III DOMINGO DA QUARESMA – o Decálogo. Jo 2,13-25
(paas)
(paas)
Neste Domingo refletiremos sobre os Dez Mandamentos.
Inicialmente diremos que eles já estavam escritos no coração de cada um de nós
e que foram oficialmente entregues por Moisés na Montanha do Sinai, ao Povo da
Aliança
1a Leit – O Decálogo (ou Dez
Mandamentos) são a proposta que Deus fez ao seu povo, para que ambos fizessem
uma Aliança. É o pedido de casamento feito por Javé ao povo da Aliança.
2a Leit – S. Paulo fala sobre a
aparente loucura dos Cristãos que pregam um Deus crucificado, fato considerado
pelos não cristãos como loucura e estultícia.
Evangelho – Os Dez Mandamentos não deixam de ser um
dom de Deus aos homens. São como degraus que nos ajudam em nosso crescimento
espiritual, ou em nosso afastamento de Deus, segundo subirmos ou descermos a
escada por eles formada.
O Decálogo nos coloca em uma encruzilhada universal.
·
De um lado o homem deseja um sentido para sua vida e então coloca-se à
procura de Deus.
·
Por outro, Deus se deixa encontrar, ou melhor, vai ao encontro do
homem. Este encontro realizou-se através da experiência religiosa do Povo
escolhido, o povo da Aliança. Aperfeiçoou-se com a vinda de Cristo que nos
revelou o Pai e seu Amor por nós.
Sabemos que o encontro entre Deus e o Povo escolhido
foi tumultuado, borrascoso, dramático. Maturou durante os séculos e se
concretizou com uma Aliança de Libertação através de Jesus Cristo.
Deus liberou o povo do Egito de uma escravidão
física, política e social. Seu Filho veio trazer-nos a Liberdade espiritual. Os
judeus aceitando a Aliança se empenhavam na própria libertação espiritual e
moral. Passariam a viver de acordo com alguém que havia realizado uma aliança
com Deus. Do mesmo modo o homem que aceita a Aliança, a mensagem de Cristo. Evidentemente o livre arbítrio, a liberdade de escolha continua.
O Decálogo (10 palavras (deca logoi) é a base da Aliança com o
Senhor.
Na primeira tábua de pedra estão as normas que o homem deve
manter com referencia a Deus: são os TRÊS primeiros enunciados.
Na segunda os outros SETE que dizem respeito à
convivência social, ao relacionamento de uns para com os outros.
Recordemos o Decálogo (conforme entregues a Moisés):
1o Não terás
outro Deus além de Mim.
Parece que hoje este mandamento não teria sentido.
Será que não temos ídolos como naquela época? Se pensarmos bem, veremos que substituímos o velhos deuses, as
antigas mitologias por ídolos modernos (superstições, horóscopos, estrelismos (os
famosos/as, as estrelas de cinema etc), por fanatismos idolátricos a certos cantores,
personalidades, chefes, agremiações. Muitos passam o ano esperando o deus
Carnaval). Talvez sejamos até mais idolátricos que os antigos pagãos.
2o Não pronunciar
o nome de Deus em vão.
(blasfêmia...).
3o Lembra-te de
santificar as festas
Jesus expulsa os vendilhões do templo porque estavam
profanando o local. Sentimos necessidade de nos encontrarmos com Deus e para isso precisamos de um tempo
e um espaço, de um tempo e de um templo para Deus e
para nós conversarmos com Ele, fechados em nosso quarto, no nosso coração.
A Igreja é o lugar privilegiado de nossos encontro com a única Divindade.
Os três primeiros mandamentos dizem respeito ao
nosso relacionamento com Deus, os demais com nossos irmãos e irmãs também
filhos e filhas de Deus.
4o Honra teu pai
e tua mãe (respeito
e amor por eles).
5o Não matar.
Contra a violência física. Toda a água dos rios
não conseguirá lavar as mãos ensangüentadas do
homicida (Ésquilo). E temos tantos exemplos diários que vão contra este
mandamento... A imprensa falada, escrita, televisada escorre sangue.
6o Não prestar
falso testemunho.
A calúnia é um dos piores danos que podemos causar
ao próximo. “Ao início ela é como um vento leve, mas depois torna-se como um
tiro de canhão (Rossini). Ela é uma espécie de homicídio, porque acabando com o bom nome de uma
pessoa, priva-a de sua vida social (S. F. De Sales).
6o e 9o
Não cometer adultério. Não desejar a mulher do próximo.
Dignidade e respeito pelo próprio corpo e pelo dos
outros. Sêneca dizia aos velhos Romanos: “Ninguém é verdadeiramente livre, se é
escravo de seu corpo”. O que não quero para mim, não devo querer tb para os
outros.
7o e 10o
Não roubar. Não desejar as coisas alheias.
O cristão é alguém que deve viver uma vida simples, sem se incomodar
demasiadamente com as coisas materiais. Ele sabe que está de passagem por esta
terra e que o essencial é
invisível aos olhos. Só Deus preenche nosso ser. Ele que nos foi revelado por Cristo como nosso Pai, nós como seus
filhos e irmãos entre nós.
Os Mandamentos
são dez degraus diante de nós: Se os observamos com fé e amor em Deus estaremos
cada vez mais subindo para alcançá-Lo. Se não os observamos estaremos
inexoravelmente nos afastando d`Ele.
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