Evangelho: Jo 12, 1-11

Jesus em Betânia (Evangelho. Jo, 12, 1-11)

P. A Andrade.

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia. Naquela Vila a poucos quilômetros de Jerusalém moravam Lázaro (que Jesus havia ressuscitado) e suas duas irmãs, Marta e Maria.  A família convida o amigo e benfeitor  para uma ceia. ( Fora desta passagem a palavra ceia aparece somente duas vezes no Ev., referindo-se sempre  à Última Ceia).

Os intérpretes da Bíblia identificam a ceia de Betânia com a Ceia de Jesus e seus Apóstolos na Quinta-feira Santa.  A ceia da família de Lázaro é uma ação de graças pelo dom da vida do irmão ressuscitado. É um agradecimento a Jesus que está presente e participando no meio deles.

Betânia é um lugar simbólico, emblemático. Aquela pequena comunidade agradecida representa a comunidade universal dos discípulos do Senhor. Há portanto, uma  relação, uma continuidade entre a ceia de Betânia e as Ceias Eucarística que os discípulos de Jesus celebram em todos os tempos e lugares. Na pequena Vila agradecia-se a vida material que o Senhor havia oferecido a Lázaro. Em nossas Ceias Eucarísticas agradecemos a vida espiritual, sobrenatural que nos foi dada pelo mesmo Cristo com sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Marta e Maria tinham ficado desoladas com a morte do irmão. Agora porém estão felizes com sua ressurreição um banquete, uma ceia de ação de graças ao benfeitor que está presente e que venceu a morte.

Os cristãos celebram enlutados os acontecimentos da Paixão de Jesus, mas sabendo que Ele com sua Ressurreição venceu a morte, se alegram e celebram felizes a Ceia do Senhor agradecidos pela libertação, pelo dom da vida que d’ Ele receberam.

É por isso que Betânia para nós continua um lugar simbólico e que deve estar presente em nossa mente e em nosso espírito sobretudo quando celebramos os acontecimentos da Semana santa.