem realmente a reafirmar a identidade, a consolidar a unidade, a promover a vitalidade e a santidade da Congregação”. Todo Capítulo constitui uma etapa importante que projeta a Congregação pelo rumo de um novo sexênio. Mas “o CG27 – sublinha O P. Chávez –mira a algo novo, inédito. Impele-nos a urgência da radicalidade evangélica. Somos chamados a voltar ao essencial, a ser uma Congregação pobre para os pobres e a reencontrar inspiração na mesma paixão apostólica de Dom Bosco.” Antes de concluir, o Reitor-Mor agradeceu aos Conselheiros pela colaboração leal, generosa e qualificada, e convidou a Assembleia a uma presença atuante: “A todos vós, portanto, caríssimos irmãos, a palavra. Mas também o convite a abrir o coração ao Espírito – o Grande Mestre interior –, que nos guia sempre pelo rumo da verdade e da plenitude da vida”. O Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em seu discuso partiu da Carta de Convocação do Reitor-Mor, P. Chávez, na qual se pergunta: “Que vida consagrada é necessária e significativa para o mundo de hoje?”. E sintetizou a resposta na expressão: viver a profecia da comunhão e da fraternidade. Trata-se de passar da ‘sequela Christi’ individual à ‘sequela Christi’ comunitária. E, parafraseando Santa Teresa d’Avila, construir além do “castelo interior” também o “castelo exterior”: ir a Deus junto com os irmãos e as irmãs. Espiritualidade de comunhão segundo o modelo da Trindade: eis o paradigma para a realidade de hoje na qual, além de consumidores, somos chamados a ser construtores de comunidade, a fim de tornar concreto, cada dia, o “espírito de família”, característica da experiência educativo-espiritual de Dom Bosco. Publicado em 03/03/2014 comunica ANS news As últimas News • 3/3/2014 - RMG – CG27: “Força e coragem e vamos avante”, disse o Cardeal Farina aos Capitulares • 3/3/2014 - RMG – CG27: Cerimônia de abertura - 1 • 1/3/2014 - RMG – CG27: Piemonte, fonte geográfica de um carisma • 1/3/2014 - RMG – CG27: Radicalidade evangélica, caminho para o Céu • 1/3/2014 - Itália – Está por terminar a Peregrinação da Urna de Dom Bosco pelo País

domingo, 2 de março de 2014

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Falando de Guerra (Eduardo Pereira da Silva)

Vi o pessoal falando do poderio bélico, mas tanques é para um ataque a países muito fracos belicamente. A primeira onda atualmente vem sempre através de um ataque aéreo forte para debilitar as defesas dos inimigos e só depois uma invasão efetiva por terra, mas cuidando das linnhas de abastecimento. Aliás, o grande problema de se tomar países geograficamente grandes são a manutenção das linhas de abastecimentos. Então se um país não tem tanta grana para ter um exército de ponta, uma das primeiras coisas que é recomendada é investiver em baterias anti-aéreas de ponta para dissuadir um ataque aéreo maciço, o que obrigaria um país invasor a ter que investir pelo ataque por terra, e, no caso do Brasil não é coisa fácil devido ao tamanho continental de nosso país e a possibilidade grande de se armar ataques de guerrilha para cortar as linhas de abastecimento do invasor. E lembrando que o Brasil tem as melhores baterias do mundo (Beija-Flor, Mangueira, Portela, etc) - Ah! também tenho direito ao meu momento nonsense... rs rs rs