O
tema principal do Evangelho de hoje é a revelação que Jesus faz de Si mesmo,
argumentando que foi enviado pelo Pai para trazer a mensagem da salvação. Os
judeus e fariseus não entendiam bem o que Jesus estava dizendo, por isso
interpretavam como queriam aquilo que escutavam. Por exemplo: quando Jesus
dizia que para onde iria, eles não poderiam acompanhá-Lo, os judeus pensavam
que Jesus estava dizendo que iria se matar. Quando Jesus falava d’Aquele que O
enviou, os judeus pensavam numa pessoa humana; não compreendiam que Jesus
estava falando de Deus.
Os
cristãos não são pessoas que “simplesmente concordam” com o que Jesus ensinou.
Eles são chamados a seguir o Mestre, sendo testemunhas da Sua presença no
mundo. Os cristãos devem sentir-se filhos de Deus, atraídos pelo exemplo do
próprio Cristo. É muito mais do que admiração por uma doutrina ou por alguém. É
um compromisso de atualizar o ensinamento e estabelecer um novo relacionamento
com Deus e com os irmãos. Por isso, a fé não se expressa apenas nos momentos de
comemoração, de celebração ou de espetáculo. A fé impulsiona a pessoa para um
futuro melhor do que o presente e exige o empenho pessoal para mudar o que é
necessário e possível.
Diante
do cristão está a imagem de Cristo na cruz do Calvário, como lembrança do alto
preço que foi pago para assegurar-lhe um destino feliz. Entende-se, então, o
que o Mestre disse certa vez: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem,
sabereis quem eu sou”. Os sofrimentos e a morte de Jesus são a expressão da
intensidade do Seu amor por todas as pessoas, revelando que o nosso Deus é amor
sem fim.
Quando
o Mestre falava sobre esse assunto, os discípulos achavam muito estranho. De
fato, é difícil explicar, pois não se trata de entender com a razão. Somente ao
chegar o momento decisivo da cruz é que se verificou o contraste, a grande
diferença: de um lado o medo que afugentou quase todos os seus amigos e, do
outro, a incompreensível entrega da vida para que todos voltem para Deus.
Então, Jesus acusa aqueles judeus de não serem do Alto como Ele.
A
característica que faz com que Jesus seja do Céu – e que o Pai nunca saia da Sua
companhia – é que Ele sempre faz o que é do agrado de Deus. Se nós quisermos
ter vida com Ele n’Ele, precisamos buscar as coisas do Alto.
“Pai,
reforce minha fé em Seu Filho, Jesus, cuja morte nos resgata da escravidão do
pecado e nos introduz no Reino da fraternidade.
Padre Bantu Mendonça
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