sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A CEIA DO SENHOR [A Ceia Eucarística]



1.    A Ceia do Senhor, um Sacrifício

P. Antenor de Andrade.


Significado de Sacrifício

Sacrifício é algo que se oferece à divindade. Pode ser alimento, a vida de animais, até mesmo de pessoas, colheitas e plantações. É um acto de propiciação[1] ou culto. Metafóricamente  pode ser ainda um ato de altruísmo, de  renúncia em favor de alguém.

Sacrifício e teologia
Teologicamente o sacrifício permanence ainda uma questão em aberto. As religiões que ainda os conservam, bem como as que já aboliram suas práticas apresentam diversas razões para que sejam realizados.
* Os deuses necessitam do sacrifício para seu sustento e para a manutenção de seu poder, que diminuiria sem o sacrifício.
                Os bens sacrificiais são utilizados para realizar uma troca com os deuses, que prometeram favores aos homens em retribuição pelos sacrifícios.
                A vida e o sangue das vítimas dos sacrifícios contêm o mana[2] ou algum outro poder sobrenatural, cuja oferenda agrada os deuses
                A vítima do sacrifício é oferecida como bode expiatório, um alvo para a ira dos deuses, que de outra maneira recairia sobre todos os homens.
                Os sacrifícios privam as pessoas de comida e de outras comodidades, e como tal constituem uma disciplina ascética.
                Objetos oferecidos ou  sacrificados, por vezes, se tornam parte da renda da organização religiosa, servindo para sustentar ministros e templos. O dízimo pode ser um exemplo.
         O sacrifício é, na verdade, parte de uma cerimônia. Por vezes é consumido pelos fiéis. Habitualmente incorpora uma forma de redistribuição em que os pobres obtêm parcela maior do que sua contribuição.
                  Na Bíblia hebraica, Deus manda os israelitas oferecerem sacrifícios de animais no santuário, ou tabernáculo[3]. Quando os israelitas já haviam chegado à terra de Canaã, terminaram todos os sacrifícios, exceto no Templo de Jerusalém. Na Bíblia, Deus pede sacrifícios como um sinal de sua Aliança com o povo de Israel. O objetivo era também para que Deus perdoasse os pecados, uma vez que o animal estaria sendo punido no lugar do pecador.

 Deus no A. Testamento exigia sacrifícios de animais

  O objetivo era que o povo pudesse receber perdão dos seus pecados. O Levítico fala de sacrifícios pelos pecados. Um tema importante que se encontra em  todas as Escrituras. Quando Adão e Eva pecaram, animais foram mortos por Deus para providenciar vestimentas para eles (Gênesis 3:21). Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor. A de Caim não agradou  a Deus porque ele trouxe frutas, enquanto o de Abel foi aceito. Ele  trouxe “das primícias do seu rebanho e da gordura deste” (Gênesis 4:4-5). Depois do dilúvio, Noé sacrificou animais a Deus em ação de graças por si e pela família. Seu sacrifício foi agradável ao Senhor (Gênesis 8:20-21).
 Deus ordenou  que Abraão sacrificasse seu filho Isaque (Ismael). Ele obedeceu, mas quando estava prestes a sacrificar o filho único, Deus interveio e providenciou um carneiro para morrer no lugar de Isaque (Gênesis 22:10-13). 


Israel ao se tornar uma nação, ( com a ocupação da Terra de Canaan)  os sacrifícios atingiram o ápice. Deus ordenou que a nova comunidade executasse inúmeros sacrifícios diferentes. De acordo com Levítico 1:1-4, devia-se seguir determinadas normas. Primeiro, o animal tinha que ser perfeito. Segundo, a pessoa que estava oferecendo a vítima tinha que se identificar com ela. A ofertante devia infligir morte ao animal. Quando feito com fé, o sacrifício providenciava perdão dos pecados.

Dia das expiações

O dia de expiação, descrito em Levítico16, era o momento do  perdão e a retirada do pecado. O grande sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta pelo pecado. Um dos bodes era sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo de Israel (Levítico 16:15), enquanto que o outro devia ser solto no deserto (Levítico 16:20-22).
A oferta pelo pecado providenciava perdão, enquanto que o outro bode providenciava a retirada do pecado.

Por que, então, não oferecemos mais sacrifícios de animais nos dias de hoje? O sacrifício de animais terminou porque Jesus Cristo foi o sacrifício supremo.
João Batista confirmou isso quando O viu pela primeira vez: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).

Por que os animais eram sacrificados?

É uma pergunta que podemos fazer. O que eles tinham feito de errado?” Realmente não tinham praticado nada de errado. No entanto, morriam no lugar daquele que estava oferecendo o sacrifício e que era justamente quem tinha cometido pecados. Bode expiatório, como falamos acima.

O Sacrifício de Jesus Cristo

Jesus  também não fizera nada de errado, mas voluntariamente entregou-Se à morte pelos pecados da humanidade (1 Timóteo 2, 5, 6). Como o Cordeiro de Deus imolou-se por nós, perdoando todos os nossos pecados. Tomou para Si nossas faltas, nossos crimes, morrendo em  nosso lugar.  “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, n`Ele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21:
Através da fé no que Jesus Cristo cumpriu na cruz qualquer pessoa pode receber o perdão. 

Em resumo, os sacrifícios de animais foram ordenados por Deus para que as pessoas pudessem experimentar o perdão dos pecados. O animal servia como um substituto morria no  lugar do pecador.

* Depois de Cristo os sacrifícios de animais não tinham mais sentido

A Carta a Timóteo nos diz que Jesus Cristo foi o substituto sacrificial supremo e é agora o mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5, 6). Cristo, o novo Cordeiro, iria Se sacrificar por todos homens, a humanidade de todos os tempos. Os animais podiam apenas ilustrar e prenunciar o perdão futuro que iria ser outorgado por Cristo.


* Sacrifício na Grécia Antiga

Entre os gregos o templo não servia de lugar ao culto onde os fiéis se reuniam . O templo é a casa do deus a quem ele era consagrado. O lugar de reunião dos devotos era o altar exterior, o bomos, bloco quadrangular onde se desenrolava o rito central da religião grega, o sacrifício.
Usava-se um animal doméstico perfeitamente saudável. O sacrifício era de origem alimentar e era conduzido  numa procissão ritual até ao bomos. A cabeça era cortada com uma espada curta, a machaira, que até ali estava dissimulada debaixo de cereal no cesto ritual. O sangue que jorrava sobre o altar era recolhido num recipiente e abria-se o animal para se examinar as entranhas de modo a concluir se o sacrifício era aprovado pelos deuses. Em seguida a vítma era esquartejada. As gorduras e os ossos maiores, completamente descarnados, eram deixados no altar para serem cremados às divindades. Alguns dos pedaços internos eram grelhados em espetos e  distribuidos , garantindo assim o contacto entre os deuses e os executantes do rito. O resto da carne era cozida e dividida em partes iguais para ser consumida no local, como consumação geral da festa sacrificial por todos os participantes. As peles e a língua eram entregues ao sacerdote, ou cidadão sem pecado.
 O sacrifício grego era uma oferenda para os deuses, enquanto para os que o ofereciam  era uma refeição, uma festa . Desde a imolação do animal ao repasto, a função  se desenvolvia numa atmosfera de fausto e alegria. Toda a encenação ritual era conduzida de modo a velar quaisquer traços de violência e  ressaltar a solenidade pacífica de uma festa feliz. O animal do sacrifício não chegava a perceber qual era o seu destino e ninguém se horrorizava com o proximidade da sua morte. Ainda hoje, nos açougues industrializados, procura fazer-se a matança sem que o animal perceba, para que não liberte as toxinas produzidas pela ansiedade anterior ao golpe que o leva à morte, que infestam e muitas vezes inutilizam a sua carne. Na sociedade grega antiga não se comia outra carne que não a dos sacrifícios.

* Os Sacrifícios entre os Judeus

No Judaísmo, o sacrifício é conhecido como Korban que significa "vir para perto de Deus".
Judeus medievais  reinterpretaram a necessidade de sacrifícios. Para eles Deus sempre colocava os sacrifícios abaixo de orações e da meditação filosófica. Assim, na visão de Maimônides, um dos famosos judeus medievais, era natural que os israelitas acreditassem nos sacrifícios como uma necessidade na relação entre o homem e Deus. Maimônides concluiu que a decisão de Deus de permitir sacrifícios era uma concessão às limitações psicológicas do homem. O Rei Davi em um de seus Salmos diz que não é a gordura dos animais que vai aplacar a ira de Deus.
* Sacrifício no Islão
O sacrifício é feito para ajudar os pobres, e para recordar o profeta Abraão que não se opôs a sacrificar o filho (para os muçulmanos, seria Ismael) a pedido de Deus. O animal a ser imolado podia ser um cordeiro, uma ovelha, uma cabra, um camelo ou uma vaca. Devia ter boa saúde e estar consciente.
Em nome de Alá, a garganta e as veias jugulares eram cortadas rapidamente com faca bem afiada. A espinha dorsal e o pescoço não devem ser quebrados até que o animal pare de se mover, evitando dor ao animal. São explicitamente proibidas outras formas de sacrifício de animais como morte a pauladas, eletrocussão e perfuração do crânio com lança.
A razão por que se invocava o nome do Criador no momento do sacrifício é por alguns considerada equivalente à aceitação do direito do Criador sobre todas as criaturas. Trata-se de um tipo de permissão garantida ao autor do sacrifício e resulta em sentimento de gratidão por poder comer a carne do animal sacrificado. A carne é normalmente distribuída entre os parentes necessitados.
* Sacrifícios humanos
Foram praticados desde a Antiguidade, quando sacrificavam-se pessoas ritualisticamente de forma que agradasse a algum deus ou força espiritual. Muitas civilizações tiveram ou ainda têm práticas de sacrifício humano em suas culturas. Na América Astecas, Incas, Maias tornaram-se famosos em dizimarem seu proprio povo. No Leste do Mediterrâneo encontramos os Cananeus, de triste memoria, vencidos pelos Judeus.
* Os Cananeus

         «A história e a arqueologia comprovam que os povos que habitavam as terras a leste do Mediterrâneo eram sumamente corruptos e depravados. Eles criaram para si uma religião sensual e idólatra. Praticavam a adoração de serpentes, sacrificavam crianças ao deus Moloque, e seus rituais eram cheios de imoralidade.
         O capítulo 18 de Levítico apresenta um resumo da rebelião moral dos cananeus, contra a qual os israelitas deviam resguardar-se. O versículo 27 diz: “Porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou.”
         A imoralidade e a depravação dos cananeus havia descido tão baixo que Deus precisou destruí-los, a fim de evitar que corrompessem a moral e a religião dos israelitas, os quais Deus havia escolhido para dar ao mundo os mais elevados conceitos religiosos».
Lembramos o Vale da Geena em Jerusalém com sejs altares para as vítimas humanas.
* Ocasiões em que se sacrificavam homens:
       Quando da inauguração de um novo templo ou inauguração de uma ponte;
       Na ocasião da morte de um rei ou membro do alto escalão religioso,
 para que o sacrificado servisse ao morto na próxima vida;
     Em tempos de desastres naturais. Secas, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos, etc, seriam sinais de fúria dos deuses – os sacrifícios eram a forma de acalmá-los.

SIGNIFICADOS DA CEIA DO SENHOR
1. Sagrada Eucaristia, Comunhão Eucarística, Comunhão Fraterna, Ceia do Senhor. Alimento espiritual que revigora, inspira e impulsiona a vida da humanidade.
2. Ação de Graças, Santa Eucaristia ou Santa Missa. Na verdade a palavra Eucaristia tem o significado de “ação de graças a Deus”. Neste sentido é o memorial da Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
* A Páscoa dos Judeus.
Tudo que existe foi criado numa manifestação espontânea e misericordiosa do incomensurável e infinito Amor de Deus. Criou a humanidade a sua imagem e semelhança, dotando-a de inteligência e dons especiais. Todavia no primeiro teste de fidelidade os nossos primeiros pais sucumbiram sob a ação do maligno, cometendo o Primeiro Pecado,  de desobediência e de soberba.
O Livro do Genesis  descreve esta infidelidade em que o homem perde a amizade de Deus. Deus, no entanto, promete que viria Alguém para restabelecer a amizade entre as criaturas e o Criador. Este de um novo pacto de amizade entre Deus e a humanidade, foi prefigurado na história do povo escolhido.
A certa altura dos acontecimentos, Israel vivia uma situação de escravidão no Egito. Então, Deus através de Moisés, liberta- o do Faraó e o conduz através do Mar Vermelho e do deserto (Sinai, Negev) até à Terra Prometida. Como lembrança, os judeus criaram a Festa em homenagem a este fato, constituindo a Páscoa Judaica, que marcava a passagem do povo de Israel da escravidão para a liberdade.
Fazendo parte dos festejos da Páscoa os judeus também comemoram um segundo acontecimento importante, na caminhada pelo deserto à Terra Prometida: foi a chegada ao Monte Sinai, onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei.
Todos os anos, na época da Páscoa os piedosos judeus celebravam por ordem de Deus os dois acontecimentos. Com o rito da imolação do cordeiro e os pães ázimos, eles recordavam o grande acontecimento da libertação do Egito e da Aliança no Sinai, assim como a entrada na Terra Prometida.
Teríamos então o seguinte esquema para a comemoração do Rito da Páscoa Judaica:
-       O pão ázimo, sem fermento, pela ação de graças, comemora a páscoa da libertação do Egito.
-       O cálice, pela ação de graças, comemora a páscoa da Aliança do Sinai.
Não devemos esquecer que o rito não era uma mera lembrança dos fatos acontecidos, mas uma renovação e uma representação.
É importante mencionar, que em cada festa da Páscoa Judaica, os hebreus esperavam que acontecesse uma Nova Aliança com Deus. Eles esperavam a expansão do Reino de Javé não só sobre os israelitas, mas sobre todo o mundo. Esperavam mesmo que o Messias devia ser um grande guerreiro, poderoso e forte, que viesse durante a celebração da Páscoa. A Sagrada Escritura relata que os Profetas e Mensageiros Divinos pregavam com ênfase sobre o tão esperado acontecimento.
* Jesus, a Páscoa Verdadeira e definitiva
Na plenitude dos tempos Deus não falou mais pelos Profetas e Mensageiros, Ele mesmo veio na Pessoa de seu Filho: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. (Jo 1, 14).
Ele não veio abolir o Antigo Testamento, nem interromper o Plano Divino de Salvação estabelecido no Sinai. Veio completá-lo, realizando-o plenamente. O Novo Testamento descreve de modo inquestionável e brilhante a extraordinária Obra do Senhor. Assim, a morte e ressurreição de Cristo são a verdadeira Páscoa, que liberta a humanidade do pecado, reconciliando-a com Deus, realizando assim a Nova e Eterna Aliança do Senhor com todas as gerações.
A descrição da Última Ceia feita por São Lucas (Lc 22, 14-18), revela-nos que Jesus começou a Ceia celebrando a Páscoa Judaica, sem contudo dar-lhe um realce especial.  No momento oportuno, Ele instituiu o novo rito sacramental, mandando que fosse renovado em sua memória: “Tomando o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: Isto é o meu Corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de Mim”. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este Cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é derramado em favor de vós”. (Lc 22, 19-20)
Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a ser imolado para servir de alimento e de sinal da verdadeira passagem de Deus entre nós, pela qual se realizou a libertação do gênero humano.
Existe, porém, uma diferença essencial entre os sacrifícios da Antiga Lei e o de Jesus Cristo. Outrora o povo judeu era aspergido com o sangue do cordeiro, ao passo que Jesus sendo à vítima perfeita, dá de beber o seu próprio sangue. Por sua morte não somos apenas lavados dos nossos muitos pecados, mas fomos constituídos em verdadeiro povo de Deus, revestidos do poder sacerdotal do próprio Cristo. Para perpetuar sua passagem pelo mundo, para que a humanidade de todos os tempos pudesse participar de sua Divina Obra, Jesus instituiu o novo rito, a nova Páscoa, a Páscoa Cristã, com as palavras:
“Fazei isto em memória de Mim”. (Lc 22, 19) Ou segundo São Paulo: “Pois todas as vezes que comerdes este pão e beberdes deste cálice, vós anunciarão a morte do Senhor até que Ele venha”. (1 Cor 11, 26)
Por esta memória objetiva realizada sob os sinais sacramentais do pão e do vinho, sempre se torna presente o Mistério da Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição do Senhor, para que todos que crêem possam participar deste Mistério. Pela memória, a Igreja faz o que Jesus fez, isto é, dá graças a Deus sobre o pão e o vinho.
* “Comunhão Eucarística ou Ceia do Senhor”.
Como Sagrada Comunhão a Eucaristia celebra-se em forma de ceia, do mesmo modo como Jesus fez antes de ser entregue. Esta forma Ele a transmitiu à Igreja para que fosse repetida em memória de sua morte e ressurreição. O Concílio Vaticano II diz: “A Eucaristia é o memorial de sua Morte e Ressurreição, sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que Cristo nos é comunicado em alimento, o espírito é repleto de graça e nos é comunicado o penhor da futura glória”.
Então, a Sagrada Comunhão é o Sacramento instituído pelo Senhor na noite da Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia que realizou em companhia dos Apóstolos, no Cenáculo, em Jerusalém. Jesus ordenou: “Fazei isto em memória de Mim”. (Lc 22, 19)
Cristo, a vítima perfeita, se ofereceu a Si Mesmo ao Pai Eterno, morrendo crucificado entre dois ladrões. Seu precioso Sangue derramado na Cruz lavou a alma de todas as gerações, infundiu na humanidade a graça santificante através dos Sacramentos e consolou o Criador por causa do Pecado Original e dos Pecados Subsequentes. Na Missa acontece exatamente a repetição do drama do Calvário, mas sem derramamento de sangue. No momento da Consagração, sob a ação do Espírito Santo, acontece o fenômeno sobrenatural da “transubstanciação” , o pão e o vinho são transformados no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, permanecendo o mesmo aspecto externo das espécies de pão e vinho.
Significa dizer que a Sagrada Eucaristia, ou Santíssimo Sacramento, é o próprio Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Durante a Comunhão, Ele mesmo se dá na menor fração da Hóstia Consagrada, como comida e bebida espiritual, para a salvação da humanidade.
A Ceia do Senhor ou Eucaristia representa:
- O permanente Sacrifício da Nova Lei, mantendo viva a Aliança que Deus fez com toda humanidade.
- É alimento espiritual para a nossa alma.
- É uma perpétua comemoração da Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição do Senhor Jesus.
- É um testemunho do verdadeiro e infinito Amor de Deus por todos nós.
- É garantia, é penhor de vida eterna. Jesus disse: “Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”. (Jo 6, 56)
Os três os aspectos fundamentais da Celebração de uma Santa Missa:
a)    A presença real e verdadeira do Senhor.
b)    O memorial do Sacrifício de Cristo e da Igreja.
c)    A Comunhão com Cristo e os irmãos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
-       os sacrificios da A. Lei são a origem do Sacrifício da Missa, ou Ceia do Senhor;
-       : O sacrifício de Jesus substitui os sacrifcios dos animais da Antiga Aliança;
-       um dos grandes mistérios da nossa fé: a presenca de X.to na Eucristia;
-       a participação na Missa deve abrir nosso coração para Deus e para o próximo;
-       quem se reconcilia com Deus e sua Palavra, busca e tem necessiade de  viver sua fé na comunidade;
-       essa vivência é sustentada pela força que os Sacramentos nos proporcionam, sobretudo o S. da Eucaristia;
-       X.to apresentou-nos um modelo de vida a ser seguido, através de uma árdua caminhada, onde frequentemente temos que passar por portas estreitas;
-       A Igreja como comunidade que acredita em X.to congrega e convida para a celebração do sacrifício de Cristo;
-       A Eucaistia sinal e sacramento de doação e desejo de permanência de X.to entre nós;
-       Na Eucaristia todos nós nos unimos em X.to  e juntos oferecemos o mesmo sacrifício ao Pai. Nele formamos um só Corpo, espiritual, místico;
-       A eucaristia não é um ato social.













[1] Uma ceremônia, um rito que tem por fim aplacar ou tornar benévola a divindade.
[2] Energia mágica carregada de forças religiosas. Os Polinésios acreditam que essa força sobrenatural e impessoal existe nos homens e animais.
[3] Do latim tabernaculum, "tenda", "cabana" ou "barraca". Era o santuário portátil onde durante o Êxodo  e até os tempos do Rei Davi os israelitas guardavam e transportavam a arca da Aliança, a menorá e demais objetos sagrados.
A Menorá (do hebraico מנורה - menorah - "lâmpada, candelabro"). É um candelabro de sete braços, é um dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo. Inicialmente era de ouro maciço e puro, feito por Moisés. Simbolizava os arbustos em chamas que Moisés viu no Monte Sinai.

2 comentários:

  1. Maravilhoso esse texto, muito esclarecedor. Gostei, muito. Estou pegando gosto pelo estudo da religião.

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  2. Muito bom o texto. Seria bom também, assitir uma palestra. O tema referido dá pra falar até um dia todo, devido ser muito interessante. Seria muito bom poder assistir uma palestra sua, tenho certeza que iria gostar bastante.

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