sexta-feira, 1 de junho de 2012

A figueira estéril (Mc 11,12-19

A figueira estéril.  Mc 11, 12-19
(breve comentário)
O episódio é emblemático, simbólico. Os profetas costumavam transmitir suas mensagens através de histórias verídicas ou inventadas.
A maldição da figueira antecipa o que aconteceria com o Templo de Jerusalém, onde no dia anterior Jesus tinha expulsado os vendedores, pois profanavam aquela Casa de oração (Mc 11,11). Certamente na mente do Senhor estava ainda impressa a cena do dia anterior. Aquela da expulsão dos vendedores do Templo e ainda mais o fato de que se aproximava sua hora, o momento supremo de sua morte, ali na Capital, Jerusalém. Todos aqueles pensamentos haviam dominado e perturbado sua noite.
Voltemos à figueira. Podemos ver na abundância das folhas que escondiam a ausência de frutos a imagem da religiosidade farisaica, opressora e exploradora do povo. Jesus não concordava com aquele tipo de religião e o combatia. Por isso suas constantes diatribes com os fariseus. A falta de misericórdia e de caridade dos dirigentes era o retrato da ausência de frutos na árvore.
A fome física que Jesus sentia correspondia por outro lado, à fome, ao amor, à misericórdia, à bondade que o povo não encontrava no Templo, cujos pregadores só exploravam e enganavam as multidões que ali iam procurar paz e palavras de conforto e esperança.
O alimento físico que a figueira deveria fornecer e não produzia era a figura do que acontecia no Templo, onde o povo sequiosamente ia procurar e não encontrava. Jesus condenando aquela árvore anatematizava também um Israel estéril e explorador do povo.
Não nos comportemos como a figueira estéril do Evangelho, mas produzamos frutos permanente e constantes de amor ao próximo e a Deus.


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