terça-feira, 23 de outubro de 2012

A busca de Deus


A busca de Deus em todos os acontecimentos de cada dia
Sínodo dos Bispos: palavras de Ewa Kusz, ex-presidente da Conferência Mundial dos Institutos Seculares
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 22 de outubro de 2012 (ZENIT.org) – Os padres sinodais ouviram na última sexta-feira, 19, o pronunciamento da doutora Ewa Kusz, ex-presidente da Conferência Mundial dos Institutos Seculares. Reproduzimos abaixo as suas palavras.
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A minha vocação, como a dos outros membros dos institutos seculares, nos reenvia ao mundo como o lugar onde vivemos a nossa vocação em toda a sua riqueza, em todas as suas dificuldades, na sua dramaticidade e nas suas feridas. A nossa tarefa como leigos, inclusive como leigos consagrados a Deus, não é constituída por uma particular atividade pastoral ou de evangelização. A natureza da nossa vocação consiste em procurar a Deus em todos os acontecimentos de cada dia, em cada encontro com os outros. Consiste em viver o evangelho na vida cotidiana, simplesmente. Isto não pareceria muito impressionante nem eficaz para o público. Nem sequer é algo que possa ser amplificado pela mídia.

Na minha vida, eu vejo que não é simples, porque muitas vezes seria mais fácil anunciar o evangelho com mais “volume”, em vez de vivê-lo. No meu trabalho, no ambiente que me rodeia, eu encontro pessoas feridas, machucadas, que têm fome de amor, que tantas vezes têm ressentimento ou são indiferentes a Deus. Eu encontro pessoas que aspiram à plenitude, ao amor, à beleza e à harmonia, procurando por Ele em diversos lugares. Infelizmente, é raro que elas procurem por Ele na Igreja. Pode ser que a sua experiência na Igreja, que o seu encontro com “pessoas da Igreja”, as tenha machucado, por diversos motivos. O que eu e os outros membros dos institutos seculares podemos fazer por estas pessoas é oferecer a elas a nossa simples presença, abertura ao encontro, ajuda quando elas esperam ser ajudadas. Para isto, é preciso ter algumas competências pessoais, oração silenciosa e estar sempre perto da pessoa de Jesus Cristo.
Como disse o papa na sua mensagem recente aos membros dos institutos seculares, é uma questão de “abraçar com caridade as feridas do mundo e da Igreja”. Com o tempo, esta postura leva esperança para a vida de uma pessoa que, antes, fechada na sua dor, se via de frente para o abismo da solidão e do desespero, muitas vezes sem conseguir enxergar uma solução concreta, ou encontrava enormes dificuldades para perdoar aqueles que a decepcionaram.
(Trad.ZENIT)

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