SEGUNDA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2012
Evangelho: Jo
10,1-10
Dia
Litúrgico: Segunda-feira (B e C) da 4ª semana da Páscoa
Evangelho (Jn 10,1-10): «Em verdade, em verdade, vos digo: quem não
entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse
é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este
o porteiro abre, as ovelhas escutam a sua voz, ele chama cada uma pelo nome e
as leva para fora. E depois de fazer sair todas as que são suas, ele caminha à
sua frente e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. A um estranho,
porém, não seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos».
Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria
dizer.
Jesus
disse então: «Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas.
Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas
não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar
e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir.
Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância».
Comentário: Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas
(Girona, Espanha)
«Quem
entra pela porta é o pastor das ovelhas: as ovelhas o seguem, porque conhecem a
sua voz »
Hoje continuamos a
considerar uma das imagens mais belas e mais conhecidas da pregação de Jesus: o
bom Pastor, as suas ovelhas e o redil. Todos temos na memória as figuras do bom
Pastor que contemplamos desde pequenos. Uma imagem que era muito querida aos
primeiros fieis e que forma parte da arte sacra cristã desde o tempo das
catacumbas. Quantas coisas nos invoca aquele pastor jovem com a ovelha ferida
às suas costas! Muitas vezes vimo-nos, a nós próprios, representados naquele
pobre animal.
Ainda há pouco celebramos a festa da Páscoa e uma vez mais, recordamos
que Jesus não falava numa linguagem figurada quando nos dizia que o bom pastor dá
a vida pelas suas ovelhas. Realmente fê-lo: a sua vida foi a prenda do nosso
resgate, com a sua vida comprou a nossa; graças a esta entrega, nós fomos
resgatados: «Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo» (Jo 10,9).
Encontramos aqui a manifestação do grande mistério do amor inefável de Deus que
chega a estes extremos inimagináveis para salvar a criatura humana. Jesus leva
até ao extremo o seu amor, até ao ponto de dar a sua vida. Ressoam ainda
aquelas palavras do Evangelho de São João introduzindo-nos nos momentos da
Paixão: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora
de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim» (Jo 13,1).
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