Nossa cobiçada Amazônia
Este artigo é resultado de uma compilação de informações contidas no livro «A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial» produzido pela editora Capax Dei. Mostra como o ambientalismo mundial vê a Amazônia e a cobiça de seu território com vistas a impedir a utilização de suas riquezas pelo Brasil (e pelos outros países que possuem parcelas da floresta) e, de tabela, fazer desacreditar o conceito de soberania nacional, com o rompimento dos limites territoriais dos países (dos países como um todo no mundo) sob o pretexto de que a Floresta Amazônica é um local que interessa à toda a Humanidade (de fato, sim), e que os países que a possuem não têm competência suficiente para preservá-la e, desse modo, criando um governo mundial que usará como pretexto para a sua implantação a administração dos recursos fundamentais para a Humanidade, ou seja: apropriar-se desses recursos e dominar o planeta.
O indigenismo completa o esquema, contribuindo para o desmembramento dos países e, na Amazônia, um de seus alvos principais é a chamada “ilha da Guiana”. Muito mais ainda será dito sobre a “nossa cobiçada Amazônia” no desenvolvimento deste blog. Em seguida o texto do «Máfia Verde», que em certos trechos foi por mim levemente modificado, para facilitar o entendimento, mas sem alterar seu teor. Os subtítulos foram acrescentados por mim para facilitar a leitura.
Nossa cobiçada Amazônia
Primeiras investidas
Em 1913, Theodore Roosevelt, já como ex-presidente dos USA, encabeçou uma expedição de reconhecimento à Amazônia, organizada e patrocinada por Henry F. Osborn, diretor do Museu De História Natural De Nova York – que, então, juntamente com o Instituto Smithsoniano, funcionava como centro ideológico do nascente movimento conservacionista nos EUA. Foi nessa época que começou a derrocada do ciclo econômico da borracha, então o principal produto da região amazônica, suplantada que foi pela produção das colônias asiáticas britânicas. Ali, principalmente na Península Malaia, a seringueira passou a ser cultivada, depois que suas sementes foram contrabandeadas para a Inglaterra pelo inglês Henry Alexander Wickham, em 1877. Nos laboratórios do Real Jardim Botânico de Kew, a seringueira foi preparada para o cultivo, tornando-se o primeiro dos recursos naturais amazônicos a cair sob o controle de empreendedores oligárquicos estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial
A eclosão da Segunda Guerra Mundial e as conseqüentes necessidades de guerra proporcionaram oportunidades para o estabelecimento de uma parceria que, nas décadas seguintes, se tornaria uma das mais bem sucedidas formas de assegurar o reconhecimento e a exploração das riquezas amazônicas pelas oligarquias “centrais”, tanto no Brasil como nos demais países da região: a combinação de interesses empresariais com organizações de missionários protestantes, envolvidos na tradução da Bíblia nas línguas dos povos indígenas da região – simbiose cujo sucesso pode ser constatado ainda nos dias de hoje.
O melhor exemplo desse “casamento de interesses” foi proporcionado pela parceria entre a família Rockefeller e a organização de Willian Cameron Townsend, mais conhecida como SIL – Instituto Summer De Lingüística. Financiadas em grande medida pelos “filantropos” doestablishment, o SIL e entidades semelhantes “pacificam” populações indígenas que habitam áreas remotas ricas em recursos naturais, enquanto fazem com elas o seu proselitismo religioso protestante – subproduto que em nada desagrada aos Rockefeller e seus pares oligárquicos.
Agressões aos índios
No Brasil, durante a década de 1960, Townsend e o SIL ajudaram a ocultar muitas agressões – inclusive assassinatos em massa – perpetrados contra populações indígenas por grupos diversos, inclusive por empresas nacionais e estrangeiras, interessadas no controle das terras indígenas. Ao mesmo tempo, entretanto, o SPI – Serviço De Proteção Ao Índio e seus aliados nacionalistas deflagraram uma ativa campanha para recuperar as terras amazônicas então na posse de empresas estrangeiras.
Durante a guerra, o próprio Nelson Rockefeller, então coordenador de Assuntos Interamericanos do governo dos EUA, empenhou-se em conseguir do governo brasileiro a autorização para o estabelecimento de uma entidade para explorar a região – a Corporação do Vale do Amazonas – mas foi obstaculizado pela firme posição do presidente Getúlio Vargas, e do ministro da Fazenda Artur da Souza Costa.
Os interesses empresariais eram ligados a organizações de inteligência. O homem que Rockefeller pretendia colocar à frente da Corporação do Vale do Amazonas, John Caldwell King, ex-vice-presidente da empresa Johnson & Johnson, viria a desempenhar uma intensa carreira na CIA – tendo sido um dos colaboradores das operações clandestinas estadunidenses que apoiaram o movimento que derrotou o Presidente João Goulart, em 1964.
Os Rockefeller consideravam tanto João Goulart quanto o presidente John F. Kennedy (assassinado em novembro/1963), como «obstáculos aos seus objetivos». Segundo eles, Kennedy também se opunha às pretensões amazônicas da família.
O assalto ao Estado de Roraima
A segregação de 44% do território do Estado de Roraima para utilização como reservas indígenas ou áreas de preservação ambiental, não é um fato ocasional. Não é uma mera coincidência de esforços separados de ONGs nacionais e internacionais que possa refletir uma preocupação legítima com a proteção do meio ambiente ou dos povos indígenas, nem tampouco corresponde a qualquer interesse nacional.
De acordo com a CPI Da Terra (da Assembléia Legislativa do Estado de Roraima), a questão envolve um esforço deliberado e de origem estrangeira, para inviabilizar qualquer desenvolvimento econônico racional naquele Estado e, por extensão, em toda a região amazônica. O que se pretende, claramente, é dificultar qualquer atividade civilizatória em seu amplo território, que é riquíssimo em recursos naturais, impedindo a utilização dos mesmos pelo Brasil e pelos demais países limítrofes.
Além do seu já comprovado potencial de recursos minerais, Roraima está despontando como uma nova fronteira agrícola. Uma das maiores vantagens de Roraima é a sua privilegiada posição geográfica e o clima. Como a maior parte do seu território se situa no Hemisfério Norte, Roraima pode produzir soja, por exemplo, no período da entre-safra dos outros produtores do país. Além disso, seu clima permite a colheita em 110 dias, durante o ano todo, enquanto no Centro-Oeste este período não é inferior a 130 dias. Outra vantagem de Roraima é a divisão bem definida entre matas e lavrado, o que permite a produção de grãos com uma mínima agressão ao meio ambiente, uma vez que não necessita de desmatamentos. O escoamento da safra, crucial para definir o sucesso de um empreendimento no setor, pode ser equacionado se forem realizados melhoramentos em alguns pontos críticos no baixo rio Branco, o que permitiria a utilização de um tipo de transporte de mais baixo custo: o hidroviário.
Era preciso neutralizar Roraima
Esse potencial de transformação de Roraima num pólo dinâmico, que aponte o caminho do desenvolvimento racional ao restante da Amazônia, é o que preocupa o aparato ambientalista internacional a serviço do Establishment oligárquico, interessado em manter a região como uma “reserva de recursos naturais” – recursos esses tornados inacessíveis aos brasileiros.
No centro da investida contra Roraima está a chamada Associação Amazônia – ONG internacional cujas atividades foram investigadas pela CPI da Terra. Por trás dela, encontramos intrincados interesses internacionais ligados ao aparato ambientalista dirigido por famílias oligárquicas predominantemente anglo-holandesas. Por exemplo, toda a pressão que as autoridades estaduais e federais vêm sofrendo para interromper as investigações sobre a Associação Amazônia, foram determinadas em uma reunião em Amsterdan, Holanda, em 28/05/1999, quando o presidente da associação, o britânico Cristopher Clark exigiu ações mais concretas ao Grupo de Trabalho Europeu Sobre a Amazônia (Ewga – European Working Group On Amazon), entidade que coordena a presente investida em Roraima.
Visitantes estrangeiros em Roraima
Tais “providências” não tardaram, e em meados de agosto/1999, aportaram em Boa Vista dois altos emissários do governo britânico, o secretário do Ministério de Relações Exteriores, Paul Taylor, e o secretário da embaixada britânica no Brasil, John Pearson. Seu objetivo era visitar a área delimitada para a reserva indígena Raposa-Serra do Sol, para«conhecer de perto a realidade indígena», e conversar com ativistas ligados à questão indígena. A visita causou grande escândalo em Roraima, ainda mais porque os representantes britânicos haviam sido “convidados” pelo Conselho Indigenista de Roraima, ligado ao CIMI – Conselho Indigenista Missionário, órgão da CNBB. O motivo alegado para a visita foi tão pueril que mal ocultava o caráter de pressão sobre o governo brasileiro para a demarcação da reserva.
Uma ONG de fachada
A Associação Amazônia é uma fachada para justificar a posse de uma área de 172.000 hectares situada na fronteira Roraima-Amazonas, transformada em verdadeira “terra-de-ninguém” em virtude, dentre outras coisas, do caótico processo de transferência de terras do antigo território para o atual Estado de Roraima – área cuja posse era reivindicada pelo duque italiano Roberto Paolo Imperiali da Vila Franca, que comprara inúmeros terrenos de humildes moradores ribeirinhos amazônicos.
Entretanto, o aspecto mais revelador das reais intenções da Associação Amazônia é o seu vínculo com a Cruz Verde Internacional. O vínculo das duas ONGs é o Programa Manaus 2000 – fórum internacional para discutir questões ambientais da Amazônia, criar projetos de “desenvolvimento sustentável” na reserva indígena Xixuaú-Xiparinã, e adquirir uma área de 1 milhão de hectares no vale do rio Juruá em benefício dos índios denis.
As ações da Associação Amazônia e outras ONGs ambientalistas-indigenistas devem ser analisadas à luz de um quadro estratégico mais amplo, que não inclui apenas questões sul-americanas potencialmente desestabilizadoras – como a virtual fragmentação da Colômbia sob a ofensiva narco-terrorista em curso, como também o conflito nos Bálcãs, onde a oligarquia britânica e seus aliados estadunidenses, representados pelo (então) vice-presidente Al Gore, um ambientalista fanático, está explicitando a sua velha aspiração de instituir uma estrutura de “governo mundial” comandada pelo cérebro britânico e executada pelos músculos estadunidenses.
Um aviso ao Terceiro Mundo
Em que pesem as atrocidades cometidas pelos sérvios liderados por Slobodan Milosevic, a sistemática destruição da Iugoslávia pelos bombardeios da OTAN enviou um claro sinal para as outras nações em desenvolvimento sobre o que lhes poderá acontecer caso resistam às políticas ditadas pela oligarquia anglo-americana, dentre as quais o pretenso ambientalismo global sem fronteiras.
Em 09/04/1998, Patrick Hughes, diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA – Defense Intelligence Agency), sobre ameaças potenciais para seu país nos próximos 20 anos, afirmou que se o Brasil resolvesse fazer uso da Amazônia de forma prejudicial ao meio ambiente “estadunidense”, as forças armadas dos EUA deveriam estar prontas para interromper o processo, imediatamente. Tais declarações foram feitas por ocasião de grandes incêndios rurais odorridos em Roraima, os quais também permitiram que Klaus Töpfer, diretor do PNUMA, os mencionassem como exemplo de situações que, potencialmente, justificariam a intervenção dos “capacetes verdes” porque, segundo ele, os incêndios já haviam cruzado os limites da reserva indígena Ianomâmi.
A “ilha da Guiana” é alvo prioritário
Sob a capa do ambientalismo, a oligarquia anglo-holandesa resolveu criar um programa especial para “proteger” a flora e a fauna do chamado “Escudo da Guiana”, nome tomado da unidade geológica que engloba grande parte da “Ilha da Guiana” – região delimitada pelos rios Orinoco, Cassiquiari, Negro e Amazonas (1,7 milhões de km2) envolvendo cinco países: Venezuela, Guiana (ex-Guiana Inglesa), Suriname (ex-Holandesa), Guiana Francesa e Brasil – revisitando o seu alvo geopolítico original, pois o interesse da região norte da América do Sul, para os estrategistas da geopolítica britânica e seus sócios holandeses, é secular.
Já no final do século 16, o ouvidor Sampaio chamava a atenção para a importância da “ilha”. À época, difundiu-se que o Eldorado, região mitológica onde o ouro existiria em abundância, localizava-se, exatamente, nessa “ilha”.
Na década de 1960, em paralelo à recolonização africana através das reservas naturais, o Príncipe Philip, então presidente do WWF – World Wide Fund For Nature, destacou a importância estratégica desta região para seus futuros planos. Como fruto de suas viagens, em 1969, foi criada a ONG Survival International, como braço indigenista do WWF, com o propósito primário de promover a criação da reserva indígena para os índios ianomâmis.
O desmantelamento das soberanias nacionais
A escolha do “Escudo da Guiana” como local para implantar o programa se deve à intenção dos planejadores ambientalistas de impor o seu conceito de que o «meio ambiente não tem fronteiras», e que, por estender-se por cinco países, se presta perfeitamente aos objetivos pretendidos. E por suposição, a “ilha” foi escolhida pela oligarquia britânica como a primeira área a ser desmembrada das nações ali esxistentes por intermédio das armas geopolíticas do indigenismo e do ambientalismo.
O nome oficial do programa é: Iniciativa do Escudo das Guianas (GSI – Guyana Shield Initiative) –mantido e controlado pelo WWF – World Wide Fund For Nature, a UICN – Holanda e outras organizações menores. O programa possui um sub-programa de divulgação (Guyana Shield Media Project) e um fundo especial (Guyana Shield Regional Trust Fund), que já recebeu verbas oficiais do BIRD (Banco Mundial).
A coordenação geral está a cargo do EWGA – European Working Group On Amazon, integrado por diversas ONGs ambientalistas e por representantes dos governos de vários países amazônicos, inclusive do Brasil, na pessoa de João Mendes Pereira, da missão brasileira junto à comunidade européia, em Bruxelas, Bélgica. O diretor da EWGA é Wouter Veening, da UICN – Holanda.
O livro a ler é: «A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial», escrito pelos editores da Capax Dei Editora Ltda. (Rua México, 31, sala 202, Centro, Rio de Janeiro, RJ). Este livro não costuma ser disponibilizado em livrarias, só na sede da editora poderá ser adquirido.
Para saber mais sobre o tema, visitar os sites da MSIa/Capax Dei:
http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/
Imagem: brasilescoloa.com
O indigenismo completa o esquema, contribuindo para o desmembramento dos países e, na Amazônia, um de seus alvos principais é a chamada “ilha da Guiana”. Muito mais ainda será dito sobre a “nossa cobiçada Amazônia” no desenvolvimento deste blog. Em seguida o texto do «Máfia Verde», que em certos trechos foi por mim levemente modificado, para facilitar o entendimento, mas sem alterar seu teor. Os subtítulos foram acrescentados por mim para facilitar a leitura.
Nossa cobiçada Amazônia
Primeiras investidas
Em 1913, Theodore Roosevelt, já como ex-presidente dos USA, encabeçou uma expedição de reconhecimento à Amazônia, organizada e patrocinada por Henry F. Osborn, diretor do Museu De História Natural De Nova York – que, então, juntamente com o Instituto Smithsoniano, funcionava como centro ideológico do nascente movimento conservacionista nos EUA. Foi nessa época que começou a derrocada do ciclo econômico da borracha, então o principal produto da região amazônica, suplantada que foi pela produção das colônias asiáticas britânicas. Ali, principalmente na Península Malaia, a seringueira passou a ser cultivada, depois que suas sementes foram contrabandeadas para a Inglaterra pelo inglês Henry Alexander Wickham, em 1877. Nos laboratórios do Real Jardim Botânico de Kew, a seringueira foi preparada para o cultivo, tornando-se o primeiro dos recursos naturais amazônicos a cair sob o controle de empreendedores oligárquicos estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial
A eclosão da Segunda Guerra Mundial e as conseqüentes necessidades de guerra proporcionaram oportunidades para o estabelecimento de uma parceria que, nas décadas seguintes, se tornaria uma das mais bem sucedidas formas de assegurar o reconhecimento e a exploração das riquezas amazônicas pelas oligarquias “centrais”, tanto no Brasil como nos demais países da região: a combinação de interesses empresariais com organizações de missionários protestantes, envolvidos na tradução da Bíblia nas línguas dos povos indígenas da região – simbiose cujo sucesso pode ser constatado ainda nos dias de hoje.
O melhor exemplo desse “casamento de interesses” foi proporcionado pela parceria entre a família Rockefeller e a organização de Willian Cameron Townsend, mais conhecida como SIL – Instituto Summer De Lingüística. Financiadas em grande medida pelos “filantropos” doestablishment, o SIL e entidades semelhantes “pacificam” populações indígenas que habitam áreas remotas ricas em recursos naturais, enquanto fazem com elas o seu proselitismo religioso protestante – subproduto que em nada desagrada aos Rockefeller e seus pares oligárquicos.
Agressões aos índios
No Brasil, durante a década de 1960, Townsend e o SIL ajudaram a ocultar muitas agressões – inclusive assassinatos em massa – perpetrados contra populações indígenas por grupos diversos, inclusive por empresas nacionais e estrangeiras, interessadas no controle das terras indígenas. Ao mesmo tempo, entretanto, o SPI – Serviço De Proteção Ao Índio e seus aliados nacionalistas deflagraram uma ativa campanha para recuperar as terras amazônicas então na posse de empresas estrangeiras.
Durante a guerra, o próprio Nelson Rockefeller, então coordenador de Assuntos Interamericanos do governo dos EUA, empenhou-se em conseguir do governo brasileiro a autorização para o estabelecimento de uma entidade para explorar a região – a Corporação do Vale do Amazonas – mas foi obstaculizado pela firme posição do presidente Getúlio Vargas, e do ministro da Fazenda Artur da Souza Costa.
Os interesses empresariais eram ligados a organizações de inteligência. O homem que Rockefeller pretendia colocar à frente da Corporação do Vale do Amazonas, John Caldwell King, ex-vice-presidente da empresa Johnson & Johnson, viria a desempenhar uma intensa carreira na CIA – tendo sido um dos colaboradores das operações clandestinas estadunidenses que apoiaram o movimento que derrotou o Presidente João Goulart, em 1964.
Os Rockefeller consideravam tanto João Goulart quanto o presidente John F. Kennedy (assassinado em novembro/1963), como «obstáculos aos seus objetivos». Segundo eles, Kennedy também se opunha às pretensões amazônicas da família.
O assalto ao Estado de Roraima
A segregação de 44% do território do Estado de Roraima para utilização como reservas indígenas ou áreas de preservação ambiental, não é um fato ocasional. Não é uma mera coincidência de esforços separados de ONGs nacionais e internacionais que possa refletir uma preocupação legítima com a proteção do meio ambiente ou dos povos indígenas, nem tampouco corresponde a qualquer interesse nacional.
De acordo com a CPI Da Terra (da Assembléia Legislativa do Estado de Roraima), a questão envolve um esforço deliberado e de origem estrangeira, para inviabilizar qualquer desenvolvimento econônico racional naquele Estado e, por extensão, em toda a região amazônica. O que se pretende, claramente, é dificultar qualquer atividade civilizatória em seu amplo território, que é riquíssimo em recursos naturais, impedindo a utilização dos mesmos pelo Brasil e pelos demais países limítrofes.
Além do seu já comprovado potencial de recursos minerais, Roraima está despontando como uma nova fronteira agrícola. Uma das maiores vantagens de Roraima é a sua privilegiada posição geográfica e o clima. Como a maior parte do seu território se situa no Hemisfério Norte, Roraima pode produzir soja, por exemplo, no período da entre-safra dos outros produtores do país. Além disso, seu clima permite a colheita em 110 dias, durante o ano todo, enquanto no Centro-Oeste este período não é inferior a 130 dias. Outra vantagem de Roraima é a divisão bem definida entre matas e lavrado, o que permite a produção de grãos com uma mínima agressão ao meio ambiente, uma vez que não necessita de desmatamentos. O escoamento da safra, crucial para definir o sucesso de um empreendimento no setor, pode ser equacionado se forem realizados melhoramentos em alguns pontos críticos no baixo rio Branco, o que permitiria a utilização de um tipo de transporte de mais baixo custo: o hidroviário.
Era preciso neutralizar Roraima
Esse potencial de transformação de Roraima num pólo dinâmico, que aponte o caminho do desenvolvimento racional ao restante da Amazônia, é o que preocupa o aparato ambientalista internacional a serviço do Establishment oligárquico, interessado em manter a região como uma “reserva de recursos naturais” – recursos esses tornados inacessíveis aos brasileiros.
No centro da investida contra Roraima está a chamada Associação Amazônia – ONG internacional cujas atividades foram investigadas pela CPI da Terra. Por trás dela, encontramos intrincados interesses internacionais ligados ao aparato ambientalista dirigido por famílias oligárquicas predominantemente anglo-holandesas. Por exemplo, toda a pressão que as autoridades estaduais e federais vêm sofrendo para interromper as investigações sobre a Associação Amazônia, foram determinadas em uma reunião em Amsterdan, Holanda, em 28/05/1999, quando o presidente da associação, o britânico Cristopher Clark exigiu ações mais concretas ao Grupo de Trabalho Europeu Sobre a Amazônia (Ewga – European Working Group On Amazon), entidade que coordena a presente investida em Roraima.
Visitantes estrangeiros em Roraima
Tais “providências” não tardaram, e em meados de agosto/1999, aportaram em Boa Vista dois altos emissários do governo britânico, o secretário do Ministério de Relações Exteriores, Paul Taylor, e o secretário da embaixada britânica no Brasil, John Pearson. Seu objetivo era visitar a área delimitada para a reserva indígena Raposa-Serra do Sol, para«conhecer de perto a realidade indígena», e conversar com ativistas ligados à questão indígena. A visita causou grande escândalo em Roraima, ainda mais porque os representantes britânicos haviam sido “convidados” pelo Conselho Indigenista de Roraima, ligado ao CIMI – Conselho Indigenista Missionário, órgão da CNBB. O motivo alegado para a visita foi tão pueril que mal ocultava o caráter de pressão sobre o governo brasileiro para a demarcação da reserva.
Uma ONG de fachada
A Associação Amazônia é uma fachada para justificar a posse de uma área de 172.000 hectares situada na fronteira Roraima-Amazonas, transformada em verdadeira “terra-de-ninguém” em virtude, dentre outras coisas, do caótico processo de transferência de terras do antigo território para o atual Estado de Roraima – área cuja posse era reivindicada pelo duque italiano Roberto Paolo Imperiali da Vila Franca, que comprara inúmeros terrenos de humildes moradores ribeirinhos amazônicos.
Entretanto, o aspecto mais revelador das reais intenções da Associação Amazônia é o seu vínculo com a Cruz Verde Internacional. O vínculo das duas ONGs é o Programa Manaus 2000 – fórum internacional para discutir questões ambientais da Amazônia, criar projetos de “desenvolvimento sustentável” na reserva indígena Xixuaú-Xiparinã, e adquirir uma área de 1 milhão de hectares no vale do rio Juruá em benefício dos índios denis.
As ações da Associação Amazônia e outras ONGs ambientalistas-indigenistas devem ser analisadas à luz de um quadro estratégico mais amplo, que não inclui apenas questões sul-americanas potencialmente desestabilizadoras – como a virtual fragmentação da Colômbia sob a ofensiva narco-terrorista em curso, como também o conflito nos Bálcãs, onde a oligarquia britânica e seus aliados estadunidenses, representados pelo (então) vice-presidente Al Gore, um ambientalista fanático, está explicitando a sua velha aspiração de instituir uma estrutura de “governo mundial” comandada pelo cérebro britânico e executada pelos músculos estadunidenses.
Um aviso ao Terceiro Mundo
Em que pesem as atrocidades cometidas pelos sérvios liderados por Slobodan Milosevic, a sistemática destruição da Iugoslávia pelos bombardeios da OTAN enviou um claro sinal para as outras nações em desenvolvimento sobre o que lhes poderá acontecer caso resistam às políticas ditadas pela oligarquia anglo-americana, dentre as quais o pretenso ambientalismo global sem fronteiras.
Em 09/04/1998, Patrick Hughes, diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA – Defense Intelligence Agency), sobre ameaças potenciais para seu país nos próximos 20 anos, afirmou que se o Brasil resolvesse fazer uso da Amazônia de forma prejudicial ao meio ambiente “estadunidense”, as forças armadas dos EUA deveriam estar prontas para interromper o processo, imediatamente. Tais declarações foram feitas por ocasião de grandes incêndios rurais odorridos em Roraima, os quais também permitiram que Klaus Töpfer, diretor do PNUMA, os mencionassem como exemplo de situações que, potencialmente, justificariam a intervenção dos “capacetes verdes” porque, segundo ele, os incêndios já haviam cruzado os limites da reserva indígena Ianomâmi.
A “ilha da Guiana” é alvo prioritário
Sob a capa do ambientalismo, a oligarquia anglo-holandesa resolveu criar um programa especial para “proteger” a flora e a fauna do chamado “Escudo da Guiana”, nome tomado da unidade geológica que engloba grande parte da “Ilha da Guiana” – região delimitada pelos rios Orinoco, Cassiquiari, Negro e Amazonas (1,7 milhões de km2) envolvendo cinco países: Venezuela, Guiana (ex-Guiana Inglesa), Suriname (ex-Holandesa), Guiana Francesa e Brasil – revisitando o seu alvo geopolítico original, pois o interesse da região norte da América do Sul, para os estrategistas da geopolítica britânica e seus sócios holandeses, é secular.
Já no final do século 16, o ouvidor Sampaio chamava a atenção para a importância da “ilha”. À época, difundiu-se que o Eldorado, região mitológica onde o ouro existiria em abundância, localizava-se, exatamente, nessa “ilha”.
Na década de 1960, em paralelo à recolonização africana através das reservas naturais, o Príncipe Philip, então presidente do WWF – World Wide Fund For Nature, destacou a importância estratégica desta região para seus futuros planos. Como fruto de suas viagens, em 1969, foi criada a ONG Survival International, como braço indigenista do WWF, com o propósito primário de promover a criação da reserva indígena para os índios ianomâmis.
O desmantelamento das soberanias nacionais
A escolha do “Escudo da Guiana” como local para implantar o programa se deve à intenção dos planejadores ambientalistas de impor o seu conceito de que o «meio ambiente não tem fronteiras», e que, por estender-se por cinco países, se presta perfeitamente aos objetivos pretendidos. E por suposição, a “ilha” foi escolhida pela oligarquia britânica como a primeira área a ser desmembrada das nações ali esxistentes por intermédio das armas geopolíticas do indigenismo e do ambientalismo.
O nome oficial do programa é: Iniciativa do Escudo das Guianas (GSI – Guyana Shield Initiative) –mantido e controlado pelo WWF – World Wide Fund For Nature, a UICN – Holanda e outras organizações menores. O programa possui um sub-programa de divulgação (Guyana Shield Media Project) e um fundo especial (Guyana Shield Regional Trust Fund), que já recebeu verbas oficiais do BIRD (Banco Mundial).
A coordenação geral está a cargo do EWGA – European Working Group On Amazon, integrado por diversas ONGs ambientalistas e por representantes dos governos de vários países amazônicos, inclusive do Brasil, na pessoa de João Mendes Pereira, da missão brasileira junto à comunidade européia, em Bruxelas, Bélgica. O diretor da EWGA é Wouter Veening, da UICN – Holanda.
O livro a ler é: «A Máfia Verde – O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial», escrito pelos editores da Capax Dei Editora Ltda. (Rua México, 31, sala 202, Centro, Rio de Janeiro, RJ). Este livro não costuma ser disponibilizado em livrarias, só na sede da editora poderá ser adquirido.
Para saber mais sobre o tema, visitar os sites da MSIa/Capax Dei:
http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/
Imagem: brasilescoloa.com
Muito interessante a matéria.
ResponderExcluir