quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EXISTÊNCIA DE DEUS


«É possível saber se Deus existe?»: debate entre 6 intelectuais

12 novembro 2008Autor: Bíblia Católica | Postado em: Igreja

Realizado na Universidade Francisco de Vitoria, de Madri

MADRI, terça-feira, 11 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- «É possível saber se Deus existe?». A esta pergunta responderam 6 professores universitários e intelectuais espanhóis, em um debate organizado pela Universidade Francisco de Vitoria, de Madri.
Quem respondeu favoravelmente à pergunta (os crentes) foram Pablo Domínguez, decano da Faculdade de Teologia de San Dámaso; Salvador Antuñano, professor da Universidade Francisco de Vitoria; e Víctor Tirado, professor da faculdade de Teologia de San Dámaso.
A resposta negativa foi oferecida por Gabriel Albiac, catedrático de filosofia na Universidade Complutense; Diego Carcedo, jornalista e escritor; e Javier Alberdi, matemático e filósofo.
O debate foi organizado em 5 de novembro pelo Instituto John Henry Newman, dessa Universidade.
A favor
«Só há um modo válido de responder positivamente a esta questão que se propõe: sabendo que Deus existe. E isto já implica uma vantagem existencial e epistemológica para nossa equipe sobre a outra», afirmou Antuñano, quebrando o gelo da discussão.
«Pois bem – prosseguiu –, quando alguém diz: ‘Eu sei que Deus existe’, é evidente que não o diz como quem vê as cores das coisas ou como quem fez uma soma ou uma dedução lógica. A pessoa o diz como quem conhece as coisas em um nível existencial e, também, em uma relação que tem a ver de alguma forma com a amizade, a filiação, o amor. Ela o sabe por experiência.»
Para dar razões destes enunciados, o professor Antuñano expôs que o conhecimento de Deus tem um forte caráter subjetivo, porque nesse conhecimento está implicada a própria pessoa, mas que isso não significa que se confunda esta crença com uma autogestão por parte do sujeito, uma projeção interna de suas próprias idéias e desejos que termina gerando a ilusão fictícia de um ser imaginário chamado Deus.
«Por isso – acrescentou –, saber que Deus existe tem também um caráter objetivo: há uma alteridade real nesse conhecimento. Nem tudo o que um homem pode projetar coincide necessariamente com o que Deus é, ou como descobre que Deus é. Mais ainda, há vezes que o que se projeta é exatamente contrário do que descobre quando sabe que Deus existe. Uma pura invenção minha não pode na realidade deixar-me satisfeito, o auto-engano dura pouco e gera frustração, tristeza e até violência.»
O professor concluiu dizendo que este conhecer Deus é evidentemente muito mais que um mero conhecimento empírico, muito mais que o conhecimento matemático, lógico ou científico e certamente é muito mais que uma opinião: é o conhecimento certo e convencido de alguém a quem se ama porque se sentiu sua carícia de amor na própria vida.
Após esta intervenção, Víctor Tirado convidou os presentes a seguirem a pergunta do debate até o fundo e analisar o que há detrás do termo Deus.
Assim, afirmou que ainda que haja muitos caminhos para assinalar a existência de Deus, ele só apontaria um: «O homem é um paradoxo e isso se pode comprovar na própria consciência. Todos nós temos o dilema entre o que somos e o que gostaríamos de ser. O Bem não se vem daquilo que desejaríamos que fosse, é uma idéia de Bem transcendente, e disso todos temos experiência».
Nessa linha seguiu Pablo Domínguez, o último a intervir da mesa dos crentes, que afirmou que no mundo da crença também havia vestígios de crença, também havia estupor pela perfeição do universo e também se elevava o olhar para encontrar a origem de tanta harmonia. Foi o único, junto a Javier Alberdi, que expôs sua experiência no debate.
Assim, concluiu que a vivência de quem se encontrou com Deus não é meramente sentimental, mas racional; e que está convencimento de que é muito mais o que desconhecemos de Deus que o que sabemos, e que isso só é possível porque Deus se deu a conhecer.
Contra
Gabriel Albiac, antes de tudo, esclareceu que não se pode demonstrar a não-existência de algo, e que a comprovação vem sempre por parte de quem afirma a existência: «Toda afirmação é falsa enquanto não se demonstre o contrário».
Nesta diretriz, declarou que ele era ateu, não no sentido de esforçar-se em demonstrar a não-existência de Deus, mas no convencimento de que todo enunciado que contenha a palavra Deus pertence à crença, da mesma forma que qualquer termo que contenha um valor do Absoluto. Depois apresentou uma explicação erudita sobre o conceito do Ser na poesia de Parmênides.
Por sua parte, Javier Alberdi expôs sua experiência. Narrou como um dia, sendo estudante do 2º ano de Teologia, percebeu que Deus tinha começado a fazer parte daquele desconhecido, e como Jesus havia se despojado de toda posição divina para ele. Ele voltou a sentir essa mesma vivência na morte de seu pai. Desde então se esforça por aceitar a vida como ela é, como o valor máximo, sabendo que morrerá e não haverá mais nada.
Problema ontológico e experiência testemunhal
Após a primeira parte do debate, Víctor Tirado desafiou Gabriel Albiac a não reduzir um problema ontológico, como o de Deus, a um nominal: «O conhecimento é experiência, intuição do real. Como é possível que haja ser? É preciso ir a Deus a partir do mundo, a partir do que somos».
A isso Albiac respondeu a partir da interpretação do texto grego do filósofo Parmênides. Esta opção tornou mais difícil a contra-réplica, já que o debate se centrou em um termo lingüístico do qual parecia difícil sair para ter uma verdadeira comunicação.
Assim, Pablo Domínguez apontou outra linha mais testemunhal: «Prévia à experiência intelectual – manifestou – houve outra experiência não contraditória com esta que é existencial, e isso é a Graça. A Graça é uma forma de conhecimento. O mundo está cheio de coisas que não podemos tocar nem medir. A unidade da qual falamos é o vestígio do saber acerca de Deus. Essa unidade que busco fora, encontro entre a Graça que recebi e a razão que busca».
Desta forma, afirmou: «Se sei que existe Deus, vejo a vida de uma maneira. Se não sei, vejo o mundo de outra, e o certo é que são duas formas de ver a vida que me obrigam a situar-me. As conseqüências de ambas são tão grandes que não pode ser que este problema me deixe indiferente».
No momento das perguntas abertas ao público houve várias observações e temas comuns. Entre as preocupações comuns se expressou a possibilidade ou impossibilidade de conhecer a realidade, assim como o tema do sofrimento e a necessidade de encontrar seu sentido.
Um dos participantes também teve a oportunidade de expor sua experiência com relação à pergunta do debate, e que outro perguntasse sobre a via da oração como caminho fiável para encontrar a realidade de Deus.
Diante isso, Pablo Domínguez concluiu: «A oração é escutar. Nessa contemplação se descobre que Deus fala, e que quando Ele fala é entendido. Só posso dizer que eu experimentei isso, que é real, que não lhes engano, que não estou fazendo nenhum tipo de metáfora, que não quero conduzi-los à minha crença, que não ganho nada, que o digo porque o vivo. E porque o vivo, eu o digo».
O Instituto Newman é um departamento da Universidade Francisco de Vitoriaque pretende pôr a fé em contato com a razão, a ciência a religião.
Mais informação em www.elsentidobuscaalhombre.com

PADRE PIO DE PIETRELCINA (23 de agosto)


COMEMORAÇÕES DO MÊS

03. S. GREGÓRIO MAGNO
04. XXIII DOMINGO COMUM
07. INDEPENDÊNCIA. GRITO DOS EXCLUÍDOS
08. NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA
09. S. PEDRO CLAVER
11. XXIV DOMINGO COMUM
12. SANTÍSSIMO NOME DE MARIA
13. S. JOÃO CRISÓSTOMO
14. EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
15. NOSSA SENHORA DAS DORES
16. SANTOS CORNÉLIO E CIPRIANO
17. S. ROBERTO BELARMINO
18. XXV DOMINGO COMUM
19. S. JANUÁRIO
20. SANTOS ANDRÉ E PAULO
21. S. MATEUS
23. S. PIO DE PIETRELCINA (P. PIO)
25. XXVI DOMINGO COMUM
26. SANTOS COSME E DAMIÃO
27. S. VICENTE DE PAULO
28. SANTOS VENCESLAU E LOURENÇO RUIZ
29. SANTOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL
30. S. JERÔNIMO.

JUVENTUDE BRASILEIRA MASSACRADA (JAQUELINE LIRA)

DOCUMENTÁRIOS SOBRE A II GUERRA MUNDIAL


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segunda-feira, 29 de agosto de 2011



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40 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida
acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
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empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
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o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os
pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras
terminam.
Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto
tempo e quantos quilômetros estejam entre
vocês. Um amigo nunca está
mais distante do que o alcance de uma necessidade,
torcendo por você,
intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos;
abençoando
sua vida!
Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada
vida, não
sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante,
nem
sabíamos o quanto precisaríamos uns dos
outros.
 Moral da história: A amizade não se resume só em horas  boas,
alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou
alegres.

 
CONSERVEM SEUS AMIGOS(a)!
 
PERDOE AS DESAVENÇAS QUANDO HOUVER,
SEJA FELIZ AO LADO DELES PORQUE O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM
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sábado, 27 de agosto de 2011

CURSO SOBRE A FÉ CATÓLICA


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COMO O CÉREBRO TRABALHA

A guerrilha urbana faz a Inglaterra refletir


XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM

OS JOVENS E A JORNADA MUNDIAL JUVENIL


* JMJ: Os jovens católicos que “calaram” a mídia anti-clerical espanhola pela alegria da fé!


Jorge Ferraz
Eu quero escrever bastante coisa sobre a recente Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, à qual tive a grande honra de estar presente.
Quero aproveitar para fazer um rápido comentário sobre um aspecto do evento que, a despeito de ter (aparentemente) ocupado um grande espaço da mídia local, não tem a relevância que parece à primeira vista. Refiro-me aos protestos contra o Papa feitos pelos anti-clericais espanhóis.
A foto abaixo foi a capa do El Mundo da quinta-feira passada, 18 de agosto de 2011. Era o dia da chegada do Papa à Espanha. Na véspera, ocorrera em Puerta del Sol um embate entre militantes laicínicos e os jovens que voltavam da Plaza de Cibeles, onde estavam ocorrendo atividades da JMJ. Não estive presente a este momento glorioso. Um amigo o presenciou e disse que iria escrever um relato, que estou aguardando. Enquanto isso, quero falar do que eu ouvi e do que eu não vi, eu que lá estive durante estes dias incríveis.

A imagem é belíssima! Reparem no contraste entre a serenidade da jovem que beija o crucifixo e o ódio que avança sobre ela, com a mão em riste à moda italiana. É a diferença entre os servos do Rei da Glória e os escravos do Príncipe das Trevas. Entre os que amam a Deus e os que O odeiam.
Não tive a graça de participar deste momento sublime; mas enchi-me de alegria por esta peregrina anônima que, diante de uma horda de [perseguidores], apenas beijou a Cruz de Cristo. Encontrei-me nela, e nesta atitude dela eu vi a atitude de todos os católicos – milhares, centenas de milhares, milhões – que estávamos em Madrid por estes dias, para dar testemunho público da Fé em Cristo. A despeito das perseguições e das incompreensões que porventura sofrêssemos.
Não era outra a razão pela qual nós ali estávamos. Queríamos nos dizer católicos, queríamos encontrar o Vigário de Cristo e queríamos ouvir as suas palavras para nós. Queríamos cerrar fileiras junto a ele, e mostrar a uma Europa descristianizada a vitalidade da Igreja de Cristo em Seus jovens – que somos não somente o futuro da Igreja, mas também o presente da Igreja. E a imponência deste Gigante impressionou os inimigos de Deus. As ruas e praças da cidade, as lojas e as estações de metrô tomadas por uma infinitude de católicos fizeram Madrid estremecer. Tremeram os inimigos de Cristo, que O julgavam já moribundo. Tremeram, quando viram as multidões acorrerem à capital da Espanha atendendo ao chamado do Doce Cristo na Terra.
Tremeram, e vacilaram, e não fizeram senão gestos tímidos e irrelevantes cuja única repercussão digna de nota foi a que lhes concedeu desproporcionalmente a mídia anti-católica. Como eu disse acima, eu quero falar também sobre o que eu não vi, e o fato é que eu não vi nada de manifestações atéias e laicínicas que merecessem o menor destaque. Eram sempre de uma tremenda insignificância. Não ousaram adentrar nos eventos da Jornada: limitaram-se a colar pequenos cartazes cretinos [havia uns dizendo que good catholics use condoms], que nós simplesmente arrancávamos. Limitaram-se a fazer pichações ínfimas, que nós as mais das vezes sequer víamos. Limitaram-se a ensaiar as referidas agressões em Puerta Del Sol, que foram rapidamente controladas pela polícia espanhola(ver também este vídeo aqui). Em suma, os (tíbios) desgostosos com a visita do Papa eram mentirosos, vândalos e baderneiros. Nada mais.
Em contrapartida, ao final da jornada, até a mídia laicista foi forçada a reconhecer os méritos da JMJ 2011. Vejam esta coletânea de artigos da imprensa espanhola rendendo-se a Bento XVI. Os mesmos órgãos de imprensa que reclamavam dos gastos públicos com a Jornada, que rasgavam as vestes exigindo a laicidade do Estado e que vaticinavam terríveis protestos contra a visita do Sumo Pontífice foram obrigados a reconhecer o grande êxito da JMJ.
No final das contas, opondo um sereno beijo num crucifixo aos gritos histéricos dos inimigos da Igreja, os católicos calamos a mídia anti-clerical espanhola! Este é um feito que não pode ser subestimado. Esta é uma vitória que não pode ser menosprezada. Este é um evento que precisa ficar na história.
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    Imprensa mundial "se rende"à JMJ e força da juventude católica

    IGREJA CATÓLICA

    O PAPA CONSAGRA OS JOVENS AO SGDO. CORAÇÃO DE JESUS


    26ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - ESPANHA, AGOSTO 2011


    O Papa e a Jornada Mundial da Juventude
    Por Dom Orani João Tempesta

    RIO DE JANEIRO, sexta-feira, 26 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Entre os dias 16 e 21 de agosto, aconteceu em Madrid, Espanha, a 26ª. Jornada Mundial da Juventude, com o tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”. Como de costume, a Jornada Mundial da Juventude de Madrid contou com a presença e presidência oficial de Sua Santidade o Papa Bento XVI. O encontro, que se realiza a cada dois ou três anos, em diferentes partes do mundo, foi idealizado pelo Beato João Paulo II, no seu pontificado, e objetiva “partilhar com toda a Igreja a esperança de muitos jovens que querem comprometer-se com Jesus Cristo e com os irmãos, buscando um mundo melhor através da experiência Cristã”. Na JMJ de 2011, os momentos fortes, presididos pelo Santo Padre Bento XVI, foram:
    Na sexta-feira, dia 19, o Santo Padre reuniu-se, no evocativo Pátio dos Reis, em El Estoril, com um expressivo número de jovens religiosas. Bento XVI começou afirmando que “cada carisma é uma palavra evangélica que o Espírito Santo recorda à sua Igreja”. Desse modo, viver no seguimento de Cristo casto, pobre e obediente é uma “exegese” viva da Palavra de Deus. Ao recordar que o encontro pessoal com Cristo, que alimenta sua consagração, deve se revelar em suas vidas, o Papa ressaltou que ele adquire uma especial relevância hoje, se constata uma espécie de “eclipse de Deus”, uma certa amnésia, e até mesmo uma “verdadeira rejeição do cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida”. Portanto, concluiu o pontífice, diante do relativismo e da mediocridade surge a necessidade desta radicalidade que testemunha a consagração como uma pertença a Deus.
    Na manhã do mesmo dia 19, agora na Basílica de São Lourenço, Bento XVI realizou um encontro com os jovens professores universitários, com quem falou sobre a missão do professor universitário, que deve se voltar para a busca da verdade. “A universidade foi e deve continuar sendo a casa onde se busca a verdade própria da pessoa humana”, disse o papa. “Por isso, encarecidamente vos exorto a não perderdes jamais tal sensibilidade e encanto pela verdade, a não esquecerdes que o ensino não é uma simples transmissão de conteúdos, mas uma formação de jovens a quem deveis compreender e amar, em quem deveis suscitar aquela sede de verdade que possuem no mais fundo de si mesmos e aquele anseio de superação. Sede para eles estímulo e fortaleza”, exortou Sua Santidade;
    Segundo o Cardeal Rouco Varela, Arcebispo de Madrid, um dos momentos mais emocionantes para o Santo Padre, nessa JMJ, foi a meditação da Via-Sacra com os jovens. Reunidos na Praça Cibeles, no dia 19 de agosto, precedidos pela emblemática cruz da Jornada Mundial, os jovens puderam meditar os passos da paixão de Cristo e ouvir a mensagem de Bento XVI, que os acompanhou em todo o ato. A Via Sacra evocou os sofrimentos de jovens de várias partes do mundo – guerras, conflitos fratricidas, perseguições por causa da fé, marginalização, tóxica-dependência, aborto, terrorismo, catástrofes naturais. “Que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes. As diversas formas de sofrimento, que foram desfilando diante dos nossos olhos ao longo da Via-Sacra, são apelos do Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação”, afirmou o Papa.
    No dia 22 de agosto, o Santo Padre realizou uma visita à Fundação Instituto São José, em Madrid, que acolhe jovens deficientes. Bento XVI se confraternizou afetuosamente com esses jovens, muitas vezes marginalizados e ignorados, dirigindo-lhes uma expressiva saudação. "A nossa sociedade – aonde demasiadas vezes se põe em dúvida a dignidade inestimável da vida, de cada vida – precisa de vós: vós contribuís decididamente para edificar a civilização do amor. Mais ainda, sois protagonistas desta civilização”, afirmou. Segundo o Papa, "a juventude é a idade em que a vida se revela à pessoa em toda a riqueza e plenitude das suas potencialidades, incitando à busca de metas mais altas, que deem sentido à mesma". Para ele, o sofrimento na vida dos jovens expressa a grandeza a que é chamado o homem: compadecer-se e acompanhar quem sofre. O Papa explicou que "quem leva a dor e o sofrimento na própria vida é 'protagonista' da cultura do amor na sociedade que não consegue aceitar o sofrimento".
    Ainda que o mau tempo e a tempestade repentina tenham impedido o Papa de pronunciar a totalidade de sua alocução aos jovens, a Vigília de Oração no aeródromo de Cuatro Vientos foi, sem dúvida, um ponto alto da Jornada Mundial da Juventude, devido à sua intensa carga de espírito de resistência e oração.
    Ainda que expostos o dia todo ao forte calor que fazia e depois a uma intensa ventania, seguida de chuva, os jovens permaneceram firmes, participando de cada momento da vigília. O próprio Santo Padre, diante da resistência dos jovens, mesmo tomando chuva e instado a retirar-se, devido à sua idade avançada, decidiu por ficar. Foram momentos de intensa oração e silêncio, sobretudo durante a adoração ao Santíssimo Sacramento. Depois de vários minutos sob a chuva, quando diminuiu um pouco, o Papa se dirigiu aos peregrinos, que não se deixaram desanimar, com um "jovens, obrigado por sua alegria". "Obrigado por sua resistência! A força de vocês é maior do que a chuva!", acrescentou. "O Senhor, com a chuva, nos envia muitas bênçãos. Também nisso vocês são um exemplo".
    Ao final da Missa de Encerramento, no domingo, Bento XVI anunciou o Rio de Janeiro como sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. “Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão de pô-la em marcha, e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira”, disse Bento XVI.
    Cremos que é muito importante estarmos enraizados em Cristo, firmes na fé, como disse o Santo Padre, ainda mais que esta JMJ e os pronunciamentos pontifícios nos animaram, sobremaneira, a receber, em julho de 2013, no Rio de Janeiro, o Santo Padre Bento XVI.
    Na quarta-feira passada, dia 24, o Papa Bento XVI, em sua alocução em Castelgandolfo, anunciou o tema da Jornada Mundial em 2013 no Rio de Janeiro: “Ide e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28, 19a). A Jornada do próximo ano (2012), que acontece nas Dioceses, terá o tema “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4, 4a).
    Que São Sebastião nos inspire a nos preparar com a mesma unção do povo espanhol para receber o Vigário de Cristo em nossas terras, e que a nossa juventude se sinta enamorada de Cristo!
    Dom Orani João Tempesta, O. Cist., é arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


    JMJ – Madrid 2011- Rio 2013
    Por Cardeal Odilo Scherer

    SÃO PAULO, sexta-feira, 26 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – A Jornada Mundial da Juventude de Madrid, de 16 a 21 de agosto, foi uma bonita manifestação do rosto jovem da Igreja. O calor tórrido, que virou tempestade de verão justamente durante a vigília de mais de 2 milhões de jovens com o papa Bento 16, não impediu que a cidade se enchesse de vida e alegria juvenil, mesclando celebrações e catequeses em dezenas de igrejas, festa colorida com as bandeiras de 170 países representados. Por onde se olhasse, viam-se grupos de jovens com chapéus e mochilas da Jornada, entrando e saindo das estações de metrô, das igrejas, dos museus, sentados nas praças e parques, tomando lanche, interagindo, mesmo sem falarem a mesma língua, mas seguros de terem muito em comum.
    Apenas um incidente foi registrado quando, na calada de uma noite, um grupo de “inconformados” organizou um protesto por supostos, mas negados, gastos do governo espanhol com a Jornada; tentaram invadir uma festa da juventude numa praça central de Madrid; a polícia interveio e garantiu a segurança dos jovens. A Jornada prosseguiu com uma programação intensa e a multidão dos “jovens do Papa” conquistou o coração dos madrilenhos.
    Bento 16 encontrou diversas juventudes, mostrando alguns focos para as atenções da Igreja: aos seminaristas, que lotaram a bela catedral gótica de Nossa Senhora da Almudena, mostrou seu afeto e os exortou a continuarem “firmes na fé, edificados e enraizados em Cristo”, buscando nos estudos e na formação pessoal, corresponder ao chamado de Deus; às jovens religiosas, no Escorial, pediu que testemunhem o Evangelho através de sua consagração total a Cristo, num mundo cada vez mais descrente e necessitado de sinais fortes de Deus e de fé cristã.
    Antes de se dirigir ao aeroporto “Quatro Ventos”, uma espécie de Campo de Marte em Madrid, para encontrar os mais de 2 milhões de jovens que lotavam os espaço, o papa fez uma visita ao Instituto São José, dos Irmãos Hospitaleiros de São João de Deus, onde recebem atenção e cuidados crianças e jovens com deficiência. Foi um encontro comovente. Bento 16 foi acolhido festivamente também por esses jovens e lhes assegurou o respeito e o carinho da Igreja; suas palavras foram transmitidas ao vivo e com imagens para a multidão de jovens rumorosos e cheios de vida, que o esperavam impacientes, já fazia horas. Um grande silêncio se fez na multidão. Falou da dignidade intocável de cada ser humano, não importando, suas capacidades; “com frequência, a dignidade dessas pessoas é posta em dúvida”, disse o papa, referindo-se a uma lógica materialista e utilitarista, que avalia as pessoas conforme sua eficiência, seu “custo social” e suas possibilidades de produção e consumo... Aos religiosos, familiares, voluntários e  profissionais que assistem aos jovens com deficiência, o papa assegurou sua estima e lembrou as palavras de Cristo: “foi a mim que o fizestes”.
    Finalmente, o “papa-móvel” adentrou o amplo espaço de “Quatro Ventos”; a aclamação de milhões de vozes, o agitar de milhares de bandeiras e os cânticos festivos não conseguiram, porém, espantar as nuvens ameaçadoras, que já prenunciavam uma tempestade...  Jovens espanhóis levam solenemente a cruz das Jornadas para o palco. A vigília tem início e o Evangelho é proclamado. Os jovens escutam. O papa começa a sua homilia, mas é obrigado a interromper. O vento é forte! Os jovens acolhem com alegria a chuva forte que os refresca, depois de terem passado o dia sob um sol de 35 graus! O programa é ajustado; passa-se direto à adoração e à bênção eucarística. O papa deseja bom descanso e “até amanhã” aos jovens, que passam a noite em vigília, ali mesmo...
    O domingo chegou ensolarado. Aos jovens juntam-se cerca de 13 mil padres e mais de 800 bispos para celebrarem a Eucaristia com o papa. Também o rei Juan Carlos e a rainha estão presentes. Os jovens brasileiros estão ansiosos, pois todos já falam do anúncio que o papa fará no final da missa. Bento 16 saúda os jovens e lhes pergunta como passaram a noite, dizendo que ficou preocupado e não deixou de pensar neles... A missa é solene. O Evangelho é o da profissão de fé de Simão Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”. O papa pediu aos jovens de 170 países que levem esse testemunho de fé em Cristo “para todos os povos”; não mera informação impessoal, mas a manifestação de um encontro pessoal e vivo com Cristo. E convidou-lhes a crescerem na fé, amparados no testemunho da Igreja, na comunidade de fé viva, sem a pretensão de seguir Jesus de modo solitário e individualista: “isso leva a uma falsa compreensão de Cristo e do Evangelho! Apoiem-se na fé dos irmãos e também sejam uma ajuda para a fé dos outros!”
    No final da missa, na voz do papa, o anúncio esperado: “A próxima Jornada será em 2013, no Rio de Janeiro!” Um caloroso brado de acolhida de mais de 16 mil jovens brasileiros ecoou para os quatro ventos!  O governador e o prefeito do Rio estavam lá e bateram palmas; também Gilberto Carvalho, representante da presidente da República. Dom Orani, arcebispo do Rio, recebeu o abraço do arcebispo de Madrid; jovens espanhóis entregaram a cruz e o ícone das Jornadas a um grupo de jovens enrolados em bandeiras do Brasil. Foi festa brasileira na Espanha. Todos foram convidados para a Jornada Mundial da Juventude do Rio. A preparação já começou e é tarefa para toda a Igreja no Brasil! E o papa deu a bênção a todos.
    Publicado no jornal O SÃO PAULO, edição de 23/08/2011
    Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo

    DICAS CONTRA TELEFONEMAS E CARTAS INDESEJADAS


    quinta-feira, 25 de agosto de 2011

    RIO AMAZONAS CORRE SOBRE OUTRO RIO

    Córrego subterrâneo é descoberto embaixo do rio Amazonas

    Foto: Divulgação
    Foram encontradas evidências de um rio subterrâneo com seis mil quilômetros de extensão que corre sob o Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. As informações foram passadas pelo Observatório Nacional (ON), após descoberta de seus pesquisadores.
    Tanto o rio subterrâneo quanto o superior correm com mesmo sentido e fluxo, mas divergem na velocidade. As águas do Amazonas chegam a dois metros por segundo enquanto no fluxo subterrâneo a estimativa é de 10 a 100 metros por ano. Na largura, o Amazonas fica entre 1 a 100 quilômetros, enquanto a corrente subterrânea varia de 200 a 400 quilômetros.
    A temperatura também é um fator que diverge ente os rios e foi decisiva para a nova descoberta. A mudança se dá por fluidos que se locomovem por meios porosos do canal. Estudos de calor feitos em 241 poços profundos distintos na região, perfurados nas décadas de 70 e 80 pela Petrobras, ajudaram na descoberta feita pelos cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas.