XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Parábola dos talentos: Mt 25, 14-30 [Resumindo)
- Este texto nos chama a atenção sobre o modo como estamos administrando nossa vida, os talentos que Deus nos deu.
- Os empregados que receberam dois e cinco talentos duplicaram a quantia, quando a devolveram ao senhor. O que recebeu um talento, devolveu o mesmo talento. Nada fez com ele.
Notemos que “talento”não é apenas um bem natural.
- Qual o verdadeiro talento que o Senhor nos dá?
Nossa vida é resultado do amor de Deus e deve ser vivida na perspectiva do amor para com Ele e para com nosso próximo.
O verdadeiro, o mais importante talento que recebemos é o Amor. É um dom de Deus que devo fazer frutificar. Posso doá-lo, compartilhá-lo, ou enterrá-lo, ser egoista.
- Nossa vida é o maior ato de amor para com o próximo. Multiplicando o amor que Deus nos deu, estamos retornando este talento para Ele. E é isso que Ele deseja de cada um de nós.
O funcionário que enterrou o dinheiro, não investiu produzindo mais, não correspondeu ao amor recebido, não o distribuiu com os outros. Nada construiu com o dom, a graça recebida. Passou por este mundo sem nada fazer. Devolveu a Deus simplesmente o que recebeu e nada mais. Uma vida sem sentido, sem sucesso.
Aquele cidadão tinha uma falsa imagem de Deus. Trava seu amor e por isso também é incapaz de amar. Isso, porque não descobriu o verdadeiro talento que o Senhor nos dá: o Amor. Porque não multiplica o amor, ele morre e tudo lhe é tirado e entregue a outro que saiba amar, saiba distribuir o talento; um outro que tenha coragem de trabalhar pelo Reino.
Esta é a lógica de Deus: quanto mais se dá, mais se recebe; quanto menos se dá, menos se recebe.
Metrologia Bíblica
Autoria / Fonte: Bíblias de Estudo
Medida é o ato ou processo de comparar uma grandeza com outra com o objetivo de associar à primeira um número característico do seu valor em face da grandeza com a qual foi comparada. Esta definição caracteriza a medição. As medidas, em geral, variam de acordo com épocas e locais diferentes, assim vários intérpretes podem considerar as medidas de formas diferenciadas.
Considerando o conteùdo das Escrituras como algo sempre atual, é necessário absorver a mensagem espiritual que os valores relatados buscam nos transmitir, a exêmplo de Lc 12:25, onde diz: "E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura? As medidas, dentro das Escrituras, buscam trazer ensino espiritual.
Histórico
Os sistemas antigos de pesos e medidas não eram tão precisos como os padrões conhecidos nos anos posteriores. A medida do côvado era baseada no comprimento do antebraço (babilônico), ou na largura de seis palmos (egípcio ou hebraico). Os israelitas tinham duas medidas para o côvado: o comum (Dt 3:11 / II Cr 3:3) e outra, que era um palmo mais longa do que o côvado comum (Ez 40:5; 43:13).
Os pesos tinham diversos padrões nos tempos antigos. Quando se pesava prata e ouro, uma "mina" hebréia era igual a cinqüenta "siclos" mas, com outras mercadorias, o valor da "mina" era igual a sessenta "siclos". O valor era tanto para metais preciosos, quanto para cereais. É importante considerar que o siclo era uma peça de prata, não uma moeda.
Antes de 700 a.C não se tem notícia de moedas cunhadas nas terras bíblicas. Os hebreus não lidavam com moedas, sendo as transações comerciais efetuadas através de um sistema de permuta com gado, cereais, especiarias e metais preciosos, como se fosse moeda. Os hebreus só vieram a usar moedas por volta de 500 a.C. A menção de "ciclos" e "talentos" na história hebraica, antes desse período, refere-se a pesos e não a moedas (Gn 23:15-16 / Ex 21:32 / I Cr 21:25).
O valor exato do ouro e da prata é impreciso em função da diferença de poder aquisitivo nos diversos períodos. As moedas, com exceção da "dracma persa" (dram), diferiam em peso e variavam no valor desde moedas leves, até moedas pesadas, sendo que as leves valiam a metade do valor das pesadas, embora tivessem o mesmo nome.
No período do N.T. circulavam não apenas as moedas romanas, mas também as gregas, sírias e egípcias. A moeda mais comum era o "denário romano", representando o "salário de um dia" para o trabalhador comum (Mt 18:28 / Mc 6:37; 12:15; 14:5 / Lc 7:41; 10:35; 20:24 / Jo 6:7; 12:5 / Ap 6:6). O Equivalente grego era a "dracma", mencionada apenas em Lc 15:8. Algumas "dracmas", localmente cunhadas, valiam menos.
A "didracma", de valor duplo, citada em Mt 17:24, era provavelmente cunhada localmente e usada como "dinheiro de tributo", para pagamento do imposto do Templo. As "peças de prata" eram provavelmente "tetradracmas", de valor quádruplo (Mt 26:15; 27:3-9), correspondendo ao "siclo" do V.T. (Zc 11:12-13). As "moedas de prata" (At 19:19), descritas como "denários", provavelmente eram "dracmas gregas".
O "estáter" era uma moeda de prata equivalente ao "tetradracma" ou um "siclo". Era a quantia exata para o pagamento do imposto de duas pessoas (Mt 17:27). Os "estáteres de ouro", não mencionados nas Escrituras, tinham a metade do peso dos de prata.
O "aureos romano", uma moeda de ouro, não é mencionada no N.T., exceto indiretamente como "ouro" (Mt 10:9) e "dinheiro" (Mc 6:8; 12:41) — provavelmente era uma pequena moeda grega ou romana.
O "centavo" era conhecido como "quadrante" ou "lepton" (Mt 5:26 / Mc 12:42). Quatro "quadrantes" valiam um "asse" (Mt 10:29 / Lc 12:6), sendo o "quadrante" (lepto) a menor das moedas. Quantidades de moedas eram indicadas pela palavra "mna" (mina, valendo 100 "denários") e por "talentos" (valendo 6.000 "denários").
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Magnífico esse texto. Contribuiu ainda mais para preparação da minha fala na reunião de amanhã da ADMA. Obrigada!!!
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