quinta-feira, 31 de maio de 2012

Evangelho de hoje

Meditando o Evangelho de hoje

Dia Litúrgico: 31 de Maio: A Visitação da Virgem
Evangelho (Lc 1,39-56): Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».

Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.
Comentário: Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida (Lleida, Espanha)
«O menino pulou de alegria no meu ventre»
Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.

A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).

Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».

Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

FA/18 SUPER HORNET


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Evangelho, 30/05

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mc 10,32-45): Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo. Jesus, outra vez, chamou os doze de lado e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: «Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará».

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: «Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir». Ele perguntou: «Que quereis que eu vos faça?». Responderam: «Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!». Jesus lhes disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?». Responderam: «Podemos». Jesus então lhes disse: «Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado».

Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: «Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».
Comentário: Rev. D. René PARADA Menéndez (San Salvador, Salvador)
«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»
Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Irena Sendler

Uma senhora de 98 anos chamada Irena Sendler faleceu há pouco tempo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo cristã e alemã!).

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na. Souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada, foi no entanto condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco: "Corra!".

Esperando ser baleada pelas costas, Irena contudo correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter certeza que não fora seguida. No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais. Os membros da organização Żegota ("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.(sem comentários)

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!
Estou transportando o meu grão de areia, reenviando esta mensagem. Espero que faça o mesmo.

Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este e-mail está sendo reenviado como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ) 500 mil ciganos, centenas de milhares de socialistas  e democratas e milhares de deficientes físicos e mentais que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, com os povos do mundo muitas vezes olhando para o outro lado.
Agora, mais do que nunca, com o recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões de civis em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça. Gente como Irena Sendler, que salvou milhares de vidas praticamente sozinha, é extremamente necessária.

A intenção deste e-mail é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Una-se a nós. Seja mais um elo desta cadeia comemorativa e ajude a distribuí-la por todo o mundo. Por favor, envie este e-mail às pessoas que conhece e peça-lhes que não interrompam esta cadeia.. "A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade."- Irena Sendler
 


 



Evangelho do dia, 29 de Maio.

Evangelho (Mc 10,28-31): Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros».
Comentário: Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell, Barcelona, Espanha)
«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»
Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).

Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?

A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.

Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

"A verdade sufocada"







RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO


À Senhora Jornalista Miriam Leitão

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM.

Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer".

Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.


EVANGELHO DO DIA

«Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres;(…) vem e segue-me»
Hoje a liturgia apresenta-nos um evangelho, onde é difícil ficar indiferente se o encaramos com sinceridade de coração.

Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.

Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.

Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»

sábado, 26 de maio de 2012

Evangelho do sábado


Dia Litúrgico: Sábado VII da Páscoa

Evangelho (Jn 21,20-25): Voltando-se, Pedro viu que também o seguia o discípulo que Jesus mais amava, aquele que na ceia se tinha inclinado sobre seu peito e perguntado: «Senhor, quem é que vai te entregar?». Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: «E este, Senhor?». Jesus respondeu: «Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? «Tu, segue-me». Por isso, divulgou-se entre os irmãos que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não tinha dito que ele não morreria, mas: «Se eu quero que ele permaneça até que eu venha que te importa?».

Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as pôs por escrito. Nós sabemos que seu testemunho é verdadeiro. Ora, Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seria preciso escrever.

Comentário: Rev. D. Fidel CATALAN i Catalan (Terrassa, Barcelona, Espanha)
«As pôs por escrito. Nós sabemos que seu testemunho é verdadeiro»
Hoje lemos o fim do Evangelho de São João. Trata-se propriamente do final do apêndice que a comunidade joânica adicionou ao texto original. Neste caso é um fragmento intencionalmente significativo. O Senhor Ressuscitado se aparece aos seus discípulos e os renova em seu prosseguir, particularmente a Pedro. Após este ato situa-se o texto que hoje proclamamos na liturgia.

A figura do discípulo amado é central nesse fragmento e até mesmo em todo o Evangelho de São João. Pode referir-se a uma pessoa concreta –o discípulo João- ou também pode ser a figura, atrás da qual, pode situar-se todo discípulo amado pelo Mestre. Seja qual for seu significado, o texto ajuda a dar um elemento de continuidade à experiência dos Apóstolos. O Senhor Ressuscitado assegura a sua presença naqueles que queiram serem seguidores.

«Se eu quero que ele permaneça até que eu venha» (Jo 21,22) pode indicar mais esta continuidade que um elemento cronológico no espaço e no tempo. O discípulo amado se converte em testemunha de tudo isso, na medida em que é consciente de que o Senhor permanece com ele em toda ocasião. Esta é a razão pela qual pode escrever e sua palavra é verdadeira, porque glosa com a sua pena a experiência continua daqueles que vivem sua missão no meio do mundo, experimentando a presença de Jesus Cristo. Cada um de nós pode ser o discípulo amado, na medida em que deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, que nos ajuda a descobrir esta presença. 

Este texto nos prepara para celebrar amanhã, domingo, a Solenidade de Pentecostes, o Dom do Espírito: «E o Paracleto veio do céu: o custódio e santificador da Igreja, o administrador das almas, o piloto dos náufragos, o faro dos errantes, o árbitro dos que lutam e quem coroa aos vencedores» (São Cirilo de Jerusalem). 


sexta-feira, 25 de maio de 2012

EVANGELHO DO DIA

Postado por: homilia
maio 25th, 2012
O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude com Jesus na pessoa do próximo. Foi por isso que Cristo exigiu de Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” A resposta de Pedro, por outro lado, não esconde sua satisfação e opção por Jesus. “E então responde: ‘Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo’. E Jesus lhe diz: ‘Apascenta as minhas ovelhas’”.
Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige a Pedro? Porque Ele era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo, um dia, e não os outros. Jesus se dirige a Pedro para demonstrar a ele que podia confiar plenamente e porque sua negação fora anulada. O Senhor lhe dá, agora, a primazia entre seus irmãos.
Cristo não menciona que Pedro o negou nem o envergonha com seu passado. “Se tu me amas – diz Ele – tome conta das minhas ovelhas que também são seus irmãos”, ou seja, permaneça a frente deles e dê provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstrou por mim com tanta alegria. A vida, que dizia estar pronto a dar, em meu favor, eu quero que a dê pelas minhas ovelhas.
Essa exigência é feita também a nós, meus irmãos. Se amamos Deus, devemos manifestar este amor ao nosso próximo.
Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho d’Aquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturbou e o temor o dominou. Lembre-se de que, outrora, ele fez afirmações solenes que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: “O Senhor sabe tudo e sabe que eu o amo!”
É como se Pedro dissesse: “Senhor, Tu conheces tudo! Conheces tanto o presente quanto o futuro”. Veja como Pedro se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar sem amar realmente. “Tanto estava seguro de mim mesmo no passado – pensa ele – como agora me sinto confuso”.
Jesus o interroga três vezes e três vezes lhe dá a mesma ordem: “Apascenta as minhas ovelhas”. Demonstra, assim, o apreço que tem pelo cuidado de Suas ovelhas, pois faz de tal cuidado Sua maior prova de amor.
Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta, desse modo, toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz Ele: “Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir”.
Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora. Por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: “Eu darei a minha vida por ti!” (Jo 13,37). E também: “Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei!” (Mt 26,35; Mc 14,31). Jesus consente o seu desejo. Fala-lhe desse modo não para amedrontá-lo, mas para reanimar seu ardor. Conhece seu amor e sua impetuosidade. Pode anunciar-lhe o gênero de morte que lhe reserva no futuro.
Pedro sempre desejara enfrentar perigos por Cristo. “Tem confiança, diz Jesus, teus desejos serão satisfeitos. O que não suportaste em tua mocidade suportarás na velhice”. E, para nos chamar a atenção, São João acrescenta: “Jesus disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus”. E esta Palavra nos ensina que nossa honra e glória está em dar a vida por Cristo em nossos irmãos e irmãs.
Pai, torna cada vez mais consistente o meu amor por Seu Filho Jesus na pessoa de todos aqueles que estão privados da sua dignidade em ser criado à Sua imagem e semelhança. Confirma a minha condição de discípulo e missionário do Seu Filho para que, no poder e na força do Espírito Santo, todos tenham vida e a tenham em plenitude. Amém.
Padre Bantu Mendonça

Aforismo

Aforismo da Quinta-feira, 25 de maio de 2012
"Um otimista vê novas oportunidades em toda calamidade, um pessimista vê novas calamidades em toda oportunidade"

terça-feira, 22 de maio de 2012

Hoje é dia do abraço


 O Doutor Harold Voth, distinto psiquiatra da Universidade do Kansas - EUA, afirma:...o abraço é o melhor tratamento conhecido para a depressão!"
----Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja activado.
----Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que nos sintamos mais jovens .
----Dentro da nossa casa, um abraço todos os dias reforça os relacionamentos e reduzirá significativamente os atritos.
----É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de grande alegria, tragédias ou catástrofes. Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois dos nossos desgostos e acidentes.
----Membros de uma família reunidos em situações de tristeza encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.
----O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro.
----Para abraçar é necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro. Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida, mas é difícil abraçar um estranho. Sentimos dificuldades em abraçar um doente, um mendigo ou uma pessoa desconhecida. E cada pessoa acaba por descobrir na sua capacidade de abraçar o seu nível de humanização, o seu grau de evolução afectiva.
----É natural haver no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, certamente por alguma razão misteriosa, ligamos a ternura com sentimentalismos, fraqueza ou vulnerabilidade.
----Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixarmos que nos abracem.
----O abraço é uma afirmação muito humana do ser , que tem muito valor. É bom... não custa nada... e exige tão pouco esforço. É tão saudável para quem dá como para quem recebe.
Pensemos nisso.

Retiro mensal

Amanhã, a comunidade salesiana de S. Paulo - Capital estará em um Centro de Reflexão, fazendo nosso retiro mensal. Rezem por nós e mesmo que vocês não se lembrem de nós, estaremos pedindo ao Senhor por todos vocês.

Evangelho do dia

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 7ª semana da Páscoa Evangelho (Jn 17,11b-19): Naquele tempo, Jesus alçando os olhos ao céu, disse: «Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. Quando estava com eles, eu os guardava em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei, e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. »Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que também eles sejam consagrados na verdade». Comentário: Fr. Thomas LANE (Emmitsburg, Maryland, Estados Unidos) «Que tenham em si a minha alegria em plenitude» Hoje, vivemos em um mundo que não sabe como ser verdadeiramente feliz com a felicidade que vem de Jesus, um mundo que procura a alegria de Jesus nos lugares errados e da maneira errada. Procurar a felicidade sem Jesus leva somente à infelicidade ainda mais profunda. É só ver as novelas na TV, há sempre alguém em apuros. As novelas na TV nos mostram a miséria de uma vida sem Deus. Mas queremos viver o dia de hoje com a alegria de Jesus. Jesus orou ao Pai em nosso Evangelho de Hoje, «digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude» (Jo 17,13). Percebamos que Jesus quer que sua alegria seja completa em nós. Ele quer que sejamos plenos de alegria. Isto não quer dizer que não teremos cruzes, porque «o mundo os odiou, porque eles não são do mundo» (Jo 17,14), mas Jesus espera que vivamos com sua alegria independentemente do que o mundo pensa de nós. A alegria de Jesus deve nos permear até o mais íntimo de nosso ser, enquanto os rugidos superficiais de um mundo sem Deus não devem nos penetrar. Hoje então vivamos a alegria de Jesus. Como podemos adquirir mais e mais dessa alegria de Jesus? Obviamente dele mesmo. Jesus é o único que nos dá a verdadeira alegria que está ausente no mundo, como podemos ver nas novelas de TV. Jesus disse, «Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado» (Jo 15,7). Então passemos tempo a cada dia em oração com as palavras de Jesus nas Escrituras, comamos e consumamos as palavras de Jesus nas Escrituras, deixemos que elas sejam nosso alimento, para que sejamos saciados com a alegria que vem de Jesus: «Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte» (Bento XVI).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O PODER DE UM BEIJO

O poder do beijo Vinha pela estrada uma caravana de motociclistas fortes, bigodudos, em suas poderosas motos, quando de repente eles veem uma garota a ponto de saltar de uma ponte de um rio. Eles param e o líder deles, particularmente corpulento e de aspecto rude, salta,se dirige a ela e pergunta: - Que diabos você está fazendo?? - Vou me suicidar-- Responde suavemente a delicada garota com a voz cadenciada e ameaçando pular. O motociclista pensa por alguns segundos e finalmente diz: - Bom, antes de saltar, por que não me dá um beijo? Ela acena com a cabeça, bota de lado os cabelos compridos encaracolados e dá um beijo longo e apaixonado na boca do motociclista parrudão. Depois desta intensa experiência, a gangue de motoqueiros aplaude, o líder recupera o fôlego, alisa a barba e admite: - Este foi o melhor beijo que me deram na vida. É um talento que se perderá caso você se suicide. Por que quer morrer? - Meus pais não gostam que eu me vista de mulher!!! (não tenho conhecimento se o caso terminou classificado como homicidio ou suicídio)

Pai dá show, dançando com filha


FALA SÉRIO (Os políticos continuam inspirando os brasileiros)


domingo, 20 de maio de 2012



Um conversa com Dra. Michela Pensavalli, Psicóloga-Psicoterapeuta
Por Thácio Siqueira
ROMA, sábado, 19 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Um congresso sobre o tema do amor, em uma época líquida em que as relações são rápidas, frenéticas e virtuais dificilmente fazemos uma pausa para compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Zenit entrevistou a Dra. Michela Pensavalli, Psicóloga-Psicoterapeuta, Professora e Coordenadora Acadêmica SCint (Escola de Especialização em Psicoterapia Cognitivo – Interpessoal), membro da CeDic (Centro para a pesquisa e a terapia do Dep. Comportamental), Investigadora junto à ITCI (Instituto de Terapia Cognitivo – Interpessoal) e Membro do Comitê editorial da revistaModelli per la Mente e Idee in Psicoterapia.
Publicamos a seguir a entrevista:
Por que um congresso sobre o tema do amor e da afetividade?
Dra. Michela Pensavalli: Em uma época em que as relações são rápidas, frenéticas e virtuais dificilmente fazemos uma pausa para compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos. O congresso aborda a temática do amor em tempos de liquidez mediática, explicando como funcionam os mecanismos desta nova realidade, oferecendo pontos de reflexão para entender como o Amor mudou desde a introdução da Internet, do ponto de vista comunicativo, comportamental e social.

Comunicação


É no ouvir e no silêncio que se compreende as razões do outro
Dom Claudio Celli comenta a mensagem de Bento XVI por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações Sociais
Por José Antonio Varela Vidal
CIDADE DO VATICANO, sábado, 19 de maio de 2012(ZENIT.org) – Todo Domingo da Ascensão do Senhor, a Igreja celebra a Jornada Mundial das Comunicações Sociais. Este ano o tema escolhido por Bento XVI foi: Silêncio e Palavra: caminho de evangelização.
Para falar sobre a importância do magistério de Bento XVI neste campo, assim como dos desafios da Igreja no mundo da comunicação moderna, ZENIT entrevistou Dom Claudio Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.
Qual é a idéia do silêncio na mensagem do Papa?
Dom Celli: No tema escolhido pelo Santo Padre para este Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ênfase é sobre os fenômenos de comunicação atuais em dia que nos convida a refletir sobre este ponto fundamental: o silêncio é parte integrante da comunicação. É por isso que quando queremos que a comunicação seja autenticamente humana -porque parte de um homem e se dirige a outros homens - essa palavra que é comunicada deve ser alimentada no silêncio para ser mais significativa, mais verdadeira. Por que é no silêncio que eu escuto, é no silêncio que eu compreendo melhor quais são as necessidades, os sofrimentos, a busca do bem e da verdade que está no coração dos outros homens.
A mensagem diz que devemos saber escutar. Onde devemos colocar-nos para sermos ouvidos?
Dom Celli:Eu acredito que seja uma dimensão muito típica de Bento XVI. Quando propusemos abrir o canal do Vaticano no Youtube, o Papa aceitou prontamente.
O papa sempre quis estar onde os homens de hoje se encontram. Todos somos conscientes deste rápido e imenso desenvolvimento das redes sociais. Hoje, segundo dados internacionais que possuímos, mais de um bilhão de pessoas estão no Facebook. Parece-nos importante estar presente nas redes sociais porque o homem busca a verdade, busca dar respostas às grandes interrogações da própria vida:Quem sou? Qual o sentido da minha vida? Para onde vou? Diria que temos necessidade de estarmos presentes nestas redes para sermos anunciadores, testemunhas.

Comunicar a fé hoje


Comunicação que transforma vidas
Seminário Nacional de Jovens Comunicadores
BRASÍLIA, sábado, 19 de maio de 2012(ZENIT.org) - Começou o Seminário Nacional de Jovens Comunicadores nesta sexta-feira (18/05),em Brasília. Como tema “Jovens Católicos: Comunicação que transforma vidas”, o evento é promovido pelas comissões para a Comunicação e para a Juventude, da CNBB.

Na abertura do seminário, o Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, disse que Deus deu a cada um de nós uma estupenda vocação, ao fazer de todos nós comunicadores de sua mensagem. “ Nós não comunicamos apenas dados, nós comunicamos vida, aquilo que nós somos, a verdade da nossa vida”, informou a assessoria de imprensa da CNBB.
O presidente da Comissão para a Comunicação, Dom Dimas Lara Barbosa, disse que os jovens são protagonistas do processo comunicativo no mundo atual e recordou que a preocupação com a comunicação é antiga na Igreja. Ele destacou especialmente a mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações, celebrado neste domingo (20), com o tema Silêncio e Palavra: caminho de evangelização. “É no silêncio que a criatividade desabrocha”, observou.
A expectativa do presidente da Comissão para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, é de que o seminário ajude a Igreja e a sociedade a compreender mais o que se passa na cultura juvenil, que é permeada pela cultura midiática. Segundo ele, a Igreja quer entender os projetos do jovem, seus pensamentos, as novas maneiras de se relacionarem, e conclamou os presentes a ajudarem todos a conhecer, compreender e viver o projeto de Deus, de vida plena para todos.

O homem, a imagem e semelhança de Deus

Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana

Pergunta: "O que significa dizer que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27)?" Resposta: No último dia da criação, disse Deus: “ Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26). Então, Ele terminou Seu trabalho com um “toque pessoal”. Deus formou o homem do pó e deu a ele vida, compartilhando de Seu próprio fôlego (Gênesis 2:7). Desta forma, o homem é único dentre toda a criação de Deus, tendo tanto uma parte material (corpo) como uma imaterial (alma/espírito). Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (João 4:24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte. A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gênesis 1:28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social. Mentalmente, o homem foi criado como um agente racional e com poder de escolha: em outras palavras, o homem pode raciocinar e fazer escolhas. Isto é um reflexo do intelecto e liberdade de Deus. Todas as vezes que alguém inventa uma máquina, escreve um livro, pinta uma paisagem, se delicia com uma sinfonia, faz uma conta ou dá nome a um bichinho de estimação, esta pessoa está proclamando o fato de que somos feitos à imagem de Deus. Moralmente, o homem foi criado em justiça e perfeita inocência, um reflexo da santidade de Deus. Deus viu tudo que tinha feito (incluindo a humanidade), e disse que tudo era “muito bom” (Gênesis 1:31). Nossa consciência, ou “bússola moral” é um vestígio daquele estado original. Todas as vezes que alguém escreve uma lei, volta atrás em relação ao mal, louva o bom comportamento ou se sente culpado, esse alguém está confirmando o fato de que somos feitos à própria imagem de Deus. Socialmente, o homem foi criado para a comunhão. Isto reflete a natureza triúna de Deus e Seu amor. No Éden, o primeiro relacionamento do homem foi com Deus (Gênesis 3:8 indica comunhão com Deus), e Deus fez a primeira mulher porque “não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Todas as vezes que alguém escolhe uma esposa e se casa, faz um amigo, abraça uma criança ou vai à igreja, esta pessoa está demonstrando o fato de que somos feitos à semelhança de Deus. Parte de sermos feitos à imagem de Deus significa que Adão tinha a capacidade de tomar decisões livres. Apesar de ter sido dada a ele uma natureza reta, Adão fez uma má escolha em se rebelar contra seu Criador. Fazendo isto, Adão manchou a imagem de Deus dentro de si, e passou adiante esta semelhança danificada a todos os seus filhos, incluindo a nós (Romanos 5:12). Hoje, ainda trazemos conosco a imagem de Deus (Tiago 3:9), mas também trazemos as cicatrizes do pecado. Mentalmente, moralmente, socialmente e fisicamente, mostramos os efeitos. As boas novas são que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa a restaurar a imagem original de Deus, criando “o novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24; veja também Colossenses 3:10).

Nem sempre percebemos nossas omissões

Evangelho. dia 21/05/2012




Liturgia comentada
Eu venci o mundo! (Jo 16, 29-33)
Por um lado, os discípulos manifestam arroubos de entusiasmo, ao afirmarem que “agora, sim” acreditam na divindade de Jesus. Por outro lado, o Mestre contrapõe que em breve tempo eles fugirão e o deixarão sozinho, acompanhado apenas pelo Pai. Mas Jesus sabe que é necessário animar seus frágeis seguidores. Daí, as palavras de estímulo: “Coragem! Eu venci o mundo!”
 Não é preciso muita criatividade para imaginar a cara de decepção desses mesmos discípulos quando, logo a seguir, Jesus se deixa prender, torturar e crucificar. Afinal, onde estava a decantada vitória sobre o mundo? Se eles tinham esperado por um sucesso pronto, total, acabado, enganaram-se por completo. Não tinham entendido a lição do Mestre: ainda que o grão de trigo já traga em seu íntimo toda a colheita, era preciso morrer primeiro...
 E este é exatamente o ensinamento fiel do Concílio Vaticano II, no Decreto Presbyterorum Ordinis (sobre o ministério e a vida dos sacerdotes): “Aliás, o Senhor Jesus, que disse: Tende confiança, eu venci o mundo, não prometeu por essas palavras à sua Igreja uma vitória total no mundo. De fato o Sacrossanto Sínodo alegra-se de que a terra coberta com a semente do Evangelho agora frutifique em muitos lugares sob o sopro do Espírito do Senhor, que enche o orbe terrestre [...]”. (PO, 22.)

Coisas que acontecem...



O poder do beijo   Vinha pela estrada uma caravana de motociclistas fortes, bigodudos, em suas poderosas motos, quando de repente eles veem uma garota a ponto de saltar de uma ponte de um rio.
Eles param e o líder deles, particularmente corpulento e de aspecto rude, salta,se dirige a ela e pergunta:
- Que diabos você está fazendo??

-

sábado, 19 de maio de 2012

Quando nosso povo levantar-se-á contra essas barbaridades?


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) -
Que Vergonha

TRISTE JUDICIÁRIO

MARCO ANTONIO VILLA
O Globo
Publicado em 13/12/2011
PELO VALOR DO ARTIGO O GRUPO GUARARAPES SE ORGULHA EM REPASSÁ-LO

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formado por 33 ministros. Foi criado pela Constituição de 1988. Poucos conhecem ou acompanham sua atuação, pois as atenções nacionais estão concentradas no Supremo Tribunal Federal. No site oficial está escrito que é o tribunal da cidadania. Será?
Um simples passeio pelo site permite obter algumas informações preocupantes.
O tribunal tem 160 veículos, dos quais 112 são automóveis e os restantes 48 são vans, furgões e ônibus. É difícil entender as razões de tantos veículos para um simples tribunal. Mais estranho é o número de funcionários. São 2.741 efetivos.
Muitos, é inegável. Mas o número total é maior ainda. Os terceirizados representam 1.018. Desta forma, um simples tribunal tem 3.759 funcionários, com a média aproximada de mais de uma centena de trabalhadores por ministro!! Mesmo assim, em um só contrato, sem licitação, foram destinados quase R$2 milhões para serviço de secretariado.
Não é por falta de recursos que os processos demoram tantos anos para serem julgados. Dinheiro sobra. Em 2010, a dotação orçamentária foi de R$940 milhões. O dinheiro foi mal gasto. Só para comunicação e divulgação institucional foram reservados R$11 milhões, para assistência médica a dotação foi de R$47 milhões e mais 45 milhões de auxílio-alimentação. Os funcionários devem viver com muita sede, pois foram destinados para compra de água mineral R$170 mil. E para reformar uma cozinha foram gastos R$114 mil. Em um acesso digno de Oswaldo Cruz, o STJ consumiu R$225 mil em vacinas. À conservação dos jardins — que, presumo, devem estar muito bem conservados — o tribunal reservou para um simples sistema de irrigação a módica quantia de R$286 mil.
Se o passeio pelos gastos do tribunal é aterrador, muito pior é o cenário quando analisamos a folha de pagamento. O STJ fala em transparência, porém não discrimina o nome dos ministros e funcionários e seus salários. Só é possível saber que um ministro ou um funcionário (sem o respectivo nome) recebeu em certo mês um determinado salário bruto. E só. Mesmo assim, vale muito a pena pesquisar as folhas de pagamento, mesmo que nem todas, deste ano, estejam disponibilizadas. A média salarial é muito alta. Entre centenas de funcionários efetivos é muito difícil encontrar algum que ganhe menos de 5 mil reais.
Mas o que chama principalmente a atenção, além dos salários, são os ganhos eventuais, denominação que o tribunal dá para o abono, indenização e antecipação das férias, a antecipação e a gratificação natalinas, pagamentos retroativos e serviço extraordinário e substituição. Ganhos rendosos. Em março deste ano um ministro recebeu, neste item, 169 mil reais. Infelizmente há outros dois que receberam quase que o triplo: um, R$404 mil; e outro, R$435 mil. Este último, somando o salário e as vantagens pessoais, auferiu quase meio milhão de reais em apenas um mês! Os outros dois foram “menos aquinhoados”, um ficou com R$197 mil e o segundo, com 432 mil. A situação foi muito mais grave em setembro. Neste mês, seis ministros receberam salários astronômicos: variando de R$190 mil a R$228 mil.
Os funcionários (assim como os ministros) acrescem ao salário (designado, estranhamente, como “remuneração paradigma”) também as “vantagens eventuais”, além das vantagens pessoais e outros auxílios (sem esquecer as diárias). Assim, não é incomum um funcionário receber R$21 mil, como foi o caso do assessor-chefe CJ-3, do ministro 19, os R$25,8 mil do assessor-chefe CJ-3 do ministro 22, ou, ainda, em setembro, o assessor chefe CJ-3 do do desembargador 1 recebeu R$39 mil (seria cômico se não fosse trágico: até parece identificação do seriado “Agente 86”).

Em meio a estes privilégios, o STJ deu outros péssimos exemplos. Em 2010, um ministro, Paulo Medina, foi acusado de vender sentenças judiciais. Foi condenado pelo CNJ. Imaginou-se que seria preso por ter violado a lei sob a proteção do Estado, o que é ignóbil. Não, nada disso. A pena foi a aposentadoria compulsória. Passou a receber R$25 mil. E que pode ser extensiva à viúva como pensão. Em outubro do mesmo ano, o presidente do STJ, Ari Pargendler, foi denunciado pelo estudante Marco Paulo dos Santos. O estudante, estagiário no STJ, estava numa fila de um caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil existente naquele tribunal. Na frente dele estava o presidente do STJ. Pargendler, aos gritos, exigiu que o rapaz ficasse distante dele, quando já estava aguardando, como todos os outros clientes, na fila regulamentar. O presidente daquela Corte avançou em direção ao estudante, arrancou o seu crachá e gritou: “Sou presidente do STJ e você está demitido. Isso aqui acabou para você.” E cumpriu a ameaça. O estudante, que dependia do estágio — recebia R$750 —, foi sumariamente demitido.
Certamente o STJ vai argumentar que todos os gastos e privilégios são legais. E devem ser. Mas são imorais, dignos de uma república bufa. Os ministros deveriam ter vergonha de receber 30, 50 ou até 480 mil reais por mês. Na verdade devem achar que é uma intromissão indevida examinar seus gastos. Muitos, inclusive, podem até usar o seu poder legal para coagir os críticos. Triste Judiciário. Depois de tanta luta para o estabelecimento do estado de direito, acabou confundindo independência com a gastança irresponsável de recursos públicos, e autonomia com prepotência. Deixou de lado a razão da sua existência: fazer justiça.
MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP).

UM ARTIGO DESTE QUILATE ACABA COM QUALQUER ESPERANÇA DE VIVERMOS NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
QUANDO A JUSTIÇA É DESACREDITADA ESTAMOS NUM FIM DE UMA ERA. ALGUMA COISA VAI ACONTECER.
POBRE PÁIS. POBRE POVO ENGANADO PELA DEMAGOGIA E POR LADRÕES DA COISA PÚBLICA.
PARABENS PELA CORAGEM MORAL PROFESSOR ANTÔNIO VILLA.
GRUPO GUARARAPES
REPASSE, AMIGO.