sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

EVANGELHO 21/01/2012


Dia Litúrgico: Sábado II do Tempo Comum

Evangelho (Mc 3,20-21): Jesus voltou para casa, e outra vez se ajuntou tanta gente que eles nem mesmo podiam se alimentar. Quando seus familiares souberam disso, vieram para detê-lo, pois diziam: «Está ficando louco».
Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
«Está ficando louco»
Hoje vemos como os próprios integrantes da família de Jesus atrevem-se a dizer dele que «Está ficando louco» (Mc 3,21). Uma vez mais, cumpre-se o antigo provérbio de que «Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!» (Mt 13,57). Esta lamentação não “salpica” Maria Santíssima, porque desde o primeiro até o último momento —quando ela estava ao pé da Cruz— manteve-se solidamente firme na fé e confiança para com seu Filho.

Agora bem, e nós? Façamos exame! Quantas pessoas que vivem ao nosso redor, que as temos ao nosso alcance, são luz para nossas vidas e, nós...? Não é necessário ir muito longe: Pensemos no Papa João Paulo II: quanta gente o seguiu e, ao mesmo tempo, quantos o interpretavam como um “teimoso-antiquado”, ciumento do seu “poder”? É possível que Jesus —dois mil anos depois— ainda continue na Cruz pela nossa salvação e, que nós, desde aqui embaixo, continuemos dizendo-lhe «desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!» (cf. Mc 15,32)?

Ou pelo contrário. Se nos esforçarmos por configurarmos com Cristo, nossa presença não resultará neutra para quem interagem conosco por motivos de parentesco, trabalho, etc. Ainda mais, para alguns será molesta, porque seremos um reclamo de consciência. Bem garantido o temos! «Se me perseguiram, perseguirão a vós também» (Jo 15,20). Através das suas burlas esconderão seu medo, mediante suas desqualificações farão uma má defesa de sua “poltronaria”

Quantas vezes nos rotulam aos católicos de sermos "exagerados”? Devemos lhes responder que não o somos, porque em questões de amor é impossível exagerar. Mas que é verdade que somos “radicais”, porque o amor é assim de “totalizador” «ou todo, ou nada»;«ou o amor mata o eu, ou o eu mata o amor».

É por isso que o Santo Pai nos falou de “radicalismo evangélico” e de “não ter medo”: «Na causa do Reino não há tempo para olhar para atrás, menos ainda para dar-se à preguiça»(João Paulo II).

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