Tempo pascal , tempo de alegria, tempo de firmar a fé no nosso coração. O Evangelho, de hoje, talvez cause em alguns de nós um pouco de susto, como causou nos judeus quando Jesus falou sobre beber Seu sangue e comer da Sua carne. Para os judeus isso é algo repugnante.
O Mestre fez questão de usar uma linguagem bem forte, a fim de que eles refletissem e entendessem a importância da Eucaristia.
Muitas vezes, precisamos exagerar para fazer como que a pessoa entenda o que queremos lhe dizer, por isso Jesus faz com que eles reflitam e entendam a importância do que Ele queria, e ainda hoje, quer nos mostra por meio da Eucaristia.
Comer da Carne de Jesus significa tomar a Sua identidade, assumi-la, pois é o corpo que nos dá a identidade. Beber de Seu Sangue é um sinal de vida tanto para nós quanto para os antigos, portanto significa ter em nós a vida de Cristo. O Pai nos deixou isso bem claro quando insistiu na Eucaristia. Esse é o sentido sacramental do beber o Sangue e comer da Carne de Jesus, esperando a Sua volta. O Pão da vida quando é partilhado, é o momento em que nos alimentamos da vida nova que Ele nos trouxe.
O Senhor deixou bem claro que todo aquele que beber do Seu Sangue e comer da Sua Carne terá a comunhão com Ele. Quem está unido a Jesus está unido ao Pai.
É bonito pensar nessa unidade profunda que existe entre Deus e Jesus, entre Cristo e os cristãos. Essa comunhão com Ele nos faz viver uma vida de profunda intimidade com Deus.
Quantos santos e doutores da Igreja falaram da Eucaristia como banquete! Por isso, durante a Santa Missa, a graça com que o Espírito Santo transforma esse momento eucarístico também nos transforma. “Quem come do meu Corpo e bebe do meu Sangue também ressuscitará”, disse Jesus.
Se o peregrino vem, todos dos dias, viver e partilhar dessa mesa, ele será alimentado pelo alimento mais necessário para a nossa vida: a Eucaristia.
A experiência narrada sobre a conversão de São Paulo é bonita, pois ele era um homem zeloso às coisas de Deus, mas não aceitava nada dos cristãos. Ele os perseguia. No entanto, para sua conversão foi preciso que Paulo se deparasse com duas realidades: a presença do Cristo ressuscitado e o encontro com o Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja. O que Paulo perseguia não era o Cristo, mas sim o Seu Corpo.
Nessa perseguição, ele tomou consciência do seu encontro com Jesus, pois foi a Igreja quem o instruiu a se abrir para o Espírito Santo. Deus tinha um desígnio para ele, e Jesus iria ensiná-lo pelo sofrimento.
A Igreja é perseguida, Cristo é perseguido. A Igreja sofre como Cristo sofreu em Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Mas nós temos a certeza de Sua redenção, por isso caminhamos firmes na fé e acreditamos na Ressurreição de Jesus.
Vamos olhar para a vida de Paulo, pois ele foi um grande evangelizador; portanto, não demore muito para se converter e permitir que o Espírito Santo faça de você um homem novo e uma mulher nova.
“Ide pelo mundo e ensinai às pessoas a viver a fé e crer em Jesus vivo em nosso meio. Assim, vamos, com confiança, correr ao encontro de Cristo.
Padre João Gualberto
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