Evangelho, Domingo XXIX do T. Comum. Mt 22, 15-21
CIDADÃOS DE DOIS REINOS (P. Antenor)
1ª Leit. Mostra-nos o Imperador Ciro tratando muito bem o povo eleito. No ano 539, após conquistar a Babilônia, restitui a liberdade aos judeus que estavam no exílio. O profeta Isaias apresenta o fato na perspectiva da providência de Deus. Ciro representa Cristo Libertador dos homens.
2ª Leit. Paulo agradece a Deus porque a comunidade que ele fundou em Tessalônica escutou a Palavra e permanece fiel e exemplar.
Ev. Os inimigos de Jesus se reúnem para tramarem contra o Mestre. Querem apanhá-lo em alguma palabra que possa denunciá-Lo . O povo hebreu, como nós, pagava os impostos ao governo. Na época o fato era mais detestável porque o país estava invadido pelos Romanos.
Alguns hebreus foram a Jesus questionarem se era ou não “ lícito pagar o tributo César?”.
Tratava-se de um boa armadilha: se Jesus desse SIM estaria se desqualificando dianto do povo e de seus chefes. Um NÃO seria considerado como um revoltoso contra os Romanos e o Imperador Tibério.
O “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, não só tapou a boca de fariseus e herodianos, nem foi apenas um jogo de palabras.
Somos cidadãos de dois Reinos. Vivemos em um Estado terreno a caminho de uma realidade celeste. Pagar o tributo César, ao Imperador não significa estar em contraste com o que devemos a Deus. Deixar nossos compromissos para com Ele.
Quando o Estado cumpre conscientemente seu papel na sociedade o imposto torna-se um dever de conciência.
Jesus leva-nos a refletir sobre nossos direitos para com o Estado e para com Deus. Sua resposta é válida portanto, também para nós hoje. Estamos inseridos Numa dupla realidade. Cidadãos do mundo, mas caminheiros da morada definitiva a eternidade.
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