sábado, 25 de janeiro de 2014

Os Rolezinhos (Antenor de Andrade) Nas últimas semanas voltamos a acompanhar novos movimentos de protestos protagonizados por grupos juvenis inconformados com a situação em que vivem sobretudo nas periferias das nossas grandes cidades. Trata-se de fenômeno que está bombando especialmente nos estacionamentos dos Shoppings. A juventude carreada, convocada pela Mídia, da qual é mestra incontestável, é a principal protagonista dessas aglomerações. Entre os participantes a maioria não se encontra nas classes A ou B. Que desejam esses moços e moças? Eles mesmos respondem que um dos objetivos é se divertirem, se conhecerem e não têm lugar para se encontrarem. Todavia, querem ser ouvidos, não aceitam ser massas inermes de propagandas astuciosas de quem muitas vezes quer apenas usá-los. Essa grande, importante e valorosa parte de nossa população tem forças e unidos podem causar barulhos, problemas, desestabilizar. As autoridades sejam mais inteligentes e saibam analisar, compreender, ler e atender os sinais dos tempos enviados por esses jovens. Os movimentos gerais de protestos, pipocados em todo o Brasil em junho passado, por incompreensão, má vontade, inércia ou preguiça não foram respondidos a altura pelos nossos dirigentes. As massas desde há muito que já entenderam que as coisas entre nos só se resolvem a bem do povo, através de protestos e enfrentamentos que muitas vezes terminam em violência. Nosso povo já se convenceu, da má vontade e de promessas momentâneas para receber votos. Tudo indica, no entanto que agora está cansado, entediado e desiludido de ser perpetuamente enganado com propostas nunca cumpridas e sempre repetidas. Com maracutaias financeiras e jogadas que escamoteiam a realidade sempre em detrimento da sociedade. Somos um exemplo de paciência e de pacifismo. Por vezes nossa acomodação é enervante. Esse status, no entanto pode não durar mais por muito tempo. Se nosso pais tem condições para construir estádios monumentais, obras ciclópicas para mostrar ao mundo que somos capazes de grandes empreendimentos; se dispomos de avalanches financeiras capazes de infelizmente construir uma das sociedades mais pútridas e vergonhosas em termos políticos e de descaminho do dinheiro publico, porque não trabalhamos séria e primordialmente atacando o que indiscutivelmente faz parte dos direitos do seu povo? Por que não somos sérios em conduzir uma nação que de há muito poderia estar entre as primeiras das primeiras da terra? Por vezes tive vergonha quando me dirigiram certas perguntas sobre o Brasil. Alguém já teria dito que não somos um pais sério e onde tudo é grande, menos o homem? Exagero, inveja? Aquele estrangeiro tinha alguma razão? Onde estão os cuidados, a responsabilidade pela nossa saúde? Vivemos em um das nações mais enfermas do globo. Em cada esquina encontramos uma farmácia, em cada rua um hospital que só tem o nome de hospital, onde os pacientes por vezes chegam a óbito, esperando prostrados nos corredores aos gritos de socorro. Não faz muito lia que nosso pais, juntamente com um outro asiático, não nomeio, até porque tenho diversos amigos ali, são os campeões mundiais em carie dentária. Mal que já provocou a morte de muitas pessoas, pois suas toxinas produzem entre outros males infecção cardíaca. Voltemos aos rolezinhos. Pode ser que eles entre nós sejam uma novidade. Nos Estados Unidos, os “flash mobs” aconteceram desde 1960, na Carolina do Norte. Outras grandes cidades também os conheceram: Kansas City (ali pude observar a pequena casa, onde dois universitários começaram a Pizza Hut, depois, segundo informação venderam a patente por $300...), Chicago, Filadélfia, Jacksonville. Ali também como aqui, os participantes dos rolezinhos eram pessoas da classe menos abastada, sobretudo negros, segundo a imprensa local. Houve violência, em alguns casos. Hoje aniversário da cidade de S. Paulo, já há grupos reunidos no MAP, segundo a Imprensa. Fala-se ainda de planos para “ Rolezões” para impedirem a realização da Copa. As forças que estão a frente de nosso pais deixem tudo que lhes ‘e de interesse pessoal e unidas, sem preconceitos nem segundas intenções procurem sanar enquanto há tempo a crise que estamos para enfrentar. A sociedade civil, sobretudo os políticos, os empresários, a Igreja, as autoridades responsáveis pela tranqüilidade da nação, ninguém deve ficar esperando pelo tusiname acontecer. Mãos, cérebro, coração e sobretudo AMOR ao Brasil e juntos vamos trabalhar, séria e responsavelmente por este pais.

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