Uma reflexão (A. de Andrade)
I - O mundo dos seres
humanos
O homem, socialmente
falando, carrega em si, em todos os tempos e lugares aspirações, desejos inatos.
·
A justiça - é um direito que se tem em se satisfazer as
necessidades primárias: respeito aos próprio direitos e dignidade, igualdade de
oportunidade, proteção e segurança durante a vida. Aqui incluímos a velhice, as
doenças, os imprevistos.
·
A paz – todos gostamos de ser
aceitos, respeitados, compreendidos. Quem não aspira a uma certa estabilidade a
uma vida pessoal e social tranqüila. Todos gostamos de viver relacionamentos pacíficos com familiares,
com vizinhos?
·
A Natureza – como desejamos relacionamentos
harmônicos com o mundo animal, vegetal, cósmico! Este comportamento pode
levar-nos a uma atitude de respeito e
contemplação, como quando admiramos a beleza, as cores, os sons. Podemos
também sermos tomados por um temor reverencial, diante de manifestações da
natureza como o trovão, os terremotos, os oceanos, as florestas, dos desertos.
II – Nossas
contradições
Não obstante, as aspirações positivas à justiça, à paz e ao
amor à Natureza encontramos também dentro de nosso ser sérias e profundas
contradições.
·
Lutamos constante e interiormente entre o bem e o mal. Entre espírito e
matéria, amor e ódio, entre dom de si e instrumentalização, aproveitamento do outro. Procuramos o acúmulo
material, mesmo com o aniquilamento, a escravidão do próximo. O rancor, a
inveja, a ambição muitas vezes são
nossos perenes companheiros de jornada.
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As lutas externas com nossos semelhantes, as guerras e as variadas e
terríveis formas de violências. As discriminações, mesmo quando nos dizemos
cristãos. Quantas vezes nossos calcanhares pisam a cerviz do mais fraco para
conseguirmos dele o que por direito e justiça lhe pertence.
·
Nossas contradições e incoerências rebotam na mesma Natureza criada, no
cosmos que se manifestam em seus cataclismos como terremotos, tsunamis, secas,
degelos.
O homem com seu livre
arbítrio, aspira à paz, à justiça, a uma vida harmônica com a Natureza, mas no
agir de sua vida contraditória constrói mundos, cujos tetos muitas vezes ruem
sobre sua própria cabeça.
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