quarta-feira, 23 de novembro de 2011


O CATIVEIRO DE AVINHÃO

(1309-1377)
No ano de 1305, em Perúgia foi eleito papa Clemente V. A cidade de Roma, dominada pelos conflitos entre s famílias nobres, não oferecia mais segurança ao papa que, 1309, foi para Avinhão, França, onde se fixou definitivamente seu sucessor. Essa época é chamada de “Cativeiro de Avinhão” em lembrança do bíblico “Cativeiro Babilônico”.
Foi um período difícil para a Igreja e teve como o pior fruto, a imagem de um papa não como um pai universal, e sim, uma espécie de capelão do rei da França. Foram sete papas franceses e também a maioria dos cardeais.
Além disso, para fazer frente à construção e manutenção da corte papal, aumentaram-se exageradamente os impostos e as taxas. Tudo era vendido a alto preço: nomeações, graças, indulgências e dispensas. Os ânimos católicos se distanciam da Cúria e surge sempre mais forte o grito: “A Igreja tem que ser reformada”. Decaiu muito a autoridade papal com o excesso de excomunhões, lançadas por motivos quase que exclusivamente políticos. Durante 20 anos toda a Alemanha ficou sob excomunhão. Em 1328 um patriarca, 5 arcebispos e 30 bispos foram excomungados. São João d’Ávila deplorava que nas paróquias, em cada festa, fossem anunciadas de 7 a 10 excomunhões.

As vozes que amavam a Igreja e Roma se faziam sempre mais ouvir: “quer-se a liberdade da Igreja, a liberdade do Papa, um Papa universal.” Duas santas mulheres fizeram eco a essa necessidade universal: Brígida da Suécia e Catarina de Sena. Catarina, jovem, analfabeta, mística e santa, assumiu como vocação fazer o papa retornar a Roma. Escrevia-lhe até palavras duras: “Seja homem, paizinho! Não tenha medo”. Foi a Avinhão e ali pôde constatar a corrupção da Cúria que ela dizia, “cheirar muito mal, com o mesmo mau cheiro de Roma”. Garantiu a segurança da transferência papal e, em 1367, Urbano V ingressou triunfalmente na Roma papal. Era tamanha a desordem na cidade, que o bom papa fugiu para a França. Seu sucessor, Gregório XI (1370-1378), retornou a Roma em 1377 e fez do Vaticano a residência papal oficial. Santa Catarina passou a viver em Roma e quase que diariamente ia ao Vaticano, rezar pelo Papa e pela Igreja (Cfr Wilkpedia).

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