O segundo dos Dez Mandamentos da lei de Deus
Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
Pe.
Reginaldo Manzotti*
CURITIBA, sexta-feira, 8 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Nos dias de hoje muita gente se esqueceu dos Mandamentos da lei
de Deus e, infelizmente, algumas pessoas acham que é algo obsoleto e
ultrapassado. Por isso, vamos relembrar, como fizemos no artigo passado (O
primeiro dos Dez Mandamentos da lei de Deus), e dessa vez tratarmos do segundo
mandamento: “Não pronunciar o nome de Deus em vão” (Êxodo 20,7).
O nome do Senhor é santo. É sagrado. Nem mesmo
os judeus pronunciavam. Estes, ao invés de Iavé, diziam Adonai, meu Senhor. E
faziam isso por respeito. Por isso, este mandamento nos diz que nós não podemos
abusar do nome de Deus. Devemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração
amorosa.
“Não fará uso dele, a não ser para bendizê-lo,
louvá-lo e glorificá-lo” (CIC – 1243). O segundo mandamento fala sobre o
respeito e sentimento com relação a tudo o que é sagrado. E o sagrado deve ser
adorado.
Lembremo-nos que profanar o sagrado é algo que
muitas vezes acontece, a profanação daquilo que é santo. O cristão é chamado a
testemunhar o nome do Senhor, confessando a sua fé, defendendo com zelo tudo o
que ensina a Igreja.
São Cipriano de Cartago tem uma frase
maravilhosa: quem não tem a Igreja por mãe, não tem Deus como pai. O novo
catecismo ensina que o segundo mandamento proíbe o uso indevido do nome de
Deus, de Jesus Cristo e das coisas sagradas.
E isso, chamamos de blasfêmia: um pecado grave
contra o segundo mandamento, pois consiste em proferir contra Deus, interior ou
exteriormente, palavras de ódio, de ofensa, de desafio. A proibição da
blasfêmia se estende a tudo o que é divino. E Jesus expõe isso no segundo
mandamento no sermão da montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos. Não
perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com teu senhor. Eu, porém,
vos digo: não jureis em hipótese alguma. Diga sim, quando é sim. Não, quando é
não. O que passa disso vem do maligno” (Mt 5,33ss).
Deus chama cada um por seu nome. Por isso, o
nome de cada pessoa é sagrado. O nome é o ícone da pessoa. Exige respeito em
sinal da dignidade de quem o leva. O nome recebido é um nome eterno. No Reino,
o caráter misterioso e único de cada pessoa marcada com o nome de Deus
resplandecerá em plena luz. “Ao vencedor darei uma pedrinha branca na qual está
escrito o nome novo, que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe” (Ap
2,17). Por isso, o nome de Deus não foi feito para ser dito, manipulado, usado
de forma indevida.
Por exemplo: pessoas que colocam nomes de santos
em locais e depois utilizam disso como um lugar de exploração. Fere o segundo
mandamento. Usar o nome de Deus numa mentira. Ou jurar em nome de Deus. Jesus
pediu que não façamos: “Não jurarás em hipótese alguma. Sim quando é sim e não
quando é não. O que passa disso vem do maligno” (Mt 5, 33).
Permaneçamos firmes na vivência da nossa fé,
bendizendo e santificando o santo nome de Deus, como nos pede o segundo
mandamento.
*Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso e pároco da Igreja
Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas
de rádio e TV que são retransmitidos para milhares de emissoras no país e
exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.