«Em verdade, vos digo que nenhum profeta
é bem recebido na sua própria terra»
Hoje escutamos do Senhor que «nenhum
profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de
Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e
desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus
discípulos que as coisas não serão fáceis e que freqüentemente, entre aqueles
que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.
A afirmação
de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e
assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de serem
membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura,
purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).
Mas,
dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva
freqüência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no
nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de
memória e, que efeito faz!
Parece como gravada na nossa consciência de maneira
particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no circulo de
amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à
luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não
vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a
desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho,
para não apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou
ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.
São Paulo
dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à
sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e
persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que
isso é o que Jesus queria dizer-nos?
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