"Quando os elefantes brigam, a grama é que sofre"
Bispos condenam recente golpe de Estado em Guiné-Bissau
ROMA, terça-feira, 24 de abril de 2012 (ZENIT.org) – “Rejeitamos firmemente a ação militar e qualquer forma de violência”: esta foi a reação dos bispos de Guiné-Bissau ao golpe de 12 de abril. Em nota de 17 de abril, enviada para a Ajuda à Igreja que Sofre, os bispos do país condenaram o golpe, destacando a sua inutilidade.
"A nossa história recente já viu várias vezes este ato e o resultado é óbvio para todos: as causas da crise não são nem minimamente tocadas e surgem ainda novos conflitos".
Quem paga a conta de tanta violência, como sempre, é o povo, incapaz de compreender plenamente as razões do que aconteceu. "É como um dos nossos ditados populares: quando os elefantes brigam, a grama é que sofre".
O episcopado sublinha "o risco grave" e "as consequências imprevisíveis" do atual momento de impasse. Durante longo tempo, a Guiné-Bissau viveu sinais claros de crise, mas "muitos desses sinais se mostraram com mais força nas últimas eleições".
Um mês atrás, o país votou para eleger o sucessor do presidente Malam Bacai Sanha, que morreu em janeiro passado. A votação correu tranquila até pouco depois do fechamento das urnas, quando o coronel Samba Diallo, ex-chefe da inteligência militar, foi assassinado.
O segundo turno foi marcado primeiro para o dia 22 e depois para 29 de abril, mas, na noite do dia 12, alguns militares capturaram o presidente interino Raimundo Pereira e o ex-primeiro-ministro Carlos Domingos Gomes Júnior, favorito no segundo turno presidencial contra Kumba Yala. Foi veiculado recentemente que o presidente interino escolhido pelos líderes do golpe, Manuel Serifo Nhamadjo, renunciou ao poder alegando que a sua sucessão a Pereira é ilegal.
Os bispos indicaram ao povo "o caminho nobre do diálogo" como meio para a reconciliação, para a justiça e para a harmonia social, e chamam as pessoas a "corrigir a consciência moral" para procurar o bem comum e evitar comportamentos nocivos à coexistência pacífica, como a violência, a busca ilegal de poder e riqueza, a corrupção, a impunidade, a falta de transparência na administração pública e a negligência dos próprios deveres. "Devemos manter o sagrado respeito pelas nossas leis e instituições democraticamente eleitas".
A nota termina com um apelo urgente à comunidade internacional: "Continuem ajudando a Guiné-Bissau a encontrar soluções adequadas e a garantir para todos os cidadãos a sua paz e tranquilidade".
"A nossa história recente já viu várias vezes este ato e o resultado é óbvio para todos: as causas da crise não são nem minimamente tocadas e surgem ainda novos conflitos".
Quem paga a conta de tanta violência, como sempre, é o povo, incapaz de compreender plenamente as razões do que aconteceu. "É como um dos nossos ditados populares: quando os elefantes brigam, a grama é que sofre".
O episcopado sublinha "o risco grave" e "as consequências imprevisíveis" do atual momento de impasse. Durante longo tempo, a Guiné-Bissau viveu sinais claros de crise, mas "muitos desses sinais se mostraram com mais força nas últimas eleições".
Um mês atrás, o país votou para eleger o sucessor do presidente Malam Bacai Sanha, que morreu em janeiro passado. A votação correu tranquila até pouco depois do fechamento das urnas, quando o coronel Samba Diallo, ex-chefe da inteligência militar, foi assassinado.
O segundo turno foi marcado primeiro para o dia 22 e depois para 29 de abril, mas, na noite do dia 12, alguns militares capturaram o presidente interino Raimundo Pereira e o ex-primeiro-ministro Carlos Domingos Gomes Júnior, favorito no segundo turno presidencial contra Kumba Yala. Foi veiculado recentemente que o presidente interino escolhido pelos líderes do golpe, Manuel Serifo Nhamadjo, renunciou ao poder alegando que a sua sucessão a Pereira é ilegal.
Os bispos indicaram ao povo "o caminho nobre do diálogo" como meio para a reconciliação, para a justiça e para a harmonia social, e chamam as pessoas a "corrigir a consciência moral" para procurar o bem comum e evitar comportamentos nocivos à coexistência pacífica, como a violência, a busca ilegal de poder e riqueza, a corrupção, a impunidade, a falta de transparência na administração pública e a negligência dos próprios deveres. "Devemos manter o sagrado respeito pelas nossas leis e instituições democraticamente eleitas".
A nota termina com um apelo urgente à comunidade internacional: "Continuem ajudando a Guiné-Bissau a encontrar soluções adequadas e a garantir para todos os cidadãos a sua paz e tranquilidade".
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