Ensinando em Parábolas
Jesus foi um Mestre paciente que soube adaptar seus ensinamentos à capacidade de compreensão de seus ouvintes. Este esforço pedagógico e didático resultou na escolha das parábolas como meio de transmitir suas instruções.
As parábolas não eram somente as comparações. Também os provérbios, ensinamentos, enigmas e outros recursos literários eram classificados como parábolas. Por isso, afirma-se que, sem parábolas, Jesus não lhes falava".
Elas continham sempre um elemento para intrigar os ouvintes e levá-los a refletir sobre a mensagem veiculada. Só quem estava muito sintonizado com Jesus era capaz de passar da parábola à sua mensagem, e compreender o ensinamento do Mestre. Por isso, muita gente não sintonizada com Jesus ouvia suas palavras, sem entender nada.
Até mesmo os discípulos, muitas vezes, não eram capazes de atinar para o que Jesus lhes ensinava com as para-bolas. Era preciso que, em particular, o Mestre lhes explicas-se tudo, iluminando-lhes as mentes para compreenderem como o Reino acontece na história humana.
O discípulo esforça-se para entender as parábolas de Jesus, ou seja, para estar em sintonia total com o Mestre. Esta é a única maneira de captar seus ensinamentos. [O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997]
Para sua reflexão: “Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos! Precisamos ser pacientes e deixar que Deus seja Deus!” (São Marcos). A parábola do agricultor adormecido nos dá uma ideia de como Deus faz a parte dele, a que atribuímos ser uma particular tarefa da nossa mãe natureza. A parábola do grão de mostarda nos dá a certeza de todos os esforços em prol da evangelização resulta no crescimento inevitável do Reino de Deus. Ora, a comunidade cristã primitiva inicialmente era pequena em seguidores mas hoje o rebanho é grande! Essa pequena semente pode ser qualquer um de nós, cristãos, quando tomamos alguma iniciativa em levar a outros irmãos (aos amigo(as), aos vizinhos, aos(às) colegas de trabalho) para os caminhos da salvação, através da Palavra e do exemplo de vida. Esforçar-se para a compreensão das parábolas é ter a certeza de sermos discípulos esclarecidos e, consequentemente, transformados. Como mudar o outro se não mudarmos a nós mesmos?
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