quinta-feira, 18 de abril de 2013

Uma reflexão sobre a criatura humana


Uma reflexão  (A. de Andrade)

I - O mundo dos seres humanos

O homem, socialmente falando, carrega em si, em todos os tempos e lugares aspirações, desejos  inatos.
·                         A justiça -  é um direito que se tem em se satisfazer as necessidades primárias: respeito aos próprio direitos e dignidade, igualdade de oportunidade, proteção e segurança durante a vida. Aqui incluímos a velhice, as doenças, os imprevistos.
·                         A paz – todos gostamos de ser aceitos, respeitados, compreendidos. Quem não aspira a uma certa estabilidade a uma vida pessoal e social tranqüila. Todos  gostamos de viver relacionamentos pacíficos com familiares, com vizinhos?
·                         A Natureza – como desejamos relacionamentos harmônicos com o mundo animal, vegetal, cósmico! Este comportamento pode levar-nos a uma atitude de respeito e  contemplação, como quando admiramos a beleza, as cores, os sons. Podemos também sermos tomados por um temor reverencial, diante de manifestações da natureza como o trovão, os terremotos, os oceanos, as florestas, dos desertos.

II – Nossas contradições

 Não obstante, as aspirações positivas à justiça, à paz e ao amor à Natureza encontramos também dentro de nosso ser sérias e profundas contradições.
·                         Lutamos constante e interiormente entre o bem e o mal. Entre espírito e matéria, amor e ódio, entre dom de si e instrumentalização, aproveitamento  do outro. Procuramos o acúmulo material, mesmo com o aniquilamento, a escravidão do próximo. O rancor, a inveja, a ambição muitas  vezes são nossos perenes companheiros de jornada.
·                         As lutas externas com nossos semelhantes, as guerras e as variadas e terríveis formas de violências. As discriminações, mesmo quando nos dizemos cristãos. Quantas vezes nossos calcanhares pisam a cerviz do mais fraco para conseguirmos dele o que por direito e justiça lhe pertence.
·                         Nossas contradições e incoerências rebotam na mesma Natureza criada, no cosmos que se manifestam em seus cataclismos como terremotos, tsunamis, secas, degelos.

O homem com seu livre arbítrio, aspira à paz, à justiça, a uma vida harmônica com a Natureza, mas no agir de sua vida contraditória constrói mundos, cujos tetos muitas vezes ruem sobre sua própria cabeça.


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