sábado, 29 de outubro de 2011

EVANGELHO DO DIA - 30 DE OUTUBRO, 2011


1. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO MATEUS (23,1-12)
12. PREPARANDO A PARTILHA DA PALAVRA
A primeira leitura é uma denúncia contra as autoridades religiosas que se corrompem e promovem o culto vazio. Querendo ou não, mas essa palavra de Malaquias parece mais atual do que nunca. E a nossa posição cristã não é só denunciar os outros e acusar os “pecadores”, mas avaliar-se para ver se não somos atingidos e acusados pelo pouco lugar que damos à Palavra de Deus em nossas vidas e pela mania que temos de aparecer e sermos vistos como bons. Isso ainda faz pensar do que fazemos com a Palavra de Deus na catequese, nas celebrações, nas assembleias do povo, na nossa leitura pessoal das Sagradas Escrituras. Na Carta aos Tessalonicenses, temos o exemplo precioso de Paulo para quem se decide ser cristão e atuar na comunidade: doação, entrega, sacrifício e testemunho.
Por sua vida de trabalhador anuncia a Palavra e liga liturgia e vida. Jesus, o mestre da justiça, desmascara a nossa atenção e cobiça de privilégios, poder e status social e eclesial em nome da religião ou em nome de Deus. É fundamental que nos despojemos de todo tipo de separatismo, condenação ou pré-julgamento. Despojar-se mesmo da comparação entre uma aliança e outra, entre uma religião e outra como se uma fosse melhor e outra, pior. Ser grande na perspectiva de Jesus é
ser servidor. O cristão só é grande no serviço. Se ele ensina, não é para se colocar acima dos irmãos, mas para servir. Se ele governa, tem a nota do serviço. Se ele serve, não é para se tornar importante, mas para se tornar supérfluo. Quem se torna grande, será rebaixado. Quem se rebaixa será engrandecido. No final do Evangelho há uma indicação preciosa e banhada na prática de Jesus para superar a idolatria do egoísmo e da promoção pessoal na pastoral: é o serviço gratuito, desinteressado e alegre. Por isso, Jesus, em oposição ao retrato dos escribas e fariseus, pinta o
retrato do discípulo. À tentação da glória, da soberba e mania de títulos e honrarias, os discípulos devem responder pela humildade e pela dedicação ao Reino. Jesus mesmo proclamou que “não veio para ser servido, mas para servir”. E nós, que corremos o risco de sermos incoerentes e falsos, pregamos uma coisa e fazemos outra, contrária ao que dizemos?

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