O bocejo é o ato involuntário de abrir a boca, o que leva a uma inalação profunda e prolongada de ar. Acredita-se que seja uma ação involuntária, pois pesquisas mostram que este fenômeno pode ser observado em fetos de 11 semanas, além de ser considerado contagioso.
Existem três teorias que são consideradas as mais comuns para a explicação do bocejo. São elas:
• Teoria física: esta teoria diz que o bocejo é um processo induzido pelo organismo na tentativa de obter mais oxigênio e fazer com o dióxido de carbono produzido em excesso seja liberado.
• Teoria da evolução: defende a possibilidade de que o bocejo iniciou-se com os homens primitivos que mantinham o hábito de bocejar para expor seus dentes.
• Teoria do tédio: de acordo com este teoria, o responsável pelo bocejo seria o tédio, fadiga ou sonolência.
No entanto, algumas pesquisas têm apresentado resultados que diferem das teorias citadas acima. Alguns psicólogos demonstraram que o ato de bocejar é um mecanismo que leva ao aumento do fluxo sanguíneo no sistema nervoso central, promovendo resfriamento. De acordo com estes pesquisadores, do mesmo modo que os computadores, o cérebro funciona mais eficientemente em temperaturas mais baixas. Uma vez que esse órgão consome cerca de um terço das calorias produzidas ingeridas, o calor resultante precisa ser liberado de alguma forma.
O experimento foi realizado com estudantes universitários que assistiram a vídeos de pessoas bocejando. Um grupo respirava apenas pela boca, outro apenas pelo nariz, o terceiro grupo usou uma bolsa térmica na região frontal da cabeça que continha água fria, enquanto que o quarto grupo usou uma bolsa com água quente. O resultado revelou que os indivíduos que respiravam pelo nariz e os que utilizaram a bolsa térmica fria não bocejaram enquanto assistiam aos vídeos, pois seus cérebros já estavam suficientemente resfriados.
Já com relação ao fato do bocejo ser contagioso, outro grupo de cientistas londrinos dizem que o ato de bocejar associa-se à habilidade das pessoas demonstrarem empatia entre elas, e por esse fato ele seria contagioso.
A pesquisa realizada por eles foi feita com 24 crianças portadoras de autismo e outras 25 que não apresentavam o transtorno. Foi observado que as crianças com autismo bocejaram menos quando comparadas com as outras crianças ao assistirem vídeos em que adultos aparecem bocejando.
Teoricamente, isso aconteceria porque o bocejo “contagioso” e a empatia entre os indivíduos apresentam mecanismos neurológicos similares, e o autismo é um transtorno que prejudica a interação social e a habilidade de comunicação dos portadores. Contudo, alguns pesquisadores ainda apóiam a idéia de que o bocejo é um ato reflexo.
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