História
(Wilkpedia)
Há duas
fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria
Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia
de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada
pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em
1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo
Antônio de Guaratinguetá.
A pescaria milagrosa
A sua
história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá
a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da
então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria
passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto),
em Minas
Gerais.[1]
Desejosos
de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos
Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio
Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o
curso do rio chegaram ao Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem
esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma
imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em
nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço.[1] Daí em
diante, os peixes chegaram em grande quantidade para os três humildes
pescadores.[2]
Início da
devoção
Durante
quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as
pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da
região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da
imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando
pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante
dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco
reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os
pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras
pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu,
que logo se mostrou pequeno.
A
primeira capela
Por volta
de 1734,
o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, com a
ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não queria construir a capela no alto do
morro dos coqueiros, pois achava mais fácil para o povo entrar na capela logo
abaixo, ao lado do povoado, aberta à visitação pública em 26 de
julho de 1745.
Visita de
Dom Pedro I
Em 20 de
abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva
visitaram a capela e a imagem de Nossa Senhora.
Primeira
igreja (basílica velha)
Em 1834
foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica
Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam
significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de
dezembro de 1888.[3][4]
Coroa de
ouro e o manto azul
Em 6 de
novembro de 1888, a princesa
Isabel visitou pela segunda vez a basílica
e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita,
em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes
e rubis,
juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
Chegada
dos missionários redentoristas
Em 28 de
outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e
irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar
no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para
rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
Coroação
da imagem
A coroa
doada pela Princesa Isabel.
A 8 de
setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima
coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil,
bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração
solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio
Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República Rodrigues
Alves e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao
santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa
Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em
peregrinação ao Santuário.
Instalação
da basílica
No dia 29 de
Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica
Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e
recebendo os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma
com permissão do Papa.
Município
de Aparecida - SP
Em 17 de
dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja
no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, vindo a se chamar
Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável pela criação da
cidade.
A rainha
e padroeira do Brasil
Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira
Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio
XI, sendo coroada.
Pela Lei
nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12
de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República
Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como
padroeira do Brasil.
Rosa de
Ouro
Em 1967,
ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa
Bento XVI que ofereceu outra Rosa, em 2007,
em decorrência da sua Viagem Apóstolica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a
importância da santa devoção.
O maior
santuário mariano do mundo
Em 4 de julho
de 1980
o papa João Paulo II, em sua histórica visita ao
Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior
santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à
Santa Maria, Mãe de Deus e sagrando solenemente aquele grandioso monumento
construído com o carinho e devoção do povo brasileiro.
Centenário
da coroação
No mês de
maio de 2004
o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora
Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e
proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso
nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que
marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.
Descrição
da imagem
A imagem,
tal como se encontra no interior da Catedral.
A imagem
retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota
e mede quarenta centímetros de altura.
Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a
analisaram (Dr. Pedro
de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São
Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo
Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma
policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o
comprove. A argila
utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana
do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos
pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a
policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.
A cor de canela
com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem
produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros,
acesas pelos seus devotos.
Em 1978,
após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi
encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a
examinou, juntamente com o dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras
brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica
Maria
Helena Chartuni.
Embora
não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através
de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo
do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra
e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho
de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características:
•
forma
sorridente dos lábios;
•
penteado
e flores nos cabelos
em relevo;
•
porte
corporal empinado para trás.
Primeiros
milagres
Milagre
das velas
Estando a
noite
serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram.
Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las
novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre
conhecido de Nossa Senhora, ocorrido mais provavelmente em 1733.
Caem as
correntes
Em meados
de 1850,
um escravo
chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se
encontrava a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pede ao feitor permissão para
rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha diante de Nossa Senhora
Aparecida e reza fervorosamente. Durante a oração, as correntes,
milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.
Cavaleiro
e a marca da ferradura
Um
cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir
para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que
aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo
na igreja.
Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escada da igreja
(Basílica Velha), vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo, após o fato, a
marca da ferradura ficou cravada da pedra. O cavaleiro arrependido, pediu
perdão e se tornou devoto.
A menina
cega
Mãe e
filha caminhavam às margens do Rio Paraíba do Sul(onde aconteceu a descoberta
de Nossa Senhora Aparecida), quando surpreendentemente a filha cega de nascença
comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja"
Basílica Velha. Daquele momento em diante, a menina começa a enxergar.
O menino
no rio
O pai e o
filho foram pescar. Durante a pescaria, a correnteza estava muito forte e por
um descuido o menino caiu no rio. O menino não sabia nadar, a correnteza o
arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pediu a Nossa Senhora
Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino parou de ser
arrastado, enquanto a forte correnteza continuava, e o pai salvou o menino.
O homem e
a onça
Um homem
estava voltando para sua casa, quando de repente ele se deparou com uma enorme onça.
Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o homem pediu
desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, e a onça virou e foi
embora.
Eu gosto muito de Nossa Senhora Aparecida e uma de minhas vontades e conhecer o Santuário dedicado a ela em Aparecida do Norte. Tenho certeza dentro de mim que será um momento muito especial na minha vida.
ResponderExcluirRealmente é um dos Templos que cada um dos filhos espirituais de nossa Mãe celeste deve conhecer. É emocionante orar em Aparecida do Norte.
ResponderExcluir