Jornada
Mundial da Juventude Rio 2013
Reflexões de Dom Walmor
Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
Dom Walmor Oliveira de Azevedo*
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 29 de junho de
2012 (ZENIT.org) - No próximo mês, começa a contagem
regressiva para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil, que será
realizada de 22 a 28 de julho do ano que vem, no Rio de Janeiro. Já está em
curso uma enorme movimentação da força jovem pelo mundo afora, especialmente
aqui. A Jornada Mundial está na cadeia dos grandes eventos que estão sendo
realizados em nosso país: Rio+20 (concluída recentemente), a Copa das
Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, 2014, e, por último, as Olimpíadas, em
2016.
Antecedendo a JMJ, antes da chegada ao Rio de
Janeiro, teremos a celebração da Semana Missionária, em todas as dioceses do
Brasil, de16 a21 de julho de 2013, quando hospedaremos milhares e milhares de
jovens peregrinos. Será a oportunidade para aproximar-se mais de Jesus Cristo,
o melhor presente que qualquer pessoa pode receber. Encontrá-lo é o melhor que
pode ocorrer na vida de cada um. E fazê-lo conhecido, por palavras e obras, é a
mais gostosa e duradoura alegria. Quando o jovem assume Cristo como mestre,
fazendo-se discípulo, aprende sobre o sentido profundo da existência, substitui
o desalento pela esperança que não engana, conforme sublinha o importante
Documento de Aparecida, fruto da 5ª Conferência dos Bispos Latino-americanos e
Caribenhos.
Esse documento também alerta para as várias
situações que afetam muitos jovens significativamente, como as sequelas da
pobreza, limitando o crescimento harmônico de suas vidas, gerando exclusão.
Também a falta de socialização e transmissão de valores nas instituições
tradicionais, substituídas por ambientes não isentos de forte carga de
alienação. Não raramente, muitos jovens são presas fáceis de novas propostas
religiosas e pseudo-religiosas, bem como vítimas da dizimação produzida pela
dependência química.
A Jornada Mundial da Juventude é a grande
convocação dos jovens para uma vivência autêntica da fé, o despertar para uma
participação na esfera política, equilíbrio na dinâmica de suas vidas,
superação de práticas e usos abusivos. Para a Igreja Católica é uma reafirmação
e o comprometimento na sua opção preferencial pelos jovens. É também
oportunidade para que os governos invistam nos jovens. Para a sociedade de um
modo geral, que deve participar e colaborar, a JMJ é um momento histórico para
avançar em direção ao novo, necessário à própria sobrevivência. Especificamente
para os jovens, os grandes protagonistas, a Jornada Mundial já está sendo a
experiência de uma nova consciência de sua dignidade e força, uma aposta
exitosa para o futuro, com Cristo como centro de suas vidas.
Nesse contexto de preparação para a JMJ, Belo
Horizonte sediará o Congresso Mundial de Universidades Católicas, uma riqueza
dos muitos tesouros desse caminho missionário. A capital mineira receberá
milhares de peregrinos. Os números, a programação, os conteúdos e metas desses
eventos todos são emoldurados pelo entendimento de que os jovens são uma força
incontestável e indispensável. Merecem ser apoiados, conhecidos nas suas
experiências, ajudados nas suas demandas. Para além de diversão, turismo,
lazer, outros ganhos importantes, os jovens são o tesouro precioso que conta
mais. É hora da convocação aos jovens!
* Dom Walmor Oliveira de Azevedo
é Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
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