quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Boa Nova e a era digital

A boa nova deve ser anunciada também "digitalmente"
Afirmação é do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, ao falar no Sínodo dos Bispos
Dom Claudio Maria Celli
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 17 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Reproduzimos a intervenção de dom Claudio Maria Celli, arcebispo titular de Civitanova e presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, durante a décima terceira congregação geral do Sínodo dos Bispos, em 16 de outubro de 2012.
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A nova evangelização nos pede estar atentos para a "novidade" do contexto cultural em que somos chamados a anunciar a boa nova, mas também à "novidade" dos métodos a ser utilizados. As novas mídias estão mudando radicalmente a cultura em que vivemos e oferecem novas maneiras de compartilhar a mensagem do evangelho. As novas tecnologias não só mudaram a maneira como nos comunicamos, mas transformaram a comunicação em si, criando uma nova infraestrutura cultural que está influenciando o ambiente da comunicação. E nós não podemos continuar a fazer o que sempre fizemos, mesmo usando as novas tecnologias.

A arena digital não é um espaço "virtual" menos importante do que o mundo "real", e, se o evangelho não é proclamado também "digitalmente", corremos o risco de abandonar muita gente para quem este é o mundo em que eles “vivem”. 
A Igreja está presente, já, no espaço digital, mas o próximo desafio é mudar o nosso estilo de comunicação para tornar esta presença eficiente, ocupando-nos principalmente da questão da linguagem. No fórum digital, a comunicação é espontânea, interativa e participativa; na Igreja, estamos acostumados a usar a palavra escrita como a forma normal de comunicação. Eu não sei se esta forma pode falar para os jovens, acostumados a uma linguagem enraizada na convergência de palavras, sons e imagens. Nós temos um chamado a comunicar com o nosso testemunho, compartilhando nas relações pessoais a esperança que habitaem nós. Nãopodemos diluir o conteúdo da nossa fé, mas encontrar novas maneiras de expressá-lo na sua plenitude.
Somos obrigados a nos expressar de uma forma que envolva os outros, que, por sua vez, poderão compartilhar as nossas ideias com os seus amigos e "seguidores". Temos a necessidade de reforçar as "vozes" dos muitos católicos presentes nos blogs, para que eles possam evangelizar, apresentar os ensinamentos da Igreja e responder às perguntas dos outros. Eu penso na Igreja que foi chamada a estabelecer um diálogo respeitoso com todos, a dar a todos a razão da esperança que ela traz no coração.

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