Evangelho dominical

O EVANGELHO DO LEPROSO. 6^O DOMINGO T. C. Mc 1, 40-45

P. Antenor Andrade

O episódio ainda nos diz respeito nos dias de hoje.

-       Este tipo de enfermidade é ainda mt comum.

-       Em nossa sociedade encontramos inúmeros marginalizados e excluídos, como eram então os leprosos: os moradores de rua,  os sem  teto, os esquecidos nos hospitais, os favelados.

-       A lepra é um símbolo, algo emblemático: ataca o  corpo como o pecado a alma. Infelizmente neste sentido tb podemos ser também leprosos.

Esta página evangélica é portanto mt atual para nossa reflexão.

1^a leit. Apresenta a severa legislação sb a lepra. Os infelizes eram considerados um perigo para a comunidade, por isso viviam em bandos, isolados.

2^a leit. Paulo diz  aos x.tãos de Corinto que eles devem imitá-lo como ele imita Cristo.

Evangelho. Jesus se comove ao ver um leproso e o cura. É uma atitude que demonstra o amor de Deus pelos homens.

> Em nosso tempo ainda existe leprosos?

As estatísticas falam de alguns milhares registrados ou clandestinos. Talvez finjamos não conhecê-los... Em alguns países no último Domingo de Janeiro celebra-se o Dia dos leprosos.

Ø À primeira vista, talvez não  percebamos bem o significado do episódio apresentado por Marcos. No entanto, há nele três transgressões à Lei de Moisés.

1^a- o leproso se aproxima das pessoas. Fato gravíssimo que levava o doente à morte por lapidação. Caso ele tivesse que se aproximar das pessoas devia gritar: “leproso, leproso”, para que elas pudessem fugir dele.

2^a- Jesus toca o leproso. O medo de tocar um daqueles doentes era tanto que o indivíduo que os tocassem ficariam tb impuros como eles e passariam a viver isolados no bando.

Jesus o tocou. Preferiu praticar a lei da caridade.

3^a transgressão- Aquele que ficasse curado deveria se apresentar ao sacerdote. O leproso fez o contrario do que Jesus lhe pediu: nem se apresentou ao sacerdote, nem ficou calado.

Ø Reflexão importante que tb deve ser feita.

Aquele homem dirigiu-se a Jesus, jogou-se a seus pés e gritou de joelhos: SE QUERES PODES CURAR-ME.

Certamente havia por ali muitos outros leprosos, mas somente um teve coragem de se apresentar, de vencer a vergonha. Todos o tinham como um pecador, pois diziam que s lepra era conseqüência do pecado. Era uma confissão pública feita por aquele pobre homem.

Jesus dirá um dia: havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, mas nenhum deles foi curado a não ser Naaman o Sírio. Só ele teve coragem de apresentar-se, pedir perdão e lavar-se no Jordão.

Ø É IMPORTANTE COMPREENDERMOS O QUE O EVANGELHO DE HOJE NOS PEDE.

Jesus no pede que nos reconheçamos pecadores, peçamos perdão, confessemo-nos, purifiquemo-nos.

A cultura moderna nos diz que é um erro reconhecer que somos pecadores, que não devemos mais bater no peito, que mt coisa é tabu, condicionamentos ou recalques dos tempos de criança. Que deixemos Jesus, os padres e a Igreja de lado e procuremos os psicanalistas. Eles devem ouvir nossas angústias.

No entanto, devemos imitar o leproso, caminharmos para Deus e dizer-lhe “PAI, PEQUEI, SE QUERES PODES CURAR-ME”.

Procuremos dar significado ao que rezamos durante a Missa: IRMÃOS RECONHECAMOS OS NOSSOS PECADOS..... CONFESSO A DEUS QUE PEQUEI......SENHOR NÃO SOU DIGNO...

Ø O leproso de hoje é tb para nós a figura de Jesus. Jesus tb foi afastado, expulso de nosso convívio, coberto de hamatomas, chagas e sofrimentos. Mas, foi assim que ele nos salvou, recebendo sobre si nossa lepra nossos sofrimentos, nossos pecados.

Ø Procuremo-Lo como o leproso o procurou e seremos curados.